A equina é um animal bem interessante e raro. Tanto é que está classificada no mesmo grupo de animais que o estranho ornitorrinco, pra se ter uma ideia. Sendo, portanto, um animal tão raro assim, será que o seu habitat também é tão restrito? É o que vamos descobrir a seguir.
A equidna faz parte de um grupo de animais que, junto com os ornitorrincos, são os únicos mamíferos ovíparos que se tem notícia, ou seja, que põem e chocam ovos, assim como acontece com as aves, por exemplo. Portanto, para botar seus ovos com tranquilidade, esse animal precisa habitar locais que sejam propícios a isso. E é justamente o que acontece.
Ela é um ser totalmente terrestre, frequentando zonas de bosques áridos e matagais, que vão do nível do mar até cerca de uns 1.000 metros de altitude. Nesse tipo de região, vive nos países da Nova Guiné e da Austrália, além de ser encontrada também na Tasmânia.
A sua apreciação maior, portanto, é por bosques que sejam secos, onde esse animal possa cavar extensas e galerias sob as raízes das árvores, que é onde as equidnas se abrigam sempre que necessário, e sempre durante o dia, já que é à noite que ela sai para caçar, farejando suas presas.
Do quê a Equidna se Alimenta em seu Habitat?
Quando sai para procurar comida durante o período da noite, a equidna come insetos e vermes, especialmente formigas e cupins. Ela descobre esses pequenos animais fuçando no chão com o seu focinho altamente sensível, e que fica ainda mais eficiente para buscar alimento pelo fato dela viver nos ambientes em que vivem.
Inclusive, para comer, a equidna procede da mesma maneira que o tamanduá, ou seja, por meio de uma longa língua viscosa, o animal se alimenta trazendo consigo muitos insetos grudados nelas. Basta que ela enterre seu focinho na areia, em restos de mata, ou mesmo no meio de ervas.
Contudo, outros invertebrados também podem fazer parte do cardápio desses animais, como é o caso de minhocas, larvas de besouros Scarabaeidae e também larvas de mariposas (da espécie Xyleutes spp.). No entanto, a maior porcentagem da sua dieta continua sendo composta por formigas, especialmente quando o clima está mais frio. Já, quando o clima está mais quente e a região é árida, a alimentação das equidnas se baseia mais em cupins.
Os hábitos alimentares desse animal podem variar de acordo simplesmente com a disponibilidade. Espécies que vivem na Tasmânia, por exemplo, alimentam-se mais de formigas do que de cupins, visto que nessa região há mais abundância de formigas.
Comportamento da Equidna na Natureza
De um modo geral, esses animais são bem difíceis de serem encontrados em seus habitats naturais. Além disso, não possui abrigo fixo, ou mesmo uma área de nidificação determinada que possa fazer com que a equidna esteja sempre em um mesmo ponto, e, por isso, fácil de ser encontrada.
Também não é territorialista em seus habitats, mesmo tendo uma espécie de “área de vida” determinada que compreende de 40 a 60 hectares de extensão, mais ou menos. Já foram vistas, no entanto, espécimes de equina transitando por uma extensão de até 90 hectares.
Interessante notar ainda que a equina pode dividir seu território com outros espécimes sem maiores problemas, às vezes, até mesmo compartilhando o mesmo abrigo.
Destaque-se também que se trata de um animal com expectativa de vida longa. Um exemplar em cativeiro, por exemplo, chegou a viver 50 anos.
E, Quais são Seus Predadores Nesses Habitats?
Podemos dizer que, historicamente, as equidnas são predadas por grandes marsupiais que vivem nas regiões onde elas são encontradas, como é o caso do tilacino e também do conhecido diabo-da-tasmânia, além de grandes répteis, principalmente, aqueles que pertencem ao gênero Varanus.
Equidnas filhotes ou simplesmente jovens são mais suscetíveis a servirem de alimento para seus predadores naturais. Existem ainda relatos de que esses animais também foram vítimas de dingos, espécie de canídeo selvagem.
Porém, na Austrália dos tempos atuais, a maior causa de mortalidade das equidnas parece mesmo os atropelamentos em estradas por veículos motorizados.
Como se dá a Reprodução da Equidna em seu Habitat Natural?
Podemos dizer que a equidna, em relação à reprodução, possui hábitos promíscuos, no qual um único macho pode acasalar com muitas fêmeas. Geralmente, o período reprodutivo desses animais acontece entre maio e setembro, com leves variações a depender da localidade onde a equidna vive.
No ritual de acasalamento, vários machos localizam uma única fêmea, onde a corte pode durar algumas semanas, e nesse tempo o grupo se alimenta junto. Após a cópula de um desses machos com a fêmea preterida, a gestação pode durar até 28 dias, e durante esse tempo, em seu habitat , a fêmea constrói um ninho onde ficará com o seu filhote.
Depois da gestação, a fêmea coloca um único ovo, de onde sai o seu filhote após uns 10 dias mais ou menos. Como a mãe não possui mamas, a pequena equidna lambe o leite que é secretado pelas glândulas mamária (que estão ali, mesmo sem a presença de mamas).
Após uns 3 meses de idade, o filhote sai da bolsa da mãe, mas a amamentação continua por mais algum tempo. Depois de uns 200 dias de vida, a jovem equidna sai da toca. A idade com que atingem a maturidade sexual é incerta, mas muitos acreditam que seja entre os 4 e os 5 anos de idade.
Conservação da Espécie em seu Habitat
De um modo geral, as principais entidades que regulam essa questão da preservação das espécies ao redor do mundo, veem com pouca preocupação a preservação da equidna, mesmo que, como já mencionado anteriormente, casos de acidentes acorram nas estradas.
Em determinadas áreas da Nova Guiné, as equidnas são caçadas por nativos para fins de alimentação, mas, mesmo assim, não estão em risco de extinção, nem mesmo por lá.
Mesmo sendo fácil manter esses animais em cativeiro, sua reprodução se mostra um pouco difícil, especialmente, por conta de seu ciclo, que sempre muda. Apesar disso, existem caso recentes de nascimentos bem sucedidos em cativeiro.