O habitat da anêmona do mar pode ser uma surpresa para muitas pessoas. As anêmonas são animais marinhos predadores pertencentes à ordem Actiniaria. São classificadas dentro do filo Cnidaria, na classe Anthozoa e na subclasse Hexacorallia.
Como cnidário, a anêmona do mar está relacionada a corais, águas-vivas, anêmonas-tubulares e Hydra. Diferente da água-viva, as anêmonas marinhas não têm um estágio de medusa no ciclo de vida.
Se você deseja saber mais sobre esse animal, não deixe de ler todo o artigo. Muitas das suas dúvidas serão sanadas. Confira!
Características dos Animais
O tronco ou a coluna é geralmente cilíndrico. Pode ser plano e liso ou pode ter estruturas especializadas. Incluem papilas sólidas (protuberâncias carnudas), cinclides (fendas), papilas adesivas, bem como pequenas vesículas salientes.
Determinadas espécies possuem a parte abaixo do disco oral sendo restrita. Quando o animal se contrai, os tentáculos e o disco oral se dobram dentro da sua faringe, mantidos por um forte músculo esfincteriano, que fica no centro da coluna.
Pode ter uma dobra dentro da parede do corpo, conhecida como parapeito. Este parapeito protege e cobre a anêmona quando é retraída.
Na base do tentáculo, em várias espécies, estão os órgãos alongados e infláveis, semelhantes aos tentáculos. Estes podem se agitar e afastar outras anêmonas invasoras. As anêmonas podem ser expulsas ou sofrer ferimentos nessas batalhas.
Sistema Digestivo
É interessante conhecer o habitat da anêmona do mar, mas conhecer melhor suas características particulares ajuda a entender o animal. Esses animais têm o que geralmente pode ter a descrição feita como um completo intestino. As cavidades gastrovasculares funcionam como estômago, possuindo uma abertura única para a parte exterior, funcionando como ânus e boca.
Matéria e resíduos não digeridos são excretados por essa abertura. As bocas são tipicamente no formato de fenda, possuindo uma ranhura nas duas extremidades. O sulco, denominado sifonóglifo, é ciliado, ajudando a mover partículas de alimentos para dentro, bem como circular água por meio das cavidades gastrovasculares.
A boca abre para uma faringe achatada. Consiste em dobrar a parede do corpo, portanto, é revestida pela epiderme do animal. A faringe normalmente mede aproximadamente um terço de seu comprimento antes de abrir a cavidade gastrovascular ocupando o resto do corpo.
Essa cavidade gastrovascular se divide em várias câmaras pelos mesentérios irradiando para o corpo adentro. Alguns mesentérios formam partições mais completas, de borda livre nas bases da faringe, se conectando, mas também sendo atingidos apenas parcialmente.
Ciclo de Vida das Anêmonas
Ao contrário dos outros cnidários, as anêmonas (e outros antiozoários) carecem inteiramente do estágio medusal de natação livre do ciclo de vida. O pólipo faz a produção de óvulos e espermatozoides, bem como o óvulo fertilizado passa a se desenvolver em larvas de planula, de forma direta em mais um pólipo. Tanto a reprodução sexual quanto assexual podem ocorrer.
O sexo na anêmona é separado em algumas espécies. Enquanto isso, outras são hermafroditas seqüenciais, mudando em certo momento de sua vida.
Nas reproduções sexuais, os machos liberaram espermatozóides para dar estímulo as fêmeas para liberarem óvulos. Assim é que acontece internamente a fertilização dentro da cavidade gastrovascular, mas também nas colunas d’água.
Espermatozóides e óvulos, ou larvas, comumente são ejetados pela boca. Nas muitas espécies, eles sobem até a superfície, que é onde acontece a fertilização. Os ovos fertilizados se transformam em larvas de planula, que flutuam por determinado tempo antes de se afundar no mar e sofrer metamorfose em anêmonas do mar jovens.
As larvas dentro do habitat da anêmona do mar se instalam preferencialmente em certos substratos adequados. Uma anêmona mosqueada (Urticina crassicornis) deposita- se em algas verdes, por exemplo, talvez atraídas pelo biofilme na superfície.
Uma anêmona ninhada (Epiactis prolifera) é ginodioica, iniciando a vida na forma de fêmea e depois tornando-se hermafrodita. Dessa forma, as populações são constituídas por hermafroditas e fêmeas. Como fêmea, os óvulos podem se desenvolver em filhotes sem fertilização. Como hermafrodita, os óvulos são, como rotina, auto-fertilizados.
As larvas sobem da boca da anêmona e caem pela coluna, alojando-se em dobras mais abaixo. Assim, se desenvolvem e crescem, permanecendo por aproximadamente 3 meses até dar início à vida independente.
Dentro do habitat da anêmona do mar existe a influência de suas características. Esses animais têm grandes poderes de regeneração, podendo se reproduzir de maneira assexuada.
Ecologia e Comportamento
A anêmona marinha é plenamente capaz de transformar drasticamente sua forma. A coluna, assim como os tentáculos, possuem folhas longitudinais, diagonais e transversais de músculo. Podem alongar e contrair, além de dobrar e torcer.
O mesentério e o esófago podem sempre girar do avesso, ou o disco e os tentáculos orais podem retrair-se para dentro do esófago. Assim, o esfíncter fecha a abertura. Ao longo desse processo, a garganta se dobra transversalmente e a água se descarrega pela boca.
Dieta e Alimentação
O habitat da anêmona do mar influencia em sua dieta. Tais espécies são tipicamente predadoras, capturando presas de tamanho certo que chegam ao alcance dos seus tentáculos. Elas as imobilizam com o auxílio dos seus nematocistos.
Uma presa, então, é transportada para a boca, sendo empurrada até a faringe. O lábio pode se esticar para ajudar na captura das presas e pode acomodar alimentos maiores, tal como caranguejos, moluscos desalojados e até peixes pequenos.
É relatado que o tipo Stichodactyla helianthus aprisiona ouriços do mar ao envolvê-los em seu disco bucal semelhante a um carpete. Diversas espécies são parasitárias de outros organismos. Uma delas certamente é a Quinquecapitata peachia, cujas larvas passam a se desenvolver dentro de medusas, alimentando as gónadas, bem como outros tecidos. Isso antes de acabar sendo libertado para as águas do mar.
Habitat da Anêmona do Mar
As anêmonas marinhas são encontradas em oceanos profundos, mas também são vistas em águas costeiras mais rasas nas várias partes do mundo todo. A diversidade maior está nos trópicos, mesmo embora existam variadas espécies que são adaptadas a águas mais relativamente frias.
Grande parte do habitat da anêmona do mar é rocha, concha ou as madeiras submersas. Esse animal geralmente se esconde nas fendas ou debaixo de algas marinhas, mas alguns se enterram na areia e na lama, e outros são pelágicos.