Gorila-da-Montanha: Características, Nome Científico e Fotos

O gorila está entre os maiores primatas do mundo, e possui diversas espécies bastante interessantes de serem observadas. Uma delas é o gorila-da-montanha, espécime que vamos falar no texto a seguir.

Um Pouco da História Desses Primatas

De nome científico Gorilla beringei beringei, o chamado gorila-da-montanha, na verdade, é uma subespécie de um outro tipo de primata, o gorila-do-oriente. Atualmente, as populações desses animais estão divididas em dois grupos distintos. Uma está localizada nas Montanhas Virunga, que fica na África Central, e a outra fica no Parque Nacional Impenetrável de Bwindi, localizado em Uganda. Inclusive, muitos especialistas em primatas afirmam que esta última população deveria ser enquadrada em outra subespécie.

Em se tratando de evolução, o gorila-da-montanha descende de primatas africanos e árabes que viveram nesses locais a cerca de 30 milhões de anos atrás. Registros fósseis, por exemplo, foram encontrados, cuja origem data de aproximadamente 22 milhões de anos. Porém, sua história evolutiva ainda permanece uma incógnita, visto que essas regiões não são muito férteis em fósseis conservados de milhões e milhões de anos no passado.

O que se sabe até o momento é a hipótese de que há uns 9 milhões de anos, mais ou menos, um grupo de primatas que evoluiu desse ancestral se separou, o que originou o gênero Gorilla. O próprio gorila-da-montanha se separou de outros gorila us 400 mil anos atrás. E ainda hoje há debates sobre a real classificação desses animais devido a esses encontros e desencontros.

Principais Características

O gorila-da-montanha possui pelos mais espessos do que outras espécies e subespécies de gorilas, dando a ele a capacidade de viver em ambientes um pouco mais frios. A identificação (que pode se considerada a “impressão digital” desses indivíduos) se dá através de características específicas do nariz de cada espécime.

Em termos de tamanho, os exemplares machos pode pesar cerca de 195 kg, atingindo aproximadamente 1,68 m de altura. Já as fêmeas podem ser duas vezes mais leves do que eles, atingindo uns 100 kg de peso e tendo uns 1,40 m de altura. Apesar do tamanho relativamente grande, essa subespécie ainda é menor do que o gorila da planície oriental, seu parente próximo, que é a outra subespécie pertencente à mesma espécie, e que vive no leste.

Interessante notar ainda que os exemplares machos do gorila-da-montanha possuem uma espécie de crista óssea bem pronunciada na parte de cima e atrás de seus crânios. Com isso, a cabeça deles fica num formato mais cônico, digamos assim. Só que além de dar esse formato curioso à cabeça do animal, essas cristas possuem músculos temporais bem potentes, e que se ligam à mandíbula, fazendo da mordida desse gorila algo verdadeiramente forte.

Fotos

Os olhos desses animais são de uma coloração castanho-escura. Outra característica física desse animal é que os machos em idade adulta possuem, geralmente, costas prateadas graças a uma quantidade significativa de pelos acinzentados, e que se desenvolvem em seu dorso com o passar dos anos.

Até hoje, o maior macho adulto dessa subespécie registrado foi um que tinha 1,95 m de altura, e uma envergadura de braço de 2,70 m, pesando cerca de 219 kg.

Comportamentos Comuns

A maior parte dos gorilas é terrestre e quadrúpede. Mesmo assim, e apesar do peso e do tamanho, são capazes de subir em certas árvores frutíferas para podem se alimentam de vez em quando. Claro, precisam ser árvores cujos galhos sejam fortes o suficiente para sustentar esse gorila. Porém, quando necessário, eles conseguem correr sob suas pernas traseiras por cerca de 6 m de distância.

Por terem os braços maiores do que as pernas (o que é característica dos grandes primatas, com exceção dos seres humanos), esses gorilas se movimentam da mesma forma que os chimpanzés, apoiando o seu peso sob as “costas” de seus dedos curvos, ao invés de ser nas palmas das mãos, como, por exemplo, os orangotangos fazem.

Além disso, os gorilas-das-montanhas possuem hábitos completamente diurnos, sendo bastante ativos entre as 6 da manhã até as 18 da tarde. Muito desse tempo eles gastam se alimentando, até mesmo porque quanto maior o animal, mais ele precisa comer para sustentar o seu peso. Em geral, eles se alimentam no início da manhã, descansando ao final dela, enquanto que à tarde, eles se alimentam novamente, e por fim, descansam à noite.

Pode parecer estranho também, mas os gorilas constroem “ninhos”. Essas subespécie aqui, por exemplo, faz ninhos de vegetação circundante, cujo objetivo é se deitarem e dormir sob as folhas macias. Porém, a cada noite, eles constroem um ninho diferente. Como exceção, apenas os bebês dormem no mesmo ninho ao lado de suas mães. Assim que o dia amanhece, esses animais dexam suas camas improvisadas, com exceção daqueles dias que estão mais frios e nublados.

Vitória Contra a Extinção

Assim como boa parte dos gorilas ao redor do mundo, os gorilas-das-montanhas estiveram, até um tempo atrás, à beira da extinção completa, seja devido ao desmatamento de seus habitats naturais, seja por conta da caça predatória Porém, recentemente, mais precisamente em 2018, descobriu-se que a subespécie está começando a reagir à extinção, e centenas de novos indivíduos veem nascendo ao longo desses últimos anos.

Pra se ter uma ideia, mais ou menos em 2008, a população de gorilas-das-montanhas soltos na natureza era de aproximadamente 680 indivíduos apenas. Atualmente, há mais de mil espécimes nesses mesmos lugares, e muito disso graças aos esforços de grupos de preservação. Trata-se de uma recuperação muito significativa, especialmente pelo fato dos gorilas serem animais de reprodução muito lenta.

Contudo, apesar dos avanços, os gorilas-das-montanhas continuam no rol de animais ameaçados de extinção, especialmente nos dias atuais, onde o desmatamento continua em alta nas regiões onde eles vivem. O que houve, contudo, foi uma mudança de status, de “criticamente ameaçado” para “levemente ameaçado”.

Bom salientar que o declínio desses bichos começou ainda no início do século XX, que é quando os gorilas foram catalogados pela primeira vez como espécie. Foi aí que o martírio desse animal começou, com destruição de seu habitat, além da caça e captura para serem usados como animal de estimação ou de zoológico. Em pleno 2019, porém, uma esperança aponta para a direção do gorila-da-montanha.