Os gansos comem milho pelo simples fato de serem animais essencialmente herbívoros e caracterizarem-se por obter, naturalmente, a sua alimentação quando vivem livres em locais com condições adequadas para a sua sobrevivência.
No entanto, o seu paladar é bastante variado, e isso certamente é uma das suas principais características e, sem dúvida, um dos motivos de serem tão apreciados por pequenos, médios e grandes produtores.
Frutas, verduras, legumes, tubérculos, minhocas, caramujos, cascas de frutas, entre outras iguarias que porventura encontrem no solo, não costumam ser dispensadas por esses animais considerados exóticos, elegantes, belos e excelentes guardiães de propriedades.
Especialmente para a produção de carne, os gansos, quando ainda jovens, são tratados em regime de engorda (a partir de duas semanas de vida). O resultado são aves com carne bastante suculenta e com a qualidade exigida para o abastecimento de restaurantes e frigoríficos.
A partir de 1 mês de vida, eles são tratados em um regime diferenciado. Segue o regime de ceva, porém inicialmente em pastos, e depois livres, para que possam obter o seu alimento de forma natural. No período da tarde, são incentivados a retornar ao seu abrigo, onde deverão receber a ração.
O auge da estrutura física de um animal desses ocorre por volta de 14 semanas de vida, quando atingem entre 4 e 5 kg. É o momento em que as espécies oriundas de grandes criadores são vendidas para frigoríficos ou diretamente para lojas de animais.
Com relação à introdução do milho como comida para os gansos, o recomendado é o seu fornecimento pelo menos 4 vezes ao dia. Essa é a técnica utilizada por grandes criadores durante o processo de engorda desses animais.
Após 30 dias, esse processo estará concluído, e os gansos poderão ter a destinação de acordo com os objetivos do criador.
Por Que os Gansos Devem Comer Milho?
O milho é uma poderosa fonte de calorias, carboidratos, minerais, além de conter um adequado teor de lipídios e amido — o que o torna, quando são introduzidos à dieta dos gansos, a mais importante fonte de energia para essa espécie de animal.
Na verdade, ele pode representar entre 60 e 70% do custo total com alimentos, o que, convenhamos, representa um excelente custo-benefício, especialmente em momentos difíceis para o setor da agropecuária.
Estudos indicam que a composição nutricional do milho deve ser observada por quem quer que pretenda utilizá-lo como fonte de alimentação de animais.
E a melhor forma de encampar essa missão é conhecer detalhes como: local de origem, qualidade do solo onde as espigas foram plantadas, características genéticas, clima da região, a forma como foram manipulados, processados, armazenados, e, até mesmo — acreditem!—, a forma como estão estruturados nas espigas.
Uma outra preocupação que todo o criador deve ter, ao decidir-se por introduzir o milho como comida dos gansos, é certificar-se de que os grãos não apresentam substâncias tóxicas, vestígios de pesticidas, resíduos da ação de ervas daninhas, impurezas, fezes de animais, falhas em sua estrutura, entre outros detalhes, que geralmente qualificam os grãos como sendo de 1ª, 2ª e 3ª classes.
De acordo com os especialistas, somente com a observação desses cuidados, será possível realmente garantir que o milho ofereça aos gansos as quantidades ideais de energia, aminoácidos e minerais, sem os quais eles não poderão desenvolver, adequadamente, todo o seu potencial.
Detalhes Sobre a Alimentação dos Gansos
Como vimos, as impurezas, contaminações e alterações genéticas certamente irão comprometer a qualidade nutricional dos grãos e, por tabela, a qualidade dos animais.
Nesse sentido, recomenda-se, por exemplo, observar algumas das suas características, como:
- Carunchos: São grãos que apresentam-se deteriorados, quebrados, murchos, tomados por insetos, etc;
- Brotados: Os grãos brotados são aqueles em que se pode perceber, claramente, a germinação de fungos;
- Ardidos: Os grãos ardidos são os que apresentam alterações nas sua cor, em pelo menos 25% da sua estrutura;
- Materiais estranhos: Nesse caso, juntamente com os grãos, encontram-se outros tipos de grãos e sementes, bem como pedaços de vegetais, pedras, cascalhos, entre outros materiais;
- Fragmentos: Aqui temos pedaços do próprio milho que, a depender do seu tamanho, geralmente são dispensados.
Curiosidades Sobre a Alimentação dos Gansos
A Introdução do milho como comida para gansos deve obedecer a algumas particularidades:
O recomendado é que, por exemplo, você determine horas específicas do dia para oferecer o produto. É preciso que se crie no animal o hábito de alimentar-se em seu abrigo, sempre nesses mesmos horários.
Talvez sejam necessários até 15 dias de oferta da ração no abrigo, até que o animal acostume-se com o fato de que lá é o local onde eles sempre terão alimento.
No entanto, após esse período, a técnica deverá ser outra. Agora o fornecimento de milho deverá ser reduzida a uma oferta diária, mesmo que eles aproximem-se do abrigo em busca do alimento. Eles não deverão mais ser alimentados em outros horários, porém logo logo estarão adaptados a essa rotina.
Mas o importante mesmo é que, sempre que se aproximarem do abrigo nos horários habituais, encontrem lá o alimento, em porções bastante generosas.
Mas pode ocorrer de elas, mesmo após terem comido, insistirem em permanecer em volta do abrigo. Isso pode significar que não estão saciados. E o recomendado, nesses casos, é que aumente as porções, ou as diminua, de acordo com o que perceber nos hábitos e necessidades deles.
E para finalizar, não custa lembrar, mais uma vez, que a alimentação típica de humanos não é adequada para animais.
Restos de comida, doces, chocolates, biscoitos e demais produtos industrializados, representam algumas das principais causas de danos à sua saúde.
Um estudo do Departamento de Conservação Ambiental de Nova Iorque, por exemplo, descobriu uma série de motivos pelos quais o hábito, bastante comum no país, de alimentar os gansos com pães, nos parques da cidade, pode ser extremamente prejudicial à manutenção da sua qualidade de vida.
E dentre os principais, estão: habitua o animal com alimentos nutricionalmente pobres, desacostuma-os com alimentos naturalmente encontrados na natureza, incentiva a superpopulação, entre outros fatores que, de um modo geral, alteram a rotina natural dessa espécie.
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