1.Nome: Foca Comum
Uma ficha técnica das focas deve começar, obviamente, pelo seu nome popular “Foca Comum”. Essa é uma singular espécie de carnívoros da família Phocidae, e que, juntamente com as morsas, leões-marinhos, lobos-do-mar e elefantes-marinhos, compõe a categoria dos animais pinípedes.
Elas são originárias das distantes regiões da costa do Hemisfério Norte, especialmente das regiões litorâneas do Atlântico e do Oceano Pacífico; mas também do misterioso Mar Báltico e do gelado Mar do Norte, onde podem ser encontradas facilmente no litoral da Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Groenlândia, além do Canadá.
As focas-comuns geralmente vivem em pequenos grupos de famílias. Elas podem ser avistadas descansando comodamente junto ao mar, em rochas ou blocos de gelos onde possam encontrar as suas refeições favoritas, geralmente peixes como: anchova, robalo, bacalhau, camarão, caranguejos, moluscos, entre outras iguarias semelhantes.
2.Nome Científico: Phoca Vitulina
O nome científico Phoca vitulina também deve compor a ficha técnica de uma foca. Esse nome foi uma das contribuições do zoólogo e botânico sueco Carl Von Linné, ou simplesmente Linnaeus, que em 1758 fez uma importante distinção entre esse e os gêneros Histriophoca, Pusa e Pagophilus, diferenciando as suas características biológicas e genéticas.
Junta-se ao gênero Phoca, a Phoca largha, descrita mais tarde, em 1811. Ele também comunga com a Phoca vitulina das suas características básicas, como uma pele entre o marrom e o cinza-escuro, comprimento entre 1,79 e 1,86, peso entre 129 e 136kg.
Além da característica marcante de possuir uma considerável camada de gordura sob a epiderme, suficiente para protegê-la do frio, mas também para, infelizmente, atiçar a cobiça dos caçadores de animais silvestres.
3.O Habitat das Focas Comuns
As focas-comuns dão preferência a baías calmas e translúcidas, onde elas possam encontrar rochas em meio às águas e um trecho de areal. Nesses locais, elas espalham-se em grupos familiares, até que a necessidade as faça migrar em pequenos bandos até 50km da costa em busca de alimentos.
Os portos canadenses, os trechos de águas baixas da Noruega, os paredões rochosos da Dinamarca, o litoral da Nova Inglaterra (EUA), são apenas algumas das regiões onde essas espécies podem ser encontradas, distraidamente, descansando em grupos.
4.O Que Come
Os hábitos alimentares das focas também devem constar na sua ficha técnica. E, nesse caso, elas dão preferência a peixes como as anchovas, cavalas, savelhas, badejo, robalo, bacalhau, mas também moluscos como os polvos e as lulas.
Em situações excepcionais – como aquelas resultantes da escassez de alimentos –, as focas-comuns não hesitarão em adotar uma dieta à base de lagostas, camarões, caranguejos, aves, e até mesmo espécies de regiões mais profundas, como o Oncorhyncus, o Ammodytes, entre outras espécies da família das trutas e dos salmões, poderão fazer parte do seu cardápio.
5.Peso
Com um comprimento que pode chegar a 1,86m, as focas-comuns geralmente pesam entre 74kg (machos) e 50kg (fêmeas). Elas possuem corpo relativamente curto, nadadeiras de certa forma atrofiadas e um par de narinas curiosamente em “V”.
Apesar de manterem um padrão, não são tão raros assim algumas espécies que podem atingir os assustadores 167 kg – mas, nesse caso, fatores genéticos geralmente costumam estar por trás de tal anomalia que, de maneira alguma, encaixa-se no padrão dessas espécies.
6.Tamanho
A diferença de tamanho entre machos e fêmeas (dimorfismo sexual) é outro dado que deve constar em uma ficha técnica das focas.
O que se sabe é que alterações no clima ocorridas há cerca de 26 milhões de anos contribuíram para tal fenômeno.
Salta aos olhos a diferença de estrutura física de ambos os gêneros, com as fêmeas dificilmente ultrapassando os 50 kg, enquanto os machos podem atingir facilmente os 76kg.
7.Características Físicas
Fisicamente, as focas apresentam-se com uma pele geralmente entre o marrom e o cinza-escuro, com algumas manchas mais escuras na superfície. As laterais são um pouco mais claras, geralmente entre o bege e o acastanhado.
Mas o curioso é que, ao nascer, os filhotinhos costumam ter o corpo todo coberto de pelos, ate que, à medida que vão crescendo, adquiram aquela sua textura característica.
Elas ainda possuem uma cabeça consideravelmente grande e redonda, em comparação ao restante do corpo; nadadeiras pequenas; narinas com um curioso formato em “V”; corpo roliço; ausência de orelhas externas (apenas um orifício para a audição na parte posterior dos olhos), entre outras particularidades.
8.Tempo de Gestação
Na ficha técnica das focas deve aparecer o tempo de gestação dessas espécies. Esta geralmente dura entre 9 e 11 meses, até que ela possa dar à luz um único filhote – geralmente uma única vez no ano.
Mas isso tudo ocorre após um curioso ritual de acasalamento em meio às águas geladas do Hemisfério Norte, onde elas rolam, emitem sons, fazem bolhas de ar sob a água, mordem-se “carinhosamente” umas às outras, e, após tudo isso, ainda conseguem, não se sabe como, arranjar muita disposição para o acasalamento!
As focas são espécies gregárias, nesse caso, costumam conviver em pequenas famílias à procura de alimentos em longas viagens pelo litoral (em uma distância de até 20km – ou até 50km, em situações excepcionais) ou simplesmente descansando na areia, onde rolam desajeitadamente, exibindo a sua constituição física bastante singular.
9.Número de Filhotes
Como vimos, as focas fêmeas são animais vivíparos (geram filhotes nos seus ventres), e que geralmente dão à luz um único filhote, uma única vez ao ano.
São cerca de 9 meses de uma gestação enfrentada sozinha, enquanto os machos, ao que tudo indica, nessa hora já estão correndo em busca de outras fêmeas, como uma típica espécie poligâmica.
Os filhotes costumam nascer com um peso entre os 14 e 16kg e, graças a uma amamentação poderosíssima, minutos após o nascimento já estão nadando soltos por quilômetros de distância em pleno mar gelado.
Após 1 mês os filhotes são desmamados. E este é o sinal de que já deverão estar prontos para lutarem pelas suas vidas.
E, a depender das mais variadas condições (como a ação dos seus principais predadores, entre eles, as orcas, tubarões e o homem), poderão viver entre 20 e 25 anos, ajudando, com a sua presença, a tornar mais rico, vasto e equilibrado esse imenso ecossistema do qual fazem parte.
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