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Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos

Salamandras e tritões são anfíbios caudados pertencentes à ordem taxonômica Urodela. Muitos pesquisadores acreditam na teoria de que as salamandras são os animais mais antigos do planeta, uma vez que na China e na Mongólia já foram encontrados fósseis datando de 165 milhões de anos atrás.

Ao todo, existem aproximadamente 450 espécies de salamandras. Estes animais são considerados os únicos vertebrados que adultos são capazes de regenerar tecidos e órgãos complexos. A forma como ocorre essa regeneração é variável de acordo com cada família taxonômica.

A maioria das salamandras costuma completar sua metamorfose na forma de adultos terrestres. Espécies com cores geralmente são venenosas. A ação do veneno inclui queimar a pele, podendo até mesmo resultar em paralisia, caso entre na corrente sanguínea.

As salamandras eram referenciadas na mitologia grega como seres capazes de viver nas chamas, de apagar fogos e de resistir a eles. Crença que também foi defendida dentro da mitologia egípcia, contudo de forma um pouco menos utópica. Esta ideia provinha do hábito desses anfíbios de esconderem-se em meio à lenha, escapando quando sentiam um aumento de temperatura, sem contudo sofrerem danos.

As espécies de salamandras são classificadas em três tipos: as aquáticas, as semiaquáticas e as terrestres. No caso das espécies semiaquáticas, estas nascem em lagos e rios, e depois de certo tempo dirigem-se à terra (onde passam a maior parte do tempo), retornando à água para depositar seus ovos. Tais ovos podem ser depositados diretamente na água, em locais úmidos na terra ou na vegetação aquática. A escolha para o local de postura dos ovos é influenciada pela espécie em questão.

Neste artigo, você conhecerá um pouco mais sobre estes anfíbios, com destaque para a listagem de espécies.

Então continue conosco e boa leitura.

Características Gerais dos Anfíbios

O termo “anfíbio” é oriundo do grego e formado pela junção de duas palavras: “amphi” (que significa ambos) e “bio” (que significa vida). Logo, o termo completo significa “ambas as vidas” ou “ambos os meios”.

Em relação à origem pré-histórica, os anfíbios teriam surgido a cerca de 350 milhões de anos atrás, mais especificamente no tempo geológico Devoniano. Alguns estudos e pesquisas com fósseis sugerem estes animais teriam evoluído a partir dos peixes pulmonados com nadadeira lobada.

Os anfíbios são vertebrados e pecilotérmicos, ou seja, possuem temperatura variável de acordo com as condições ambientais, também chamados de “animais de sangue frio”. O ciclo de vida é dividido em fase aquática e fase terrestre. Ao todo, existem aproximadamente 6 mil espécies vivas de anfíbios.

Características Gerais dos Anfíbios
Características Gerais dos Anfíbios

A maioria dos anfíbios jovens vive exclusivamente em água doce, geralmente realizando respiração branquial.

Estes animais possuem circulação fechada (uma vez que o sangue permanece no interior dos vasos), incompleta (pois o coração não possui câmaras especializadas para cada tipo de circulação), e dupla (visto que ocorre o circuito pulmonar e o circuito corpóreo). Sinteticamente, o coração dos anfíbios possui apenas 3 cavidades, no caso dois átrios e um ventrículo. Nos átrios, ocorre a chegada de sangue ao coração; e, a partir do ventrículo, o sangue é direcionado ao pulmão ou ao restante do corpo do animal.

O encéfalo é o principal órgão do sistema nervoso. A visão é considerada favorável, e o tato está presente em toda a superfície corporal.

Ao todo, a classe conta com 39 modalidades de reprodução distintas. Essa grande diversidade é superada apenas pela classe dos peixes.

Ordem Urodela: Subordens e Famílias Taxonômicas

As subordens deste grupamento taxonômico incluem Cryptobranchoidea, Sirenoidea, Salamandroidea.

A subordem Cryptobranchoidea é caracterizada por abranger  as salamandras gigantes e as salamandras primitivas. Inclui as famílias Cryptobranchidae (com 3 espécies) e Hynobiidae (com 55 espécies). A primeira família possui distribuição entre América do Norte e Ásia; ao passo que a segunda é encontrada na Ásia.

A subordem Salamandroidea equivale ao grupamento das salamandras avançadas e inclui as famílias taxonômicas Ambystomatidae (com 33 espécies), Amphiumidae (com 3 espécies), Plethodontidae (com 418 espécies), Proteidae (com 6 espécies), Rhyacotritonidae (com 4 espécies) e Salamandridae (com 89 espécies). Todas essas famílias possuem representantes na América do Norte, sendo que 3 também possuem espécies na Europa, e uma família possui espécies na Ásia. Essas espécies são, em sua maioria, semiaquáticas e aquáticas, havendo também algumas espécies terrestres.

A subordem Sirenoidea abriga a família taxonômica Sirenidae, a qual conta com 4 espécies prevalentes na América do Norte e descritas como salamandras aquáticas alongadas de pequeno a médio porte, com presença de brânquias externas; e ausência de cintura e membros pélvicos.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Andrias japonicus e Andrias davidianus

A salamandra gigante da China (nome científico Andrias davidianus) e a salamandra gigante do Japão (nome científico Andrias japonicus) são considerados os maiores anfíbios do mundo, sendo que a espécie chinesa ocupa o primeiro lugar.

A andrias japonicus pode atingir até 1,44 metros de comprimento, ocorrendo nas ilhas de Honschu (maior ilha do arquipélago japonês) e na ilha de Kyuschu (terceira maior ilha do arquipélago japonês).

No caso da Andrias davidianus esta pode atingir o comprimento de até 2 metros e peso de até 25 quilos. Pode ser encontrada em lagos montanhosos e outros cursos de águas na China e no Japão. A pele é enrugada e porosa, de modo a favorecer a sua respiração cutânea. A coloração do corpo é castanho, contando também com a presença de algumas manchas. A atividade reprodutiva ocorre no final de Agosto. Os hábitos são noturnos em sua maioria, podendo permanecer em baixo das rochas o dia inteiro. O metabolismo é bastante lento, possibilitando até que fique semanas sem ingerir qualquer alimento.

A salamandra gigante do Japão é citada pela IUCN como quase ameaçada; contudo, a salamandra gigante da China é considerada em perigo crítico, principalmente em razão da utilização de pesticidas, construção de barragens e caça para uso na alimentação e como animal de estimação.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Cryptobranchus alleganiensis

Esta espécie é considerada a 3ª maior espécie de salamandra aquática do planeta, uma vez que, contando com a cauda, indivíduos adultos apresentam um comprimento de 30 a 74 centímetros. A média de peso fica compreendida entre 1,5 a 2,5 quilos.

É encontrada na América do Norte, principalmente em estados como Alabama, Geórgia, Nova York, Missisipi, Misouri, Arkasas e Illinois.

Não há dimorfismo sexual entre macho e fêmea. A maturidade sexual é atingida aos 5 anos de idade, e a expectativa de vida pode estender-se para até 30 anos, quando em cativeiro.

Em relação a outras características físicas, a pele é viscosa; a cabeça e o corpo são achatados; e os olhos são brilhantes, com disposição dorsal. A coloração do corpo é castanho, podendo apresentar nuances que remetam a um fundo levemente avermelhado. Possuem pernas curtas, com 4 dedos nas patas anteriores, e 5 dedos nas patas posteriores. A cauda apresenta formato de quilha, e tal característica é bastante útil para propulsão aquática.

A absorção do oxigênio ocorre por meio de capilares localizados abaixo da pele.

O hábitat da espécie inclui áreas com correntezas rápidas e largas, nas quais podem ser encontrados embaixo de rochas grandes. Por outro lado, estes indivíduos costumam ser mais raros em áreas mais fundas de riachos, assim como em zonas que não possuam rochas achatadas e empilhadas uma sobre as outras, as quais funcionam para oferecer cobertura.

É comum que durante o dia, tais salamandras fiquem debaixo de troncos caídos e rochas, apenas colocando a cabeça para fora ocasionalmente; saindo destas localidades no período de acasalamento.

Indivíduos mais jovens podem tornar-se alvo de tartarugas, cobras-d’água e peixes maiores. Pescadores também podem estar inclusos ocasionalmente neste contexto, mas o homem já participou mais ativamente deste processo, quando antigos povos indígenas utilizavam a espécie como alimento.

Esta espécie se alimenta de lagostins e pequenos peixes. Moluscos, minhocas e insetos também são uma opção. Alguns indivíduos podem ingerir até mesmo girinos, lampréias e reptéis aquáticos. Pesquisadores também defendem a idéia de que os hábitos alimentares variam de acordo com a época do ano.

Características do Cryptobranchus Alleganiensis
Características do Cryptobranchus Alleganiensis

O período reprodutivo inicia-se no fim de Agosto e início de Setembro, podendo estender-se até o final de Novembro. O curioso é que neste período, a coacla dos machos naturalmente incha.

Esta espécie, mais especificamente, realiza fecundação externa, característica diferenciada da maioria das salamandras. Antes do acasalamento, o macho cava um local no qual depositará os seus ovos, permanecendo neste local à espera da fêmea.

Dentro do período de 2 a 3 dias, a fêmea realiza a postura de 150 a 200 ovos. Durante a postura, o macho pulveriza estes ovos com sêmen.

Após a postura, os machos conduzem as fêmeas para fora do ninho, e se responsabilizam pela incubação destes ovos, a qual dura entre 45 a 75 dias.  Enquanto chocam os ovos, costumam se balançar para frente e para trás, ondulando suas dobras de pele, mecânica que permite a circulação de água e o aumento na oferta de oxigênio tanto para os ovos quanto para o adulto.

Uma salamandra recém-nascida desta espécie possui entre 25 a 33 milímetros de comprimento.

O mais curioso sobre a espécie é que a mesma já foi conhecida como “cão diabo” ou devil dog, uma vez que já foi encontrada debaixo de rochas ou apanhada acidentalmente por muitos pescadores. Sua aparência (considerada feia por muitos) assustava os pescadores e contribuiu para a aquisição deste apelido.

Em relação ao status de conservação, a IUCN classifica a espécie como quase ameaçada.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Salamandra Salamandra

A salamandra de fogo (nome científico Salamandra salamandra) também pode ser conhecida pelos nomes de salamandra comum, saramela, salamandra de pintas amarelas, saramântiga, saramaganta e salamântega.

Possui entre 14 a 23 centímetros de comprimento. As características de coloração variam de acordo com a subespécie, contudo, a maioria delas possui pele negra com manchas amarelas.

Apesar das larvas desta espécie serem aquáticas, os indivíduos adultos são terrestres.

Possui um total de 14 subespécies. A distribuição geográfica abrange Portugal. Espanha, Polônia e parte central da Europa; contudo, a espécie também pode ser encontrada no continente africano, mais precisamente na costa mediterrânea. Costumam ser encontradas em áreas com altitude entre 300 a 1.000 metros.

Uma consideração importante sobre a espécie é que, quando na presença de um predador, são capazes de liberar através da pele uma substância tóxica chamada samandrina, a qual nada mais é do que um alcaloide, cujo principal sintoma inclui a convulsão. A presença desse alcaloide em alta concentração na corrente sanguínea pode causar hipertensão assim como hiperventilação.

A localização das glândulas do veneno refere-se à superfície dorsal e à região do pescoço, áreas que também são consideradas as mais dolorosas do corpo do animal.

As subespécies Salamandra salamandra fastuosa e Salamandra salamandra morenica possuem grande prevalência na Península Ibérica. A primeira pode ser encontrada em áreas como Astúrias, Galiza, Cantábria e País Basco; e detém como características o corpo inteiramente na cor amarela, com presença de manchas e listras negras. No caso da ‘morenica’, esta pode ser encontrada ao Sul de Portugal, embora seu hábitat também se estenda para os parques espanhóis de Sierra de Carzola e Segura, assim como para a comunidade autônoma de Andaluzia. As características desta subespécie incluem pele preta com manchas amarelas e vermelhas, além de nariz mais longo e cabeça menos achatada.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Chiglossa Lusitânica

A saramântiga ou salamandra-lusitânica é uma espécie considerada endêmica do noroeste da Península Ibérica, sendo a única espécie de seu gênero.

O corpo é cilíndrico e estreito, com a média de comprimento de 15,6 centímetros para os machos; e 16,4 centímetros para as fêmeas. A cauda é longa e, nos indivíduos adultos, pode atingir dois terços do comprimento; sendo que nos indivíduos mais jovens corresponde à metade do comprimento. Na face, os olhos são considerados protuberantes.

As patas dianteiras são mais estreitas e pequenas do que as patas traseiras, e contam com um total de 4 dedos (enquanto que as patas traseiras possuem 5). Em relação à coloração corporal, esta é basicamente preta, contando com a presença de 2 listras dorsais douradas que se estendem ao longo do corpo e convergem em uma só ao chegar na cauda. Alguns pequenos pontos também podem estar presentes no dorso. A coloração do ventre é cinzenta. Apesar desta famosa ‘coloração padrão’, já foram encontrados indivíduos albinos e semi-albinos.

O dimorfismo sexual é observado durante a época reprodutiva, na qual as patas anteriores, assim como a coacla dos machos incha.

Apesar da espécie ser praticamente confinada na Península Ibérica, também pode ser encontrada em Portugal e na Espanha. Em Portugal, pode ser encontrada ao norte do rio Tejo; e, na Espanha, na Astúrias, Galiza e porção oeste de Cantábria. Tem preferência por áreas com precipitação superior a 1.000 milímetros por ano, assim como altitude abaixo dos 1.500. Indivíduos adultos tem preferencia por proximidades de águas correntes, assim como áreas de montanha com vegetação densa e rochas cobertas de musgo. A preferência geral é por áreas aquáticas com pH levemente ácido; contudo, durante os períodos mais secos, a tendência é migrar para refúgios estivais, tais como minas abandonas e barragens. Nestes refúgios estivais geralmente ocorre a reprodução.

O período reprodutivo está compreendido entre Março e Novembro. Diferentemente do que ocorre com outras espécies, o ritual de acasalamento da saramântiga inclui o ato do macho depositar o espermatóforo por baixo do ventre da fêmea. Geralmente, o ato acontece em águas pouco profundas ou mesmo em terra.

Cada fêmea, em média, tem capacidade para postura de 15 ovos, geralmente às margens de rios, pedras submersas ou em minas. O tempo de eclosão desses ovos está compreendido entre 6 a 9 semanas.

A saramântiga foi descrita pela primeira vez no ano de 1864. Atualmente, o seu status de conservação é classificado como vulnerável pela IUCN, em razão principalmente da degradação contínua de seu hábitat.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Ambystoma Mexicanum

Esta espécie de salamandra é conhecida pelo seu nome popular “axolote”.Possui a peculiaridade de não se desenvolver plenamente no período larval, logo se conserva nesta forma mesmo estando adulto.

A capacidade de retenção de características da fase larval ou juvenil dentro da fase adulta é nomeada neotenia na biologia do desenvolvimento.

A palavra “Axolotle” vem do asteca e significa “monstro aquático”, fazendo referência ao deus mitológico Xolotl.

Um indivíduo adulto desta espécie possui entre 15 a 45 centímetros de comprimento, contudo os comprimentos acima de 30 centímetros são os mais raros. As características do estágio larval presentes na espécie incluem brânquias externas e barbatanas caudais, as quais se estendem do fim da cabeça à extensão da cauda. A cabeça é de certa forma ampla, com presença de olhos sem pálpebras.

Durante a época reprodutiva, certas características de relativo dimorfismo permitem diferenciar o macho, tais como coaclas muito pronunciadas e de formato redondo.

As características larvais dessa salamandra são resultante da presença de uma tireoide rudimentar, e, com isso, não liberação dos hormônios tireoidianos responsáveis pela metamorfose.

Esta espécie permanece no meio aquático durante toda a vida. Sua distribuição geográfica inclui os lagos próximos à Cidade do México, com destaque especial para o lago Chignahuapan e para o lago Xochimilco. Contudo, a predação de seus ovos por espécies animais não autóctones introduzidas pelo homem, vem contribuindo para a redução populacional no lago Chignahuapan. Por vezes, a espécie também desperta interesse para a caça ilegal, principalmente por causa do seu potencial de regeneração.

A capacidade de regeneração da espécie é uma característica fantástica e intrigante. É capaz de regenerar membros inteiros, e até mesmo estruturas como vasos sanguíneos, nervos, ossos e musculatura. Pesquisadores acreditam, inclusive, que a espécie seja capaz de regenerar a metade do cérebro e do coração (curiosidade ainda em fase de estudo).

Muitas pessoas criam axalotes com animais de estimação. Neste caso, é importante primeiramente verificar se estes não são resultantes de caça ilegal. O axalote nunca deve ser colocado no mesmo aquário que os peixes, uma vez que suas brânquias externas podem sr bastante chamativas para os peixes, os quais podem brincar com elas e, dessa forma, incomodar os axalotes. A temperatura da água do aquário deve estar entre 16 a 20 °C; e o pH entre 6.5 a 8. É importante evitar pegar a espécie na mão, assim como garantir um bom sistema de filtragem (uma vez que são bastante sensíveis a substâncias tóxicas).

A espécie é descrita pela IUCN como criticamente ameaçada de extinção. Fatores como a caça ilegal e a poluição estão entre os principais responsáveis por este cenário. Dentro do México, há um grupo religioso famoso por utilizar estes animais na confecção de xarope contra tosse, contudo, o processo de fabricação nunca foi revelado.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Ambystoma Maculatum

Esta espécie, também conhecida como salamandra malhada, é intitulada por muitos cientistas como o primeiro animal vertebrado fotossintético do mundo, sendo capaz de transformar luz em energia, tal como ocorre com as plantas, algas e até mesmo algumas bactérias.

Ambystoma Maculatum
Ambystoma Maculatum

Os embriões desta salamandra compartilham uma relação simbiótica com algas fotossintéticas, contudo, muitos cientistas defendem que a relação é externa e que ambos os organismos trabalham separadamente na aquisição dos recursos.  Esta hipótese foi, de certa forma, derrubada, quando alguns cientistas identificaram presença de clorofila nas células embrionárias desta salamandra. Tal informação foi confirmada posteriormente através de microscopia eletrônica.

A espécie possui como características coloração castanho escuro ao longo do corpo, contando com a presença de manchas amarelas.

Espécies de Salamandra: Lista com Tipos – Nomes e Fotos – Ambystoma Andersoni

Esta espécie é encontrada no estado de Michoacán, no México (mais precisamente no lago Zacapu, assim como nos riachos adjacentes a este lago). Sua alimentação é à base de lagostins e caracóis. Demanda um hábitat de água doce e fresca e limpa.

Ambystoma Andersoni
Ambystoma Andersoni

É uma espécie considerada criticamente ameaçada, de acordo com a IUCN. As principais causas de redução populacional estão relacionadas à destruição do hábitat (com a poluição do lago), pesca ilegal e introdução de espécie predatórias autóctones.

Conhecendo Algumas Espécies de Tritão

Os tritões pertencem à mesma família taxonômica das salamandras (Salamandriae) e, no caso, subfamília Pleurodelinae. Possuem distribuição geográfica em toda a Ásia, América do Norte, Europa e Norte da África.

Os gêneros encontrados são o Cynops, Echinotriton, Euproctus, Lissotriton, Mesotriton, Neurergus, Notophthalmus, Ommatotriton, Pachytriton, Paramesotriton, Pleurodeles, Taricha, Triturus e Tylototriton.

Abaixo segue a descrição de algumas espécies distribuídas entre esses gêneros:

Cynops Orientalis

Essa espécie também é conhecida como tritão de fogo chinês. Possui entre 6 a 10 centímetros de comprimento. O dorso é nas cores castanho a preto, com algumas variações entre o vermelho ao laranja vivo (contando com a presença de manchas pretas de formato irregular).

Cynops Orientalis
Cynops Orientalis

Essa espécie é levemente venenosa e capaz de excretar toxinas através da pele, as quais, quando em contato com a pele humana, podem causar dormência e irritação.

Possui grande semelhança no tamanho e nas cores ao tritão de fogo japonês (nome científico Cynops pyrrhosgaster). No entanto, esta outra espécie possui veneno ainda mais tóxico, o qual pode ser letal dentro de até 6 horas.

 Lissotriton Boscai

Também conhecido pelo nome de tritão de ventre laranja ou tritão ibérico, esta espécie possui ventre de cor laranja, o qual cria um contraste com o dorso castanho escuro com presença de pintas pretas (característica ainda mais acentuada nos machos).

O tamanho de um indivíduo adulto é em média de 10 centímetros.

 Lissotriton Boscai
Lissotriton Boscai

O dimorfismo sexual está presente, uma vez que a cauda dos machos termina em uma ponta branca arredondada e não possui crista muito pronunciada; ao passo que as fêmeas possuem ventre mais inchado e são mais fortes e mais pesadas do que o macho.

É uma espécie endêmica da Península Ibérica. Seu hábitat natural inclui a vegetação arbustiva mediterrânea, as florestas de clima temperado, os rios e rios intermitentes, terra arável, pântanos, pastagens, lagoas, lagos de água doce intermitente e jardins rurais.

Pleurodeles Waltl

Esta espécie pode ser conhecida pelos nomes salamandra dos poços ou salamandra das costelas salientes. Possui comprimento médio entre 15 a 25 centímetros, podendo alcançar 30 centímetros em alguns casos.

É encontrada em charcos e lagos com pouca corrente, assim como em cisternas de águas e poços. A distribuição geográfica inclui o sul e oeste da Península Ibérica, tal como a porção ocidental de Marrocos.

Pleurodeles Waltl
Pleurodeles Waltl

A atividade é predominantemente diurna e crepuscular. A alimentação é à base de minhocas, moluscos, anfíbios, larvas de insetos aquáticos, e até mesmo carniça.

A espécie conta com dimorfismo sexual, logo, a fêmea possui cauda mais curta e membros maiores. No caso do macho, este possui uma cauda maior, da mesma forma que membros posteriores maiores e com musculatura mais desenvolvida.

Notophthalmus Viridescens

Esta espécie pode ser encontrada nos Estados Unidos e no Canadá. Possui 4 subespécies e cada uma delas conta com características físicas diferenciadas.

A subespécie mais famosa é a N. v. viridescens, a qual possui manchas de cor vermelho-alaranjado ao longo do corpo.

No caso da subespécie N. v. louisianensis, esta não apresenta manchas vermelho-alaranjada ao longo do corpo. A distribuição geográfica destes indivíduos compreende as pontas este e oeste da América do Norte.

Notophthalmus Viridescens
Notophthalmus Viridescens

A subespécie N. v. piaropicola é endêmica na porção noroeste da Flórida. A coloração é bastante diferente, uma vez que as manchas vermelhas são ausentes e a porção dorsal é preta.

Já para a subespécie N. v. dorsalis, as manchas vermelho-alaranjado estão presentes, contudo, estas assemelham-se mais a riscos do que à pintas. Estes indivíduos estão presentes nos estados americanos de Carolina do Norte e Carolina do Sul.

Triturus Cristatus

Esta espécie pode ser chamada de tritão de crista, Tristão de crista italiano, Tristão de crista do Danúbio e Triturus karelinii. Possui distribuição geográfica ao Norte da Europa, desde a porção Norte da França até os montes Urais; sendo encontrado também ao norte do Mar Negro e dos Alpes.

Em relação às características físicas, o dorso e o flanco são de coloração castanho-acinzentado escuro, com distribuição de manchas ainda mais escuras (talvez até mesmo pretas). A coloração do ventre é amarela ou alaranjada, com algumas manchinhas pretas (as quais o padrão é específico por indivíduo).

O dimorfismo sexual é bastante evidente durante a fase reprodutiva, uma vez que os machos possuem uma crista serrada ao longo das costas, durante este período. Na cauda, também há crista, porém não dentada.

Triturus Cristatus
Triturus Cristatus

Existem poucas informações sobre o desenvolvimento desta espécie fora da água. Contudo, já foram encontrados indivíduos debaixo de ramos de árvores, pedras, assim como detritos naturais ou antropogênicos. Dentro da água, as informações conhecidas é que a espécie permanece neste meio como embrião/ larva até completar a metamorfose, visto que, após esse período, já é capaz de respirar fora d’água.

A exemplo do que ocorre com  outros membros do gênero Triturus, 50% dos embriões desta espécie morrem em decorrência de uma doença genética conhecida como síndrome do cromossoma-1.

Triturus Marmoratus

Esta espécie também pode ser chamada pelo nome de tritão verde ou tritão marmoreado. Possui cor castanho-escura ou preta, com presença de manchas verdes de formato irregular. A coloração da barriga varia desde o bege até o preto, sendo que, em alguns casos, é possível observar certa quantidade de manchas pretas ou brancas.

O dimorfismo sexual está presente. Machos adultos possuem um risco  de cor branca ou bege na cauda, e, durante a época reprodutiva, apresentam a crista dorsal. No caso das fêmeas, estas não possuem crista dorsal, contudo apresentam uma risca de cor vermelha ou alaranjada.

A distribuição geográfica abrange a porção central de Portugal e da Espanha, assim como o sudoeste da França. Mesmo nessas áreas consideradas endêmicas, estes anfíbios não são encontrados com facilidade, já que em boa parte do tempo permanecem escondidos (seja embaixo de rochas, troncos caídos ou simplesmente lugares úmidos).

Dentro da França, esta espécie cria certa sinastria com o chamado tristão de crista.

Em relação às modalidades reprodutivas, a fertilização é interna contudo não há copulação. É comum que o macho atraia a fêmea com o seu famoso ritual de dança, o qual envolve batimentos sucessivos da lateral com a cauda (obviamente que de frente à fêmea). Após o ‘ritual’, o macho deposita um espermatóforo, o qual será recolhido com as patas pela fêmea e encaminhado em direção à sua coacla.

Com a fecundação finalizada, os ovos se formam e estes serão depositados individualmente em folhas de vegetação aquática. Um hábito comum para as fêmeas é dobrar essas folhas, de modo que os ovos estejam a salvo de predadores. No entanto, a síndrome do cromossomo-1 acaba matando 50% desses ovos.

Mesotriton Alpestris

Esta espécie também pode ser conhecida como tristão-alpino. Sua distribuição geográfica envolve a Áustria, Albânia, Bélgica, Bielorrússia, Bulgária, Croácia, Bósnia e Hezergovina, Dinamarca, República Tcheca, França, Alemanha, Hungria, Grécia, Itália, Ucrânia, Suíça, Espanha, Luxemburgo, Liechtenstein, República da Amcedônia, Polônia, Países Baixos, Eslovênia, Sérvia, Romênia e Eslováquia. Os últimos países nos quais esta espécie foi introduzida foram Nova Zelândia e Reino Unido.

Por vezes, a espécie é referida na literatura com um nome científico diferenciado: Ichthyosaura alpestris.

A espécie possui uma grande variedade de sub-espécies. Contabilizando o quantitativo de 9.

Mesotriton Alpestris
Mesotriton Alpestris

Entre as características físicas, estas incluem comprimento da cauda igual ou ligeiramente menor do que o comprimento do corpo com a cabeça. Na fase terrestre, a pele costuma ser granular; já para os adultos em fase aquática, a pele é lisa.

O dorso detém coloração escura, a qual pode ser marrom, acinzentada, verde-oliva e até mesmo quase preto. A coloração do ventre é laranja brilhante ou amarela. Ao longo do corpo, há a presença de alguns pontos de luz, os quais podem formar quase como um padrão de manchas. Sobre esse ‘padrão’, nos flancos estão presentes manchas de cor branca.

O dimorfismo sexual está presente e pode ser observado em características como o comprimento relativo da cabeça, comprimento das pernas anteriores e posteriores, e comprimento do corpo e da cauda (tópico no qual, as fêmeas se destacam).

Durante o período reprodutivo, os machos apresentam uma crista média no meio, a qual possui manchas claras e escuras, assim como manchas azuis brilhantes e faixas longitudinais de cor branco ou prateado, contando com pontos escuros ao longo do corpo. Em relação às fêmeas, estas não possuem faixas laterais ou crista mediana, e as manchas azuis na superfície de seus corpos podem estar fundidas.

Na fase terrestre, essa espécie pode estar presente em montanhas ou em florestas. Na fase aquática, é encontrada em pântanos de águas claras (estagnadas ou semi-fluidas), lagoas e riachos.

O processo de hibernação da espécie começa entre Setembro/ Outubro e termina entre Fevereiro a Maio. É comum que este processo varia em relação á duração e a data de inicio de acordo com fatores como latitude e longitude. Em locais com maior altitude, o período de hibernação é menor.

Em algumas localidades muito específicas, a população desta espécie está praticamente extinta, tal fator é decorrente da poluição química de áreas úmidas, assim como da destruição de hábitats (geralmente pra construção de estradas rurais ou lagos para consumo do gado). Fora isso, a espécie também é vítima das atividades de comércio ilegal.

A construção de estradas rurais, mais especificamente, causa alta mortalidade embrionária e larval.

Triturus Pygmaeus

Esta espécie pode ser chamada pelos nomes tritão pigmeu ou tritão marmoreado pigmeu. É encontrada em Portugal e na Espanha. Seu hábitat inclui florestas, rios intermitentes, pastagens, lagoas, marismas de água doce, jardins rurais, canais, terras irrigadas e outros locais. Esta população também é bastante comum em áreas de terrenos com boa concentração de substrato silicioso.

Possui dorso de cor verde, com intensidade dependendo da região geográfica. O ventre é de cor branco-rosado, apresentando também algumas pintas brancas e negras. A pele costuma ser lisa no ventre e rugosa no dorso. A cabeça é achatada e o focinho, arredondado.

Triturus Pygmaeus
Triturus Pygmaeus

Além das diferenças em relação ao comprimento, outras características de dimorfismo sexual envolve diferenciação em estruturas como a coacla, cauda e presença de crista. Durante o período reprodutivo (tal como ocorre com muitas espécies), o macho desenvolve uma crista que se estende ao longo da coluna vertebral (da cabeça à cauda), a qual também apresenta traços verticais de cor escura e cor amarelada, os quais se dispõem alternadamente.

A cauda dos machos é mais abobada do que a das fêmeas, e conta com a presença de um traço branco ou prateado na sua porção central. A coacla das fêmeas é alaranjada e menos avultada; ao passo que nos machos, essa estrutura é maior e mais escura.

Uma característica curiosa é que os ovos podem ser observados a partir da transparência da barriga das fêmeas grávidas. Com a postura, são depositados individualmente em folhas de vegetação aquática. Esses ovos são de cor amarela e contam com um revestimento exterior acessória feita à base de uma substância gelatinosa.

A espécie pode ser definida como quase ameaçada de extinção, uma vez que o seu contigente populacional declinou após a desertificação de certos rios e charcos, bem como medidas de urbanização que contribuíram para a perda de hábitat.

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Até as próximas leituras.

REFERÊNCIA

Amphibia Web. Andrias japonicus. Disponível em: < https://amphibiaweb.org/cgi/amphib_query?query_src=aw_lists_genera_&table=amphib&where-genus=Andrias&where-species=japonicus>;

Amphibia Web. Chioglossa lusitanica. Disponível em: < https://amphibiaweb.org/cgi/amphib_query?query_src=aw_lists_genera_&table=amphib&where-genus=Chioglossa&where-species=lusitanica>; ´

Amphibia Web. Cryptobranchus alleganiensis. Disponível em: < https://amphibiaweb.org/cgi/amphib_query?query_src=aw_lists_genera_&table=amphib&where-genus=Cryptobranchus&where-species=alleganiensis>;

Amphibia Web. Ichthyosaura alpestris. Disponível em: <https://amphibiaweb.org/species/4292>;

Blog Petz. Axolote: 7 curiosidades sobre esse pet encantador. Disponível em: < https://www.petz.com.br/blog/especies/axolote/>;

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