Existe uma variedade enorme de lagostas pelo mundo, com características comuns entre elas, como, por exemplo, serem todas decápodes, marinhas, e com antenas muito longas. Já, o tamanho delas pode variar bastante, muitas chegando a ultrapassar 5 ou 6 kg de peso. Além disso, são animais com grande importância para a economia pesqueira.
Vamos saber quais as principais espécies desse bicho espalhados pelo Brasil e pelo mundo?
Lagosta-Gigante (nome científico: Palinurus barbarae)
Aqui, trata-se de uma espécie de lagosta que foi descrita pela primeira vez em 2006, tendo sido encontrada por pescadores nas águas acima do Walters Shoals, que é uma série de montanhas submersas a 700 quilômetros ao sul de Madagascar.
Com um peso de 4 kg, e podendo chegar a 40 cm de comprimento, acredita-se que a espécie agora possa estar correndo perigo de extinção devido à pesca predatória.
Lagosta-do-Cabo-Verde (nome científico: Palinurus charlestoni)
Como o próprio nome popular já denuncia, é uma espécie endêmica de Cabo Verde, podendo ter um comprimento total de 50 cm. Uma diferenciação em relação à outras espécies é o padrão das bandas horizontais em suas pernas. A carapaça tem coloração vermelha com manchas brancas.
Esse animal foi descoberto por pescadores franceses em 1963, sendo protegido por várias leis de proteção ambiental em Cabo Verde.
Lagosta-de-Moçambique (nome científico: Palinurus delagoae)
Com um tamanho máximo de 35 cm, essa espécie de lagosta é encontrada mais na costa leste da África e no sudeste de Madagascar. Enquanto que próximo do continente africano ela é mais comum em substratos barrentos ou arenosos, em Madagascar, a lagosta-de-moçambique é mais encontrada em substratos rochosos.
Ao que tudo indica, essa espécie é gregária, realizando migrações periódicas. Não à toa, são animais que podem ser vistos em grupos de vários indivíduos.
Lagosta-Comum ou Lagosta-Europeia (nome científico: Palinurus elephas)
Espécie de lagosta cuja couraça é bem espinhosa, sendo encontrada nas costas do Mediterrâneo, na bosta ocidental europeia, além das costas da Macaronésia. Além disso, trata-se de uma lagosta bem grande, podendo chegar a 60 cm de comprimento (porém, em geral, não chega a ultrapassar os 40 cm).
Ela vive mais nas costas rochosas, abaixo das linhas do baixo-mar. É um crustáceo noturno, que se alimenta, geralmente, de pequenos vermes, caranguejos e animais mortos. Consegue ir até profundidades de 70 m.
Trata-se de uma lagosta muito apreciada como iguaria na região do Mediterrâneo, sendo capturada também (só que com menos intensidade) nas costas atlânticas da Irlanda, de Portugal, da França e da Inglaterra.
A reprodução ocorre entre os meses de setembro e outubro, com as fêmeas cuidando dos ovos até que eles eclodem, uns 6 meses após a sua colocação.
Lagosta-Marroquina (Nome Científico: Palinurus mauritanicus)
Essa espécie aqui é encontrada em águas profundas no leste do Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo Ocidental, possuindo uma carapaça que mostra duas fileiras longitudinais e visíveis de espinhos que ficam direcionados para frente.
É um tipo de lagosta que é mais encontrada mais em fundos lamacentos e rochosos na borda continental, em águas com profundezas de até 200 m. Como frequentemente caça moluscos vivos, outros crustáceos, poliquetas e equinodermos, mas também pode comer peixes mortos.
Sua expectativa de vida é de, aproximadamente, 21 anos, com a época de sua reprodução ocorrendo entre o final do verão e o outono, logo após a muda de sua carapaça. Devido À sua escassez é pouco aproveitada para pescaria.
Lagosta-Japonesa (nome científico: Palinurus japonicus)
Com um comprimento que pode chegar até a 30 cm, essa espécie de lagosta vive no Oceano Pacífico, no Japão, na China e na Coréia. É, inclusive, amplamente pescada na costa japonesa, sendo um item culinário de alta classe.
Fisicamente, ela possui em sua carapaça dois espinhos grandes e separados. A coloração é vermelha escura com um tom acastanhado.
Lagosta-da-Noruega (nome científico: Nephrops norvegicus)
Também conhecida como lagostim, ou mesmo camarão da baía de Dublin, essa espécie de lagosta pode possui uma coloração que vai do alaranjado ao rosado, podendo atingir uns 25 cm de comprimento. É bastante esguia, e, de fato, parece um camarão. Os primeiros três pares de patas possuam garras, com o primeiro par apresentando grandes espinhos.
É considerado o crustáceo de exploração comercial através da pesca mais importante da Europa. Sua distribuição geográfica compreende o Oceano Atlântico e parte do Mediterrâneo, apesar de não ser mais encontrada nem no mar Báltico, nem no Mar Negro.
Durante a noite, adultos saem de suas tocas para se alimentarem de vermes e pequenos peixes. Há algumas evidências que dão conta de que essa espécie de lagosta também se alimenta de águas-vivas. Preferem habitar os sedimentos localizados no leito do mar, onde grande parte do ambiente é composto de lodo e argila.
Lagosta-Americana (nome científico: Homarus americanus)
Sendo um dos maiores crustáceos conhecidos, esse tipo de lagosta alcança facilmente 60 cm de comprimento, e a pesar 4 kg, mas, já foram capturados espécimes de quase 1 m, e mais de20 kg, o que faz dela a detentora do título de crustáceo mais pesado do mundo atualmente. A parenta mais próxima dela é a lagosta-europeia, sendo que ambas podem ser cruzadas artificialmente, embora seja muito improvável que híbridos ocorram na natureza.
A coloração da carapaça, geralmente, é azul-esverdeada, ou mesmo castanha, e com espinhos avermelhados. Possui hábitos noturnos, e tem uma distribuição geográfica que se estende ao longo da costa atlântica da América do Norte. Sua maior incidência é nas águas frias da costa do Maine e de Massachusetts.
Sua alimentação é predominante de moluscos (especialmente os mexilhões, equinodermos e poliquetas, apesar de, vez ou outra, alimentarem-se também de outros crustáceos, estrelas quebradiças e cnidários.
Lagosta-Brasileira (nome científico: Metanephrops rubellus)
Já ouviu falar da famosa água ardente da marca Pitu, não é verdade? Pois bem, aquele animalzinho vermelho que aparece nos rótulos é uma lagosta dessa espécie aqui, e cujo nome popular é justamente pitu. Sua incidência geográfica vai do sudoeste do Brasil a Argentina, e pode ser encontrado a profundidades de até 200 m.
Sua coloração é escura, e seu tamanho pode chegar a 50 cm de comprimento, possuindo também uma carne muita apreciada na culinária dos países onde ela é encontrada.