Dromedário, e não dromedalho; esse é o certo! Estamos falando do Camelus dromedarius! Uma mamífero, herbívoro, membro ilustre da família Camelidae, assim como também das ricas, exuberantes e exóticas faunas do Norte da África, Ásia Ocidental e Austrália.
O animal é uma singularidade! O seu porte físico é simplesmente inconfundível! Ele é dono de uma (e não duas) singular corcova, patas longas e munidas de cascos, lábios curiosamente desenhados para a ingestão das mais hostis ervas e espécies vegetais daquelas regiões, dois cílios extremamente salientes, entre outras características não menos extravagantes.
Os dromedários vivem nas distantes e insondáveis paragens da Ásia Central (mais especificamente na Mongólia, China, Casaquistão, Paquistão, etc) e diferencia-se do camelo, entre outras coisas, por possuir apenas uma corcova.
Mas, ao contrário do que se pensa, estas não armazenam água, e sim gordura! Toda a gordura que elas acabam acumulando (especialmente em épocas de fartura), e que ao final acaba tornando-se a sua grande mantenedora; a fonte de energia; com a ajuda da qual eles conseguem sobreviver a até semanas sem alimento!
O Dromedário,que Não É Um Dromedalho, Mas Que É Uma Extravagância Da Natureza!
Os dromedários (não dromedalhos) – o seu nome certo – são verdadeiramente espécies únicas na natureza! Basta saber que, para poderem suportar as inacreditáveis temperaturas que oscilam entre 40 e 50°C (à sombrra) nos desertos do norte da África e da Ásia, a natureza os equipou com um conjunto de ferramentas que os tornam seres quase excepcionais.
Eles são capazes, por exemplo, de armazenar até 100, 150, 200 litros de água no organismo, por meio de um mecanismo que faz com que as suas células tenham a capacidade de armazenar água suficiente para ser aproveitada (a conta-gotas) sempre que eles necessitarem.
Mas não param por aí as suas, digamos, ferramentas para sobrevivência em ambientes hostis! Somam-se ainda uma pelagem abundante (porém não tão densa), que evita que esta torne-se um cobertor a aumentar ainda mais a sua sensação térmica, e cílios que funcionam como verdadeiros para-brisas (ou seria melhor para-lamas?), a impedir que a areia os cegue.
Mas e o que dizer da distância que separa o seu ventre do solo? Isso é mais uma das inúmeras contribuições da natureza, que assim os constituiu para que vencessem essa rigorosa e implacável seleção natural, a ponto de tornarem-se quase como símbolos dos desertos.
Pernas providencialmente compridas impedem o contato do seu ventre com as areias escaldantes; um recurso parecido com aquele que lhes permite ajoelhar sobre elas; só que nesse caso são calosidades que os tornam totalmente insensíveis à areia quente.
Enfim, uma verdadeira extravagância da natureza! Eternizados pelo universo cinematográfico sempre que o cenário eram as excepcionais paragens dos desertos do planeta!
Uma espécie que, apesar do seu vigoroso porte físico, possui a capacidade de sobreviver em ambientes hostis como poucas espécies no reino selvagem, como um dos mais belos exemplares da biosfera terrestre.
Dromedário, Dromedalho Ou Camelo: Qual O Certo?
Como vimos, o dromedário não é um dromedalho, mas também não é um camelo! O certo é que estamos falando aqui de uma espécie com um antepassado comum que, de acordo com as últimas descobertas da ciência a esse respeito, teria vivido na América do Norte em tempos imemoriais.
Não se sabe bem como, mas os dromedários simplesmente foram parar do outro lado do Pacífico, nas distantes e quase míticas regiões do Norte da África e da Ásia Ocidental, enquanto os camelos (o camelo bactriano) aterrizaram nas não menos exóticas regiões da Ásia Central, para tornar-se membros ilustres da fauna da Mongólia, China, Casaquistão, Afeganistão, Paquistão, entre outros países.
Ambos, dromedários (o “camelo árabe”) e camelos (o camelo bactriano), são os únicos representantes dessa família Camelidae e os principais meios de transporte dos nômades e beduínos.
Estes contam com a sua ajuda providencial para atravessarem os mares de areia dos desertos do Saara, de Gobi, da Arábia, entre outros; em seu caminhar lento e cadenciado; ou a mais de 15 ou 17 km/h (dromedários) e a discretos 6 ou 7 km/h (os camelos).
Quanto à resistência, nisso ambos concordam! Eles podem caminhar por até 17, 18 ou 20 horas sem descanso!, levando cargas pesadíssimas, e muitas vezes sem sequer parar para saciar a sede!
Há relatos, inclusive, de casos em que um dromedário conseguiu permanecer até mais de 2 semanas sem ingerir uma única gota d’água, em um dos eventos mais fascinantes de todo o reino selvagem.
Algumas Curiosidades Sobre Os Dromedários
Não são apenas as dúvidas sobre como seria o certo: dromedário ou dromedalho, uma corcova ou duas corcovas, ou se não são apenas espécies de camelos menos equipados, as principais controvérsias que pairam sobre a existência dessa espécie. Nada disso!
Existem diversas outras curiosidades sobre esse membro da família Camelidae, e que muitas vezes acabam tornando-se quase como uma das partes de que se compõem esse verdadeiro folclore que gira em torno desse animal.
Há, por exemplo, a famosa discussão a respeito da sua corcova; de que ela seria uma espécie de “bolsa” para o armazenamento de água.
Na verdade, como já dissemos, essa “bolsa” é na verdade um estoque de gordura, por meio do qual eles obtêm energia suficiente para enfrentarem até vários dias sem alimentarem-se.
Outra curiosidade sobre os dromedários (além dessa curiosa dúvida acerca do seu nome – dromedários ou dromedalhos), é que eles atualmente podem ser considerados quase como animais domésticos.
Por mais incrível que isso possa parecer, quase não existem mais dromedários selvagens (nem mesmo em reservas), sendo quase todos eles propriedades de alguém.
Logo, para ter o prazer de ver de perto um exemplar desses, livres e soltos, como um leão nas savanas, ou como um tigre nas densas e misteriosas florestas do Nepal, só mesmo indo até a Austrália; pois é lá, e somente lá, nas regiões mais quentes e áridas das planícies australianas, o local onde eles ainda existem, fortes e exuberantes, como típicos animais selvagens.
E por fim, mas não menos interessante, é saber que os dromedários são produtores de um leite apreciadíssimo! Ele é uma fonte de ferro, cálcio e vitamina C que o leite de vaca que conhecemos não consegue nem de longe superar!
Mas esse é apenas, digamos, mais uma curiosidade entre outras dezenas acerca desses famosos e extravagantes “camelos da arábia”. Uma espécie de símbolo dos desertos do planeta, e um dos mais exuberantes produtos da natureza selvagem.
Gostou desse artigo? Deixe a resposta na forma de um comentário. E aguarde as nossas próximas publicações.