Momentos engraçados e curiosos proporcionados por animais são muito comuns de se observar, gatos caindo, cães correndo, papagaios cantando são apenas alguns exemplos de situações inusitadas que o reino animal nos demonstra.
Esses exemplos são de animais que costumamos domesticar, mas existe também um departamento que há anos apresenta os animais ao público para que este venha a apreciar as curiosidades e situações cômicas como forma de entretenimento, estamos falando do bom e velho zoológico.
Todavia, se pararmos para pesquisar a própria natureza nos permite visualizar situações dos mais variados tipos, e pode tirar de nós boas gargalhadas além de momentos incríveis; um dos animais que nos permite ver isso é o golfinho toninha.
Fatos Interessantes
O golfinho toninha é cientificamente conhecido como Pontoporia Blanvillei, mas no Brasil ele também é chamado por outros nomes como por exemplo boto-cachimbo e golfinho Rio da prata.
Algo interessante sobra a espécie é que ela possui algumas diferenças sutis quando comparadas a outros animais cestáceos. Um exemplo disso é o fato de viverem tanto em água doce como na salgada.
Já falando de estrutura do corpo, eles chamam a atenção por suas nadadeiras que são relativamente menores e em formato triangular; eles também chamam a atenção por suas nadadeiras na região peitoral que são semelhantes a uma espátula.
O Zoológico
Deixando de lado todas as discussões sobre a validade da prática de se manter animais em cativeiro, o zoológico sempre foi uma atração para o público visto que permite à população um contato com espécies que, de certo modo, não se teria o acesso.
Não se sabe ao certo quando o zoo “começou”, mas os historiadores afirmam que a prática de criar animais em cativeiro já existe há um bom tempo. Diversos países e povos já adotavam esta prática, veja alguns exemplos:
- No Iraque, há aproximadamente 6500 anos, pombos eram mantidos em cativeiro;
- Não muito difícil de se imaginar, os egípcios foram o primeiro povo a diversificar as espécies em cativeiro. Animais como o elefante e alguns felinos eram mantidos há 4000 anos atrás;
Mas acredita-se que o primeiro zoológico surgiu na China, cerca de 3000 anos atrás. Este ficou conhecido como Jardins da Inteligência. Segundo os historiadores, os primeiros zoológicos eram coleções dos Reis, nunca abertos ao público, sempre de maneira particular.
Somente após a Revolução Francesa que o primeiro zoológico foi aberto à visitação do público; antigamente os animais expostos também recebiam algum tipo de treinamento para que pudessem fazer exibições e demonstrações de habilidades, essa prática já não é mais tão usual nos dias de hoje.
Dentre tantos objetivos, o principal dos zoos é o de proporcionar lazer para a população, vale a pena ressaltar que também a pesquisa e preservação de espécies tem sido fomentada pela existência dessa instituição.
Animais Aquáticos E O Zoológico
Como visto anteriormente os zoos tem o intuito de proporcionar lazer, dentre tantas espécies que encontramos ele possui predominância de animais terrestres, mas ainda sim existem alguns locais que demonstram animais aquáticos como é o caso do zoológico de Barcelona, na Espanha.
O Maior Fato Curioso Relacionado Às Toninhas
Animais em cativeiro, seja ele doméstico ou em parques, podem ser treinados para apresentar situações engraçadas e interessantes, mas quando falamos em toninhas o fato mais curioso e um tanto engraçado não ocorreu em um parque, mas sim em uma situação de guerra.
A Primeira Guerra Mundial é uma das mais conhecidas batalhas que a história nos apresenta, ela foi uma guerra global que teve seu foco na Europa e teve seu início no dia 28 de Julho de 1914 e durou até 11 de novembro de 1918. A grande guerra, como também é chamada, envolveu muitos países que eram divididos em dois grupos, os aliados (Tríplice Entente) e os Impérios Centrais (Tríplice Aliança).
Os Alemanha tinham uma poderosa força para o combate, no ano de 1917 os submarinos alemães atingiram dois navios brasileiros que estavam realizando o transporte de café tendo como ponto de partida o porto de Santos.
O acontecimento foi o ponto que definiu a entrada do Brasil na grande guerra como aliado aos Estados Unidos da América. O Brasil, na época, não tinha um grande preparo e equipamentos sofisticados de combate marítimo, ainda sim foi convocado para auxiliar a Entente no combate pelo mediterrâneo. Foi enviado uma frota de navios em direção ao outro lado do Oceano Atlântico para atuar no suporte de combate aos aliados.
Em novembro do ano seguinte o almirante Fernando Frotin (comandante do cruzador Baía), recebe ordens para navegar pela costa e ir em direção ao coração da guerra; os britânicos, que deram a instrução, alertaram o almirante para que ao entrar nesta zona, ficasse atendo pois haveria a possibilidade de encontrar submarinos alemães.
Já em direção ao Norte, os navios brasileiros cruzam o chamado Estreito de Gibaltar quando em certo momento percebem que existe uma movimentação um tanto estranha ao redor de suas embarcações. Junto a isso, eles identificaram o aparecimento de algo acima da superfície das águas e acreditando que se tratava de um periscópio pertencente a um submarino de seus inimigos.
Como dito anteriormente, as embarcações brasileiras eram muito simples, não haviam equipamentos ou tecnologias que permitissem aos marinheiros saber do que se tratava a movimentação ao entorno do navio. Diante da suspeita de uma ameaça naval, o comandante ordenou aos seus subordinados que abrissem fogo contra os objetos avistados.
A ato de tensão, oriundo de um combate, logo foi substituído por um profundo momento de silêncio; após alguns disparos os homens olhavam atentamente que não haviam pedaços de metal ou qualquer outra estrutura que fizesse parte de um submarino, ao invés disso, a água que subia com o impacto dos tiros trazia consigo muito sangue que se diluía junto às águas salgadas do mar.
A grande verdade é que o grande navio Baía acabara de atingir um grupo de toninhas que passava pelo local. Os historiadores calculam que ao todo foram mortos pelos navios brasileiros o número de 46 mamíferos. Durante todo o período de guerra as embarcações permaneceram inteiras vindo a afundar somente no ano de 1946 com problemas em sua munição interna.
O acontecimento foi um fato bem atípico e curioso proporcionado pelos golfinhos toninha se considerarmos os fato de que elas não costuma sair da água; a situação ficou marcada na história naval brasileira e é muito conhecida como A Batalha das Toninhas.
A toninha pertence à espécie dos golfinhos e é conhecido por ser um dos menores mamíferos marinhos do mundo. Também é o único membro do grupo de golfinhos fluviais que vive em zonas costeiras e estuários de água salgada, em vez de habitarem apenas as águas doces.
Grande parte dos golfinhos são muito fofos e amados, sempre são brincalhões e acabam divertindo todos. Já as toninhas são mais tímidas e não entram muito em contato com os humanos, elas não saltam junto com os outros golfinhos e acabam subindo para a superfície somente para respirar, o que pode dificultar um pouco para que turistas e pescadores as vejam.
Elas possuem uma cor marrom acinzentado escuro em suas barbatanas e costas, e na parte inferior, apresentam uma cor mais esbranquiçada, podem possuir também algumas manchas pequenas na lateral do corpo.
As toninhas possuem seu nome cientifico como Pontoporia Blainvillei e são pequenos cetáceos.
Agora aproveite esse texto para descobrir mais curiosidades sobre as toninhas e conhecer alguns fatos interessantes sobre os mesmos.
Curiosidade 1: Características
As toninhas são o único membro do grupo de golfinhos fluviais que habita as regiões de águas salgadas e que preferem viver um pouco mais distante da superfície, não possuindo muito o contato com o ser humano, igual os outros golfinhos.
Elas pesam cerca de 50 quilos e vivem no máximo por 21 anos. As fêmeas podem medir até 160 cm de comprimento e os machos até 140 cm, as fêmeas são um pouco maiores que os machos e consequentemente são um pouco mais pesadas também. Os filhotes da toninha nascem medindo cerca de 70 a 75 cm após a gestação, que dura entre 10 a 11 meses.
Um fato engraçado sobre a toninha é que ela possui o maior focinho (em relação ao tamanho do corpo) entre os outros cetáceos. Suas nadadeiras também podem ser consideradas muito grandes e largas quando comparadas ao tamanho do corpo, elas possuem formas de triângulos.
As toninhas possuem dentição homodontária, na qual os seus dentes estão em formato cônico. O número de dentes pode variar entre 48 a 61 em cada lado da mandíbula superior e inferior.
Curiosidade 2: Como as Toninhas Se Alimentam
Por ser um peixe considerado de pequeno porte quando comparado a outros golfinhos, a toninha se alimenta de lulas e de peixes menores, como por exemplo o arenque, a espadilha e o cangoá. Elas também podem se alimentar de camarão e polvo.
Em geral, sua alimentação depende da época do ano, pois dependendo da época alguns peixes se reproduzem mais, aumentando sua disponibilidade no mar. Também pode haver períodos do ano em que as toninhas irão preferir se alimentar apenas de um único peixe, como há outros períodos em que elas se alimentarem de diversas espécies ao mesmo tempo.
Existem algumas diferenças entre a alimentação das toninhas adultas e das jovens, os filhotes começam a se alimentar somente com crustáceos. Os filhotes da toninha devem comer o equivalente de 7% do peso de seu corpo por dia para poderem sobreviver.
Curiosidade 3: Comportamento e Reprodução
Como já dissemos antes, as toninhas são animais muito tímidos e discretos, o que acaba fazendo com que na maioria das vezes eles se movam de maneira suave e lenta.
Diferente dos outros golfinhos, as toninhas não costumam nadar muito em grandes grupos, elas possuem hábitos solitários e isso acaba fazendo com que elas geralmente nadem sozinhas ou em pequenos grupos que podem conter até seis indivíduos.
Como outros cetáceos, as toninhas possuem uma taxa reprodutiva bem baixa, pois elas possuem um ciclo reprodutivo de dois anos. E estudos estimam que cada fêmea terá apenas um filhote por gestação. As toninhas atingem a maturidade sexual entre dois a três anos, tanto para as fêmeas quando para os machos. As fêmeas podem dar á luz apenas até os cinco anos de idade. A gestação da toninha possui um período médio de dez a onze meses, e a amamentação pode durar até nove meses.
Curiosidade 4: Projeto Toninhas
Infelizmente todo ano morrem toninhas enredadas nas redes de pesca da indústria pesqueira. Este problema fez com que diminuísse a quantidade de povoações em zonas marítimas com atividades pesqueiras intensivas. Para evitar que as toninhas ficassem presas nas redes, cientistas colocaram uma série de luzes penduradas nas redes com a intenção de espantar as toninhas e assim as deixando longe do perigo de ficarem enredadas.
As toninhas também são afetadas com a poluição da água, que por muitas vezes acabam destruindo seus habitats. Algumas substâncias químicas que são tóxicas, geralmente descartadas por empresas e fábricas, infectam os peixes que as toninhas consomem, fazendo com que a espécie diminua cada vez mais. Restos de materiais sintéticos e plásticos também são muito encontrados nos estômagos das toninhas.
Foi pensando na proteção e salvação das toninhas que surgiu a ideia do Projeto Toninhas. Esse projeto nasceu em São Francisco do Sul, cidade de Santa Catarina. Localizado as margens da Baía de Babitonga, a única baía do continente onde as toninhas podem ser encontradas, fica a sede desse projeto, dentro da Univille, junto com os laboratórios do Espaço Ambiental Babitonga e de Biologia Marinha.
Uma equipe de profissionais e alunos estudam os hábitos das toninhas, para que futuramente eles encontrem algumas formas de tirar esse lindo e tímido animal da lista de animais que podem se tornar extintos logo.
Entre os projetos propostos por essa equipe, está o de diminuir o tamanho das redes de pesca e também a proibição de pescar em áreas mais fundas que 20 metros. De acordo com as pesquisas, essas mudanças poderiam reduzir em até 75% as chances de extinção dessa espécie de golfinhos.
Conclusão
As toninhas são cetáceos, e fazem parte do grupo de golfinhos. É o único membro do grupo de golfinhos fluviais que habita áreas de água salgada. Também é considerado um animal tímido, quando comparada aos outros golfinhos. Ela vive mais dentro da água, subindo para a superfície apenas para respirar. A maior parte da sua alimentação é feita de peixes e varia ao longo do ano. Havendo épocas em que elas preferem comer apenas uma espécie de peixe e outras em que elas preferem comer várias espécies ao mesmo tempo. Possuem uma taxa reprodutiva baixa. O Projeto Toninhas foi criado para reduzir a taxa de morte das toninhas e assim fazer com que elas saiam da lista de animais em extinção.
Quer saber mais sobre esse assunto? Leia também: Espécies De Toninha E Tipos Existentes Com Nome E Fotos