O ratel ou Mellivora capensis (seu nome científico) é um desses clássicos exemplos da originalidade e excepcionalidade da natureza selvagem. É um animal repleto de curiosidades e fatos interessantes, a começar pelo fato de ser a única espécie registrada do gênero Mellivora.
O animal vive nas distantes e originais savanas, prados, planícies, desertos e matas da Ásia Meridional e da África Subsaariana, em países como Angola, Camarões, República do Congo, Chade, Guiné Equatorial, Índia, Afeganistão, Nepal, Sri-Lanka, Paquistão, entre outros diversos países dessas singulares regiões do planeta.
Para que consigamos caracterizar melhor o ratel, basta saber que estamos falando de um exemplar da família dos mustelídeos, uma comunidade que abriga espécies não menos singulares, como os texugos, doninhas, lontras, furões, visons, entre outras inúmeras espécies que comungam com eles de algumas características comuns.
Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com algumas das principais curiosidades e fatos interessantes que pudemos descobrir acerca do ratel. Fatos e curiosidades que costumam surpreender principalmente quando levamos em consideração as suas origens – as de um simples membro da família Mustelidae.
1.Um Destemor Poucas Vezes Igualado
O que se diz é que poucas espécies se lhes comparam quando o assunto é coragem ou simplesmente a capacidade de desafiar os inimigos mais improváveis. O Texugo do Mel, um apelido (questionável) que recebeu em função do seu paladar, digamos, bastante sofisticado, simplesmente não tem medo.
Ele é capaz de atacar as colmeias das espécies de abelhas mais perigosas da natureza em busca de alimentos; e nem mesmo cobras, escorpiões, rãs venenosas, lagartos, entre outras espécies com as quais poucos querem ter um recontro, são capazes de lhes causar a menor apreensão.
Não se sabe ao certo se essa sua característica pode verdadeiramente ser definida como coragem ou alguma predisposição biológica, o certo é que estamos falando de uma das espécies mais audaciosas e destemidas de todo o Reino Animal.
2.Uma Pele Quase Impenetrável!
Outra curiosidade ou fato interessante acerca do ratel é o caráter supostamente impenetrável da sua pele – aparentemente nenhuma garra ou presa de outro animal seria capaz de lhe romper a estrutura.
Se para nós, pobres mortais, a terrível e mortal Mamba-negra (a Dendroaspis polylepis) representa quase como uma sentença de morte, para um ratel ela é apenas e tão somente mais uma das suas refeições do dia.
E o que dizer do famigerado “Deathstalker”? O assustador Escorpião-Amarelo-da-Palestina, o “Perseguidor da Morte”, um dos verdadeiros flagelos da natureza. Para o ratel, nada além de outra das suas refeições favoritas.
As terríveis e implacáveis “abelhas assassinas” são capazes de perseguir e matar um elefante, um búfalo, um rinoceronte, mas quando o assunto são os ratéis, aí é que elas percebem que não verdade não são assim tão assustadoras.
Segundo consta, o ratel conta com uma pele quase intransponível, um verdadeiro escudo de combate, uma arma de guerra das mais vigorosas da natureza.
3.Eles Não Têm Predador Natural
Verdade ou não, o que se diz é que os ratéis não possuem predadores naturais. Isso pode parecer algo sem relevância, mas não quando levamos em consideração o fato de que estamos falando de uma espécie de mustelídeo; parente próximo dos texugos, doninhas, furões, entre outras espécies que nem de longe podem ser colocadas no topo da cadeia alimentar.
Mas o ratel consegue! e consta que até mesmo leões, tigres, leopardos, lobos, hienas, entre outras feras implacáveis da natureza, acabam rendendo-se ao destemor dessa espécie; uma coragem que até já contribui para criar uma série de mitos, lendas, crenças e invencionices sobre a sua personalidade.
4.O Ratel E as Suas Estratégias De Ataque
Como pudemos perceber até aqui, o que não faltam são curiosidades e fatos interessantes acerca dos ratéis. Um outro destes conta que esse animal teria, digamos, uma inteligência acima da média, e que supostamente a utilizaria para descobrir as regiões mais sensíveis das suas presas – os seus pontos fracos – e, dessa forma, antecipar os seus movimentos e tirar-lhes toda e qualquer vantagem.
Eles seriam capazes de aproveitar-se da deficiência de visão de alguns animais, regiões do corpo mais sensíveis a um ataque; o ratel poderia, por exemplo, aproveitar-se da deficiência auditiva das Najas, da deficiência de visão de alguns pássaros.
Enfim, exageros à parte, o fato é que o ratel hoje é uma espécie estudada com espanto pela ciência, que tenta descobrir como pode ser possível a completa ausência de medo em um animal – fato praticamente inexistente na natureza – , e como utilizar-se dessa característica como incremento às deficiências dos seres humanos.
5.Ele Utiliza Ferramentas
Não se espante se, por um desses acasos do destino, tiver que cruzar com um ratel nas imensas e exóticas planícies do Congo, ou nas quase lendárias savanas de Chade, ou mesmo nos desertos do Paquistão, no ambiente quente e desolado do Afeganistão ou da Índia, e ainda por cima utilizando-se de ferramentas para as suas atividades do dia a dia.
Construindo uma pilha de madeiras como escada, improvisando um instrumento cortante, ou qualquer outro artifício que certamente será tão ou mais incomum quanto esse curioso exemplar da família Mustelidae.
6.O Veneno Que Os Salva
Outra curiosidade ou fato interessante acerca dos ratéis diz respeito à sua curiosa capacidade de resistir às mais devastadoras peçonhas das mais terríveis espécies da natureza selvagem.
Um ratel é capaz de travar uma luta de morte contra uma Krait malasiana, entrar em um combate cruel com uma Naja, cortejar uma implacável Víbora-de-russell, e sair dessas pelejas apenas levemente cansado.
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De acordo com vários estudos realizados com esses animais, a conclusão é a de que eles adquiriram, digamos, uma espécie de imunidade ao veneno de praticamente todos os animais peçonhentos do seu habitat de origem. E o mais incrível é que essa imunidade seria adquirida por meio do contato, desde a sua mais tenra idade, com a veneno desses animais.
O que se sabe é que, desde cedo, a sua mãe o estimula a atacar essas feras venenosas, aceitar as suas presas, receber doses violentas dos seus venenos; e assim, após recuperar-se, perceber que tornou-se ainda mais forte e mais disposto ao ataque, em um dos fenômenos mais intrigantes e surpreendentes de toda a natureza selvagem.
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