A maioria dos criadores de coruja suindara afirma que uma das principais dicas para quem deseja criar esse tipo de animal, é avaliar o quanto ele é compatível com a sua personalidade e hábitos de vida.
A coruja suindara ou Tyto furcata (nome científico) é uma espécie facilmente encontrada em praticamente todo o continente americano, em florestas abertas, parques urbanos, matas ciliares, bosques, campos, pradarias, entre outras vegetações semelhantes.
A principal característica dessa espécie é a facilidade com que se adapta ao convívio com os humanos. Tanto é assim, que ela é conhecida por ocupar torres de igrejas, sótãos, construções abandonadas, fiações elétricas ao longo de estradas, parques urbanos, entre outros locais.
Em algumas regiões ela é a coruja-de-igreja. Em outras, a rasga-mortalha. Mas também pode ser a coruja-das-torres ou a coruja-do-campanário. Em todas essas denominações, percebe-se, claramente, uma alusão à sua preferência pelas torres de igrejas.
A principal dica dada por criadores de corujas suindaras, quanto à sua alimentação, é a de aproveitar-se, ao máximo, dessa sua característica de praticamente varrer as pragas de ratos e camundongos onde quer que estejam. Por isso mesmo, muitos a utilizam como uma espécie de “ferramente natural” para o combate a esses tipos de roedores.
1.Quais as Características da Coruja Suindara?
As corujas suindaras possuem as características típicas de uma strigiformes: Elas costumam recolher-se durante o dia, geralmente em torres de igreja, construções abandonadas, sótãos, etc.
Saem para caçar à noite, auxiliadas por uma visão e audição incomparáveis, que lhes ajudam a caçar ratos, camundongos, pequenas aves e anfíbios, entre outras espécies.
Em cativeiro, caso haja as condições adequadas, costumam realizar entre 4 e 6 posturas por ano, com até 6 ovos, que serão incubados por 1 mês.
2.Como Criar uma Coruja Suindara Adequadamente?
Elas possuem entre 30 e 45 cm de comprimento, até 1 m entre as duas asas, cerca de 460 g de peso (macho) e 580 g (fêmea), e, fisicamente, apresentam um rosto inconfundivelmente achatado (no formato de um coração), dorso entre o cinza e o castanho, peito entre o branco e o creme e olhos escuros.
Essa espécie não é tão exigente quando o assunto são os cuidados durante a sua criação em cativeiro.
A principal dica dada pelos criadores de coruja suindara, para a sua criação de forma adequada, é disponibilizar um viveiro onde elas possam ser criadas em um ambiente que se assemelhe ao máximo ao natural, com água e alimentação em abundância; mas também não poderá esquecer de realizar uma consulta semestral com um bom veterinário.
3.As Corujas Suindaras são Animais Domésticos?
Não! As corujas suindaras são consideradas espécies da fauna silvestre brasileira, de acordo com a lei nº 5.197/67.
Por isso, para que possam ser criadas em cativeiro, elas precisam ser adquiridas em estabelecimentos autorizados pelo IBAMA – e desde que, obviamente, sejam atendidas as suas necessidades e peculiaridades.
Essa espécie possui a grande vantagem de adaptarem-se bem ao convívio com os seres humanos. Mas o que os criadores de corujas suindara afirmam é que a principal dica para garantir essa adaptação à vida em uma residência, é adquirir o animal ainda filhote, e fazer com que ele vá se acostumando, aos poucos, com essa nova realidade.
Os melhores criadores de corujas suindara costumam fazer com que essa espécie tenha uma verdadeira “overdose” de convívio com humanos (ainda no criadouro). Em alguns casos, limita-se o convívio com outros exemplares da mesma espécie, com o intuito de fazê-la tornar-se quase um membro da família.
4.É Verdade que Eles São Animais Barulhentos?
Mostrar a sua presença por meio de sons é uma característica típica das aves. Por isso, não há como garantir que você terá silêncio absoluto no convívio com esse tipo de animal.
Adaptada ao contato com os humanos, as corujas suindaras logo percebem que o dono é o fornecedor do seu alimento. Por isso o seu trisnado característico é imediatamente acionado quando este se aproxima.
Uma espécie de piado rasgado também é um sinal de que alguém aí está na fase reprodutiva! E, quanto a isso, pouco se pode fazer.
Mas os criadores de corujas suindaras garantem que a principal dica nesses casos é evitar que elas sintam fome por muito tempo, mantendo sempre a sua comida por perto.
Quanto a isso, é importante também evitar que elas o associem exclusivamente a comida. Para tal, mais uma vez, o recomendado é fazer com que ela veja-o o maior número de vezes durante o dia.
E, por fim, uma técnica bastante recomendada é a de retirar o animal do convívio com humanos assim que ele completar 2 meses e meio de vida.
Ele deverá permanecer completamente isolado (sem ver ou ouvir os membros da casa) por no máximo 60 dias, até poder retornar – agora que já experimentou um pouco da solidão que é lhe é característica.
5.Quais Devem Ser as Primeiras Preocupações de um Criador?
Em primeiro lugar, é preciso ter em mente que, apesar de originária de um criadouro, a coruja suindara adquirida não é um animal doméstico. Portanto, é necessário paciência com o seu comportamento arredio nos primeiro dias ou semanas de convívio em um ambiente familiar.
Essa agressividade nos primeiros dias pode ocorrer até mesmo com filhotes, e só poderá ser contornada com paciência e convívio diário com o animal, até que ele sinta-se à vontade dentro de uma casa, apartamento, ou mesmo em um chácara ou sítio.
6.Principais Dicas Para a Alimentação das Corujas Suindaras
A dieta ideal para as corujas suindaras é aquela à base de ratos, camundongos, pintinhos, anfíbios, pequenas aves, roedores e invertebrados, morcegos, lagartos, etc. – Nesses últimos casos, apenas em situações de escassez de alimentos, ou mesmo como forma de tentar adaptar o animal a uma outra dieta.
A dica essencial dada pelos principais criadores de corujas suindaras é tentar aproximar, o máximo possível, a sua dieta daquela obtida em ambientes selvagens. Portanto, alimentos especialmente fabricados para seres humanos estão totalmente descartados.
Outra coisa que também deve ser uma das suas preocupações, é quanto à frequência da alimentação desse tipo de espécie. Curiosamente, não existe uma regra – a dieta irá aumentando à medida que os filhotes forem crescendo.
Mas, por serem espécies bastante ávidas por alimentos (principalmente quando muito novas), elas nem sempre saberão a hora certa de parar. Portanto, a dica aqui é a boa e velha apalpada em seu estômago, que geralmente fica mais volumoso e rígido quando já ingeriram comida o suficiente.
Apenas a título de exemplo, os filhotes entre 1 e 2 meses estarão saciados com 2 ou 3 pintinhos, até 3 vezes ao dia. Uma proporção que irá diminuindo, até que, na fase adulta, eles fiquem saciados com a alimentação 1 vez por dia.
Deixe o seu comentário sobre esse artigo. E continue acompanhando as publicações do blog.
Fonte:
https://corujandoporaiea.blogspot.com/2016/11/o-criador-das-corujas.html
CRIADOR
Olá! Tirei ontem do ninho, um filhote de Suindara e ele está exatamente igual a primeira foto do último slide show , da sua postagem e não sei quantos tempo de vida ele tem, pois perdi as contas, sabe me dizer quantos dias ele tem, se é entre 30 e 60 dias?
Outra pergunta , posso dar carne moída pra ele?
Boa tarde, Josélia. Se ela estava no ninho o mais provável é que tenha até 6 ou 7 semanas (1 mês e duas ou três semanas). E quanto à alimentação, ela é uma ave exótica, e por isso só irá desenvolver-se adequadamente com uma dieta à base de camundongos, insetos, pequenas aves, etc).
Lembrando sempre que esse é um animal exótico e que só poderá ser criado de acordo com as condições citadas nesse artigo: https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/como-legalizar-um-animal-silvestre-conheca-o-passo-passo-do-processo/
Muito bacana a reportagem por assim dizer, mas a duvida esta em onde eu posso encontrar uma para compra-la?
Boa tarde, Anderson. Obrigado pela sua contribuição. Acesse esse link para aquisição de um exemplar: https://corujandoporaiea.blogspot.com/2016/11/o-criador-das-corujas.html