Na criação de pitbulls, as técnicas que ensinam como montar e fazer cruzamentos podem muito bem ser consideradas como as melhores ferramentas para a garantia da perpetuação dessa raça com as suas principais características. A saber: força, agilidade, inteligência, facilidade de adestramento, grande adaptabilidade a mudanças no convívio, entre outras inúmeras características.
Além disso, um pitbull que se preze deverá ter patas anteriores bastante musculosas, porte médio (entre 45 e 55 cm de altura), peso entre 15 e 35kg; deverá ser resistente a longas caminhadas, além de companheiro, fiel e disposto a proteger os membros da sua família de qualquer ameaça real.
Mas o problema é que muitos criadores dessa raça de cães não desenvolveram essa consciência da necessidade de observar determinadas técnicas para a monta e o cruzamento dos pitbulls – apenas querem ter em casa um companheiro; um cão de estimação – , talvez por isso mesmo essa seja uma das raças mais controversas dentre todas as que fazem parte dessa extravagante família Canidae.
Os processos de cruzamentos sem critérios são alguns dos principais responsáveis pela constituição de raças com as mais diversas características (ou anomalias), que também contribuem para tornar os cães pitbulls uma das raças que mais são submetidas a preconceitos, envoltas em uma névoa de lendas e crendices, dentre todas as raças dessa comunidade.
Logo, é somente por meio dos trabalhos realizados no campo da engenharia genética, a fim de, a partir de famílias comuns, desenvolver uma tradição para a evolução fenotípica e genética desse animal, que se consegue garantir a pureza da raça dos cães pitubull (ou American Pit Bull Terrier), e dessa forma também garantir uma linhagem autêntica, que é o que minimiza os riscos da criação de verdadeiras aberrações a partir dessa raça.
Criação de Pitbull: Como Montar e Fazer Cruzamentos
O Brasil hoje é, reconhecidamente, um país que se preocupa com questões ligadas à genética na criação de cães de raça. Essas preocupações fizeram com que o país desse um salto, tanto em relação aos processos reprodutivos dos pitbulls como também no que diz respeito à participação dos animais em concursos e esportes, legislações, entre outras práticas.
Nesse contexto, foram criados nas últimas décadas inúmeros cartórios oficiais para o registro de toda e qualquer raça de cães nobres, por meio do qual é possível comprovar a herança genética de um animal (mesmo tendo sido importado), e, dessa forma, realizar trabalhos de melhoramento genético com muito mais segurança, já que serão feitos em cães com origem comprovada.
Esse cuidado é o que, nos últimos anos, tem amenizado os prejuízos com o trabalho de manipulação genética de cães pitubull sem certificado de procedência, o que na maioria das vezes resulta em exemplares com deficiência das suas principais características – que são os seus “cartões de visitas” em praticamente todo o mundo.
Logo, a única maneira certa de garantir que a monta e o cruzamento dessa raça (ou de qualquer outra considerada nobre) possa verdadeiramente contribuir para o enriquecimento desse segmento de criação de cães pitbull, é por meio de um trabalho longo e paciente, rigoroso e profissional, de acordo com as principais técnicas existentes – que requerem do seu dono bastante esforço, empenho e dedicação.
Esse processo pode durar décadas! Pode também ser o resultado de elaborados experimentos que envolvem tentativa e erro! E poderá exigir uma vida inteira de dedicação à prática de selecionar os melhores exemplares importados, a fim de que, a partir dos melhores fenótipos, seja possível, verdadeiramente, constituir uma raça de cães American Pit Bull Terrier com todas as características que o classificam como uma raça pura.
Criar, Montar e Fazer Cruzamentos de Cães Pitbull com Segurança
O processo de monta e de cruzamentos na criação de pitbulls deverá atender – para o bem da constituição dessa raça – a critérios genéticos. Isso porque, ao unir dois cães, na verdade você estará unindo heranças genéticas que podem remontar a séculos – ou talvez milênios – de outros cruzamentos entre raças.
Uma técnica de cruzamento pode, por exemplo, unir dois pitbulls sem qualquer documentação que lhes aponte as origens. Esse é o tipo de monta ou cruzamento para a criação de pitbulls no qual só o que interessa é a constituição física de ambos e não as suas heranças genéticas (ou possíveis parentescos).
Essa é considerada uma técnica de grande risco, já que o resultado certamente será incalculável, e as variações genéticas tantas e tão variadas que, ao final, é possível que aconteça de o cruzamento resultar em indivíduos com características bastante indesejáveis.
Aliás, esse é um erro bastante comum, acreditar que dois belos exemplares, por meio das suas características fenotípicas (que podem ser impressionantes), irão gerar filhotes tão ou mais belos e vigorosos quanto eles. Na verdade, é bem possível que essa geração (e outras) comece a apresentar, por exemplo, determinadas doenças congênitas que os seus pais não apresentaram.
Logo, o recomendado é fugir desse tipo de cruzamento (baseado apenas nas características fenotípicas dos animais), já que os resultados dessa aventura poderão alcançar todas as outras gerações de filhotes nascidos no futuro.
Os Critérios Genéticos Devem Prevalecer
Uma técnica de cruzamento ou monta de pitbulls para criação é conhecida como Outbreeding. Nesta, seleciona-se um casal oriundo de famílias diferentes, porém conhecidas – em uma espécie de circuito fechado, que é o que, nesse caso, permite uma “troca de sangue” entre famílias diferentes, com o objetivo de produzir animais que sejam devidamente documentados.
No entanto, saiba que deverá entrar nesse critério a observação de pontos referentes à dominância de caracteres, uma certa proximidade (genética e fenotípica) entre essas famílias, entre outras obrigatoriedades que irão garantir, entre outras coisas, que as características das famílias não se percam nos filhotes que irão nascer.
Há também a técnica conhecida como Linebreeding, na qual são cruzados cães com parentesco distante. Eles podem estar ligados por um avô em comum, ou por um tio, primo, sobrinho, entre diversas outras formas de garantir a união dentro do próprio sangue, mantendo as características da família como forma de perpetuá-las.
E há, por fim, a técnica conhecida como Inbreeding, que consiste na utilização de dois pitbulls estreitamente ligados por laços de família. Poderão ser dois primos, irmãos, sobrinha e tio, entre outras formas de manter as características familiares ainda mais visíveis – quase como um meio de eternizá-las.
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