Segundo a biologia, o bivalve é um animal que pertence ao filo dos moluscos e seu nome vem do dos termos em latim “bi” (duplo) e “valva” (válvula). Basicamente, esse animal é composto por uma estrutura de carbonato que tem duas válvulas. Um dos bivalves mais famosos que existem é a ostra, da qual vêm as pérolas.
O corpo deste molusco contém uma concha que serve para protegê-lo. Além disso, o bivalve tem alguns sifões que servem para entrada e saída de água e também para alimentação dessa criatura. Ademais, o sifão também serve para respiração, pois leva oxigênio para as brânquias do animal.
Características Gerais
O bivalve vem do período Câmbrico (Era Paleozoica) e seu grupo é bem diversificado, pois tem mais de 15.000 espécies. As subclasses desse animal se separam por meio de suas estruturas branquiais e pelas características de suas válvulas. Alguns bivalves são utilizados como alimento pelo homem, entre eles, o mexilhão, a conquilha e a amêijoa.
Como o próprio nome já diz, os bivalves são animais que possuem duas válvulas em sua estrutura e têm o corpo mole. Essas criaturas normalmente habitam os mares, mas também podem ser vistas em locais de águas doces.
A coloração e o tamanho dessa criatura podem variar bastante. Por exemplo, alguns bivalves de águas doces são milimétricos enquanto os que vivem no oceano Pacífico podem atingir 1,2 m. As duas partes da concha do bivalve estão conectadas por fortes músculos. Além de conectar a concha, esses músculos servem para fazê-la abrir e fechar com muita firmeza.
Apesar de seu formato peculiar, os bivalves possuem coração, sistema digestório e sistema nervoso. Além disso, essas criaturas utilizam guelras (brânquias) para exercer a sua respiração, pois não têm pulmões.
O ciclo de respiração do bivalve é o seguinte: quando sua concha está aberta, a água passa pelas brânquias e ele absorve oxigênio e pedaços milimétricos de alimento. Se o bivalve perceber que os pedaços que ele absorveu são de lixo ao invés de comida, ele os mantém retidos, o que dá origem às pérolas.
Modo de Agir
Como existem muitas espécies de bivalves, é possível diferenciá-los pelas suas atitudes, pois o modo de agir dessas criaturas varia de uma espécie para outra.
Por exemplo, as ostras ficam toda a sua vida em locais próximos do fundo do mar, quase sempre inertes. Por sua vez, as vieiras preferem usar as suas válvulas em um movimento de “abre e fecha” para se locomover. Esse movimento serve como propulsor e faz a vieira nadar mais rápido.
Por outro lado, mariscos e mexilhões de água doce usam uma espécie de músculo que existe em seus corpos para se locomover. Com esse músculo, essas criaturas são capazes de se mexer mais rápido para fugir dos predadores. Além disso, elas conseguem abrir um buraco na areia e se esconder de seus inimigos.
Apesar de alguns bivalves se alimentarem por meio da filtração de partículas que ficam na água, outros preferem se alimentar de forma tradicional. Ou seja, eles procuram comida na areia e, quando encontram, usam o sifão para sugá-la para dentro de seu corpo.
Multiplicação da Espécie
Os bivalves se reproduzem por meio de gametas que eles jogam para fora após filtrarem a água interna. Em resumo, a relação sexual destes animais acontece à distância e a fecundação é externa. Muitas larvas bivalves passam por várias fases antes de se tornarem adultas.
Entretanto, existem algumas espécies bivalves que fazem fecundação interna, especialmente as que vivem em água doce. Nessa situação, os poros das guelras recebem os óvulos e fazem a fertilização ali. Aliás, as larvas que surgem dessa forma se transformam em parasitas de peixes.
Os bivalves possuem uma enorme capacidade para gerar ovos. Por exemplo, uma ostra é capaz de produzir 50 milhões de uma única vez. Obviamente, a maioria deles não consegue sequer atingir a fase larval, muito menos a fase adulta.
Riscos para o Ser Humano
Existem pessoas que gostam de usar os bivalves como alimentos, mas isso pode trazer riscos para a saúde. Como foi citado anteriormente, essas criaturas são filtradoras e podem absorver muitas substâncias químicas e infecciosas que existem nos oceanos. Além disso, elas também podem absorver bactérias e parasitas.
Como muitas coisas que os bivalves filtram não desaparecem depois que eles morrem, a chance de um deles gerar infecção digestiva no ser humano é bem grande. Isso sem falar que as toxinas dessa criatura podem afetar o nosso sistema neurológico.
Os problemas gerados pelo consumo de um bivalve podem trazer sequelas por um longo período. Com isso, fica claro que a ingestão desses animais deve ser evitada ao máximo. Se o processo de higienização dos bivalves não for o mais adequado, a chance de contaminação é bem grande.
Questões Ecológicas
Os bivalves são um grupo que possuem muitas diversificações. Essas criaturas vivem na água, podendo ser vistas em locais de água salgada, salobra ou doce. Boa parte dessas criaturas vive no fundo dos mares ou oceanos podendo estar enterradas na areia ou não. Os bivalves são os únicos moluscos que não possuem rádula, uma espécie de boca.
Bivalves na Pré-História
Moradora das águas desde o começo de sua existência, a primeira aparição do bivalve foi há 500 milhões de anos, no período Câmbrico. Por sua vez, os bivalves de água doce surgiram no período Devoniano.
Entretanto, esses animais passaram por uma grande diminuição em sua população na extinção do permiano-triássico. Esse evento causou a extinção em massa de todas as criaturas existentes e marcou a passagem da Era Permiana para a Era Triássica.
Apesar desse problema, os bivalves sobreviventes conseguiram uma grande evolução ao gerarem vários nichos para a espécie. Os bivalves mais próximos dos que conhecemos hoje vieram da era Cenozóica e se espalharam pelo planeta por meio de várias espécies e subespécies.
Ostras
Um dos mais conhecidos bivalves que existem, a ostra vive nos mares ou nos locais de água salobra. O corpo dela é mole e fica dentro de uma concha protetora. Assim como muito bivalves, as ostras também têm um forte músculo que serve para abrir e fechar a sua concha. Como são filtradoras, as ostras puxam a água para dentro da concha e aproveitam o seu plâncton.
Essa criatura se protege dos inimigos de um modo peculiar. Se um parasita invadir o seu corpo, a ostra joga uma substância cristalizadora em cima dele e o impede de se multiplicar. Depois de três anos, essa mistura se torna uma pérola. O formato da pérola pode variar dependo da estrutura física do invasor e da saúde da ostra.