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Comportamento do Castor, Hábitos e Modo de Vida do Animal

Conhecido pelos típicos dentes incisivos destacados, os castores são roedores mamíferos presentes no hemisfério Norte com grande capacidade para construção de diques e mini represas.

Atualmente, existem apenas 2 espécies remanescentes. No caso, o chamado castor- europeu (nome científico Castor fiber) e o castor-americano (nome científico Castor canadensis). O primeiro é encontrado em áreas da Europa e da Ásia; ao passo que, o segundo é exclusivo da América do Norte.

Neste artigo, você conhecerá um pouco mais sobre esses roedores, através da descrição de suas características físicas, bem como comportamento e modo de vida.

Então venha conosco e boa leitura.

Castor Classificação Taxonômica

A classificação científica para os castores obedece à seguinte estruturação:

Reino: Animalia;

Filo: Chordata;

Classe: Mammalia;

Ordem: Rodentia;

Família: Castoridae;

Gênero: Castor;

Espécies: Castor canadendis e Castor fiber.

Castor Fiber

Castor Características Físicas

O Castor é considerado o segundo maior roedor do mundo (estando atrás apenas da capivara) e o maior roedor da América do Norte.

Mesmo que o peso médio de indivíduos adultos seja de 16 quilos, já foram encontrados exemplares com 25 quilos, u até mesmo 40 quilos. Diferentemente do que ocorre com a maioria dos mamíferos, um castor-fêmea é maior e mais pesada do que um macho com a mesma idade.

Em relação ao comprimento, este é de 75 centímetros, sem contar com a cauda (a qual possui 25 centímetros de comprimento). A cauda também conta com a largura de 15 centímetros.

Os castores possuem a atura média de 30 centímetros.

O formato da cauda é oval e achatado. Nela estão dispostas escamas hexagonais na cor preta.

Enquanto as patas traseiras são palmeadas, as patas dianteiras possuem certa semelhança a mãos humanas.

Os dentes incisivos (em número de 4) são bastante resistentes e afiados. Em razão do grande endurecimento de esmalte, assumem coloração laranja. A resistência destes dentes é comprovada pelo fato de tais roedores conseguirem roer um árvore com tronco com 30 centímetros de espessura em até 15 minutos. Curiosamente, tais dentes nunca param de crescer, logo utilizá-los constantemente, mantem o comprimento dos mesmos sob controle.

Comportamento do Castor, Hábitos e Modo de Vida do Animal

Sobre o comportamento destes roedores, o tópico mais importante a ser considerado é que, apesar de serem mamíferos e apresentarem grande concentração de pêlos, são essencialmente aquáticos. Isso pode soar esquisito, mas a maioria das atividades é realizada na água e quase nunca há movimentação em terra.

A moradia é estabelecida em locais com correntes de água, cuja profundidade (geralmente inferior a 1 metro) e fluxo são adequados. Neste local, são construídos diques com troncos de árvores, pequenos gravetos e lodo. Na maioria dos casos, a construção dos diques ocorre durante a noite.

Uma vez que passam a maior parte do tempo dentro da água e do interior de suas tocas, esses animais possuem pouquíssimos predadores. Mas, a nível didático, caso seja necessário citar esses predadores, eles seriam primeiramente os lobos e seres humanos, sendo sucedidos pelos ursos e linces.

Os castores são animais muito territorialistas. Costumam detectar a presença de estranhos através do cheiro. Curiosamente, estes animais também podem detectar cheiros específicos de outras famílias as quais tenham afinidade, bem como cheiros de outras espécies que não representem dano. É comum que também deixem marquem seus territórios com odores específicos, bem como marcas de arranhão.

Comportamento do Castor: Padrão Reprodutivo

O período de acasalamento ocorre praticamente no fim do Inverno intenso no hemisfério Norte- período que corresponde aproximadamente ao mês de Fevereiro. As fêmeas acasalam apenas uma vez ao ano.

Em decorrência da necessidade de criação conjunta das crias, os castores são animais monogâmicos.

A gestação tem duração aproximada de 100 dias (ou 3 meses e meio), da qual nascem entre 2 a 4 filhotes. Existem algumas exceções com até 9 filhotes por ninhada.

Com 1 mês de vida, os filhotes já movem-se para o exterior da toca. No entanto, ainda são bastante dependentes dos pais (principalmente em relação à alimentação) até aproximadamente 1 ano de idade.

A maturidade sexual é atingida aos 2 anos de idade, período no qual podem se separar da colônia e formar a sua própria colônia. Geralmente, o novo ponto não é estabelecido muito longe da colônia de origem.

A Presença dos Castores na Cultura Popular e no Comércio

Comercialmente, no século XVII, a pele dos castores já era trocada por nativos americanos com europeus por objetos da vida prática. Tais peles eram enviadas até a França e a Grã-Betanha, sendo posteriormente convertidas em prendas. Infelizmente, tal prática suscitou um imenso movimento de caça e captura. Na América do Norte, a pele de castor era considerada uma das peles com maior valor comercial- sendo superada apenas pela pele de raposa vermelha.

Curiosamente, a medicina popular também utilizava-se de testículos secos de castor como analgésicos (dos séculos X ao XIX). As secreções dos folículos vaginais das fêmeas também eram aproveitadas, tais como as secreções do prepúcio do macho. Algumas outras propriedades foram atribuídas ao famoso “castroreum”, tais como poder anti-inflamatório, antipirético (de controle da febre), de alívio de dores menstruais, de elevação da pressão arterial (e do ritmo cardíaco) e até mesmo potencial abortivo (sendo este último defendido exclusivamente pelos romanos). O castroreum também foi bastante utilizado como fixador de perfumes.

Como o castor não é um animal comum à América Latina, não é possível conhecer a magnitude da sua importância cultural nos dias atuais. No Canadá, por exemplo, foi eleito o animal nacional do país; além de estar presente na moeda de 5 centavos, bem como ser emblema de muitas instituições públicas (sobretudo militares).

Nos Estados Unidos, o castor aparece na bandeira da cidade de Nova York e em seu selo. No Estado de Oregon, também possui participação na bandeira. Outra peculiaridade é a palavra “castor” presente (em seu dialeto próprio) no nome de povos aborígenes estado-unidenses.

Mustelídeos

Depois de conhecer um pouco mais sobre esses roedores tão curiosos e importantes na história do hemisfério Norte, nossa equipe o convida a continuar conosco para visitar também outros artigos do site.

Aqui há muito material de qualidade nos campos da zoologia, botânica e ecologia de um modo geral.

Até as próximas leituras.

REFERÊNCIAS

Britannica Escola. Castor. Disponível em: < https://escola.britannica.com.br/artigo/castor/480758>;

COSTA, Y. D. Infoescola. Castor. Disponível em: < https://www.infoescola.com/animais/castor/>;

Wikipédia. Castor. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Castor>;   

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