Esse peixe em forma de torpedo tem um rosto longo e pontiagudo. Sua cabeça levemente deprimida se volta para uma fileira de espinhos espaçados na frente de sua barbatana dorsal. O comportamento do bijupirá é tão interessante como sua descrição física.
Com barbatanas triangulares e curvas, bem como a cauda crescente, marrom-oliva escuro na parte superior e cinza prateado abaixo da coloração, esse animal lembra um pequeno tubarão de perfil.
Esse peixe pelágico prefere o mar aberto, mas tende a residir perto de boias, barcos e destroços de embarcações. São nesses locais que ele se reúne em grupos para caçar crustáceos, cefalópodes e peixes pequenos.
Os bijupirás têm crescimento rápido e são considerado um bom alimento para peixes. Por isso são colhidos comercialmente e pescados recreativamente. Mesmo com isso, deve-se tomar cuidado ao manejá-los devido à fileira de espinhos dorsais.
Quer conhecer mais sobre o comportamento do bijupirá e sua forma de vida? Pois não deixe de ler nenhuma linha do artigo abaixo. Confira!
Características Distintivas
O corpo é alongado e em forma de torpedo, com uma cabeça comprida e deprimida. Os olhos são pequenos e o focinho é largo. A mandíbula inferior se projeta além da mandíbula superior.
A pele fica lisa com escamas muito pequenas embutidas. O pijupirá é facilmente distinguido pela primeira barbatana dorsal composta por 7 a 9 espinhos curtos e fortes isolados, não conectados por uma membrana.
A segunda barbatana dorsal é longa, com a porção anterior elevada. A barbatana caudal é arredondada a truncada em peixes jovens e lunada em adultos com o lobo superior estendendo-se além do inferior.
A origem da barbatana anal está abaixo do segundo ápice dorsal e a barbatana peitoral é apontada. Sem contar que esse animal não tem bexiga de ar.
Habitat do Bijupirá
Como peixe pelágico, o comportamento do bijupirá está diretamente relacionado com seu habitat. Ele é encontrado sobre a plataforma continental e em torno de recifes.
Prefere residir perto de qualquer estrutura que interrompa o mar aberto, como estacas, boias, plataformas, barcos ancorados e destroços. Os bijupiás também são encontrados na costa, habitando enseadas e manguezais. Remoras são frequentemente vistos nadando com essas espécies.
Coloração do Animal
Antes de comentarmos sobre o comportamento do bijupirá, vamos falar sobre suas cores para que você conheça um pouco mais dele. O corpo é marrom escuro a prateado, mais pálido nos lados. Também é branco acinzentado a prateado abaixo, com duas estreitas faixas escuras que se estendem do focinho à base da barbatana caudal.
Essas faixas escuras são delimitadas acima e abaixo por faixas mais claras. Os bijupirás jovens têm faixas laterais escuras pronunciadas, que tendem a ficar obscurecidas nos peixes adultos. A maioria das barbatanas é marrom escura, com manchas cinzentas nas barbatanas anal e pélvica.
Tamanho, Idade e Crescimento
Pesando até 61 kg, é mais comum ver exemplares com pesos máximos de 23 kg. Eles atingem comprimentos de 50 a 120 cm, com um máximo de 2 metros.
O bijupirá cresce rapidamente e tem uma vida útil moderadamente longa. As idades máximas observadas foram de 9 e 11 anos para machos e fêmeas, respectivamente.
As fêmeas atingem a maturidade sexual aos 3 anos de idade e os machos aos 2 anos. Em algumas regiões essa espécie pode amadurecer mais cedo.
Hábitos Alimentares
Dentro do comportamento do bijupirá tem seus hábitos alimentares. Como comedores vorazes, esses peixes frequentemente engolem toda a sua presa.
São carnívoros, alimentando-se de:
- Crustáceos;
- Cefalópodes;
- Peixes pequenos, como tainhas, enguias, valetes, carangas e arenques.
Uma comida favorita é caranguejos, muito esperto de sua parte. O bijupirá costuma navegar em grupos de 3 até 100 peixes, procurando comida durante as migrações em águas rasas ao longo da costa.
Ele também é conhecido por se alimentar de maneira semelhante às remoras. Essa espécie seguirá raias, tartarugas e tubarões, esgueirando-se para vasculhar o que for deixado para trás. Pouco se sabe sobre os hábitos alimentares de suas larvas e exemplares juvenis.
Reprodução do Bijupirá
O comportamento do bijupirá e sua reprodução compreendem grandes agregações, surgindo durante o dia entre junho e agosto. A frequência de desova é uma vez a cada 9 a 12 dias, gerando 15 a 20 vezes durante a temporada.
Durante a desova, os bijupirás sofrem alterações na coloração do corpo, do marrom ao leve padrão de listras horizontais. Por conseguinte, liberam óvulos e espermatozoides em águas abertas do mar.
Observa-se também que esses peixes aparecem em estuários e baías rasas, com os jovens indo para o mar logo após a eclosão. Os ovos de bijupirá são esféricos, com média de 1,24 mm de diâmetro.
As larvas são liberadas aproximadamente de 24 até 36 horas após a fertilização. Estas larvas têm 2,5 mm de comprimento e não apresentam pigmentação. Cinco dias após a eclosão, a boca e os olhos se desenvolvem, permitindo uma alimentação ativa.
Uma faixa amarela pálida é visível, estendendo o comprimento do corpo. No 30º dia, o peixe jovem assume a aparência do animal adulto com duas faixas coloridas que vão da cabeça até a extremidade posterior do pequeno.
Predadores da Espécie
Não se sabe muito sobre os predadores do bijupirá, no entanto, ele é presumivelmente comido por peixes pelágicos maiores. Foi relatado que os golfinhos (Coryphaena hippurus) se alimentam desses pequenos peixes.
Parasitas
A maioria dos parasitas é específica do hospedeiro, sugerindo que este peixe não está intimamente relacionado a nenhum outro. Parasitas incluem uma variedade de:
- Trematódeos;
- Cestóides;
- Nematóides;
- Acantocéfalos;
- Copépodes;
- Bem como cracas.
Trinta indivíduos de uma única espécie de trematódeo, Stephanostomum pseudoditrematis, foram encontrados no intestino de um único animal retirado do Oceano Índico. As infestações do nematóide Iheringascaris são bastante comuns.
Um Salmão do Tipo Brasileiro
Com uma aparência bem próxima do tubarão, tal espécie se mostra com a carne branca, a textura elástica e o sabor suave. Seus filés podem pesar aproximadamente um quilo.
As vantagens do seu consumo não são somente essas. O bijupirá possui uma produtividade de cerca de 4 vezes mais que o salmão. O seu gargalo é o fornecimento dos alevinos para uma produção comercial.
Em suma, o comportamento do bijupirá e sua forma de vida é bem peculiar. Isso se estende para seu consumo e outras características.