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Como Se Formam as Conchas dos Bivalves?

De acordo com a biologia, um bivalve é um animal que faz parte do filo dos moluscos. O termo “bivalve” vem das palavras em latim “bi” (duplo) e “valva” (válvula). Ou seja, o bivalve é uma criatura que se divide em duas válvulas compostas por carbonato de cálcio. Um bivalve muito popular é a ostra, criatura marinha conhecida por suas pérolas.

O corpo dos bivalves é protegido por uma concha e possui alguns sifões cuja função é facilitar a entrada e a saída de água. Isso significa que os sifões ajudam os bivalves a respirar e também servem para a alimentação desse animal.

Os bivalves são animais que possuem duas partes atreladas. Ambas as partes estão ligadas por meio das charneiras, juntas que se assemelham a dentes. Quando repousam, os bivalves ficam com as duas válvulas abertas.

Existe uma espécie de dispositivo nas charneiras e a função dele é justamente manter as válvulas da concha afastadas. Caso algum inimigo se aproxime, o bivalve fecha as valvas com muita força e se mantém assim. Ele só voltará a se abrir quando seus músculos se afrouxarem.

Algumas conchas de rios produzem pérolas, mas, no geral, são as conchas marinhas que produzem essas joias. A tridacna do Pacífico sul é o maior bivalve que existe, pois tem 1,20 m de comprimento. A ciência reconhece 11 mil tipos de bivalves.

Formação das Conchas

As conchas são compostas por carbonato de cálcio (CaCO3) e servem para proteger o corpo de vários tipos de molusco. O sangue dos bivalves contém cálcio líquido, substância que eles conseguem por meio da água do mar e também da própria alimentação. Na parte interna das conchas, existe um tecido delgado conhecido como manto.

O manto é um órgão que serve para separar o cálcio do sangue e, posteriormente, formar cristais de CaCO3. Esses cristais, após receberem secreções orgânicas, começam a formar uma concha de forma lenta.

A concha possui uma estrutura rígida e faz parte da vida de muitos moluscos. Ela possui uma morfologia própria, utilizada para classificar esses animais:

  • Os bivalves, como o próprio nome já diz, possuem uma concha formada por duas válvulas simétricas;
  • As criaturas gastrópodes, principalmente os caracóis, possuem uma concha assimétrica, que tem formato espiralado;
  • O grupo cefalópode possui uma concha interna, com exceção do náutilo, que apresenta uma concha na parte exterior.

As conchas se formam por meio de uma mistura orgânica. Elas são compostas por substâncias como nácar, conchiolina (uma espécie de proteína fibrilar), uma camada de calcita e, por fim, uma camada de carbonato de cálcio.

Em algumas espécies bivalves, o nácar possui uma cobertura de células ectodérmicas. O sangue desses animais é cheio de cálcio líquido, que depois de um tempo, se cristaliza e se transforma em carbonato de cálcio.

Os cristais individuais de cada camada das conchas possuem diferenças em sua orientação e em sua forma. O nácar fica depositado de forma contínua na parte interna da concha do bivalve. Esse local interno é iridescente e possui o nome de madrepérola. Esse tipo de processo orgânico fortalece a concha e impede ataques de parasitas e a entrada de possíveis dejetos indesejáveis.

Formação das Conchas

Quando um bivalve é atacado por um parasita ou percebe algum objeto estranho dentro de si, ele dá início a um processo conhecido como enquistação. Nesse processo, o bivalve começa a jogar altas quantidades de nácar naquele objeto ou invasor indesejado e, com o passar do tempo, aquilo é transformado em uma pérola. Os bivalves conseguem fazer a enquistação até o último dia de suas vidas.

As conchas duram muito mais tempo do que os moluscos que as produzem. Normalmente, locais que possuem grandes quantidades de conchas acabam se transformando em calcários.

Sambaquis

Esse é o nome dado para montes fossilizados de materiais orgânicos. Esses locais contêm, em sua maioria, restos mortais de moluscos e ossos humanos. Além disso, também existem calcários e conchas nesses locais. Todos os sambaquis existentes foram construídos pelo ser humano.

Essa matéria orgânica, que foi empilhada com o passar do tempo, sofreu alterações por conta das condições climáticas. O resultado disso foi o surgimento de pequenos montes artificiais.

Os materiais dos sambaquis passaram por um processo de fossilização, pois a chuva deformou os moluscos e os ossos soterrados daquele depósito. Com isso, o cálcio passou a ser difundido em toda aquela estrutura, o que petrificou os detritos e os ossos presentes naquele local. Algumas tribos indígenas usavam os sambaquis para realizar enterros.

Os sambaquis existem em boa parte do litoral do Oceano Atlântico e, em menores quantidades, ao norte europeu. O formato de um sambaqui pode ser cônico ou semiesférico e sua altura varia entre 1 m e 25 m. Esse depósito orgânico pode se estender por áreas muito longas no quesito comprimento.

Bivalves nas Américas

Existem bivalves que vivem presos em vários locais enquanto outros nadam de forma livre. Além disso, ainda têm os bivalves que vivem enterrados. Essas criaturas preferem os climas tropicais, portanto, é muito comum vê-los no Caribe e nos Oceanos Pacífico e Índico.

Bivalves nas Américas

Com relação ao continente americano, o Brasil é um dos países que mais se destaca quando o assunto é o bivalve. Nosso país possui uma das maiores populações de moluscos e, por consequência, uma grande variedade de espécies. Contudo, é muito difícil ver um bivalve brasileiro, pois eles vivem no fundo do mar. Só é possível encontrá-los com uma rede de pesca ou através de um mergulho.

Bivalve Popular

Um dos bivalves mais famosos do mundo é a ostra, criatura encontrada nos mares ou em águas salobras. Sua estrutura física é mole, porém, resguardada por uma concha. A ostra consegue abrir e fechar suas válvulas com a mesma facilidade e força dos outros bivalves. A ostra é um animal filtrador, ou seja, ela recebe a água dentro de sua concha e utiliza o plâncton que vem junto.

A ostra possui um jeito curioso de se proteger de seus inimigos. Por exemplo, quando um parasita entra em seu corpo, ela joga uma substância em cima dele. Com o passar do tempo, esse líquido começa a cristalizar e impede esse parasita de se proliferar dentro da ostra. Após três anos, o cadáver do parasita misturado com esse líquido se transforma em uma pérola. Nem todas as pérolas são redondas, pois o formato varia de acordo com a saúde da ostra e a forma física do invasor.

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