Sob a supervisão de bons adestradores, cães realizam façanhas incríveis, como por exemplo:
Se equilibrar no skate, orar, se fingir de morto ou praticar agilit (grupo de tarefas que exigem equilíbrio, obediência e habilidade).
Esse relacionamento entre o ser humano e os cães remontam a pré-história, segundo os pesquisadores:
A Origem do Relacionamento
Este relacionamento era relatado em pinturas nas cavernas, e suas evidências encontram-se fundamentadas também em achados arqueológicos.
Fósseis de cães enterrados junto com humanos, sugerem uma relação de afetividade.
As teorias sugerem que lobos e chacais, aproximavam-se de acampamentos de humanos, alimentando-se das sobras de suas comidas.
Os humanos perceberam que a proximidade destes animais era vantajosa, pois servia para sinalizar a aproximação de grandes felinos e outros animais selvagens, notaram também que alguns indivíduos eram menos tímidos e se aproximavam mais que outros.
Com a diminuição das atividades de caça e o desenvolvimento da agricultura, os humanos tornaram-se mais sedentários e passaram a capturar alguns filhotes de lobos e chacais, para cria-los em seus acampamentos.
Os filhotes que na fase adulta tornavam-se agressivos, eram descartados. Os filhotes que manifestavam comportamento mais sociáveis quando adultos, eram acasalados.
Todo essa manipulação através de anos, levou teoricamente ao cão doméstico.
Os homens modificaram os lobos para se tornarem cães, assim como manipularam os cães para serem pequenos, grandes, pastores ou caçadores.
Controvérsias da Origem
Entretanto os lobos ainda existem e são difíceis de amansar, mesmo os filhotes, donde pesquisadores afirmam que os cães se inventaram, como assim?
Os lobos se aproveitavam de sobras da alimentação humana.
Perceberam que lhes era mais comodo, permanecer ao lado das tribos humanas, dividindo território.
Aos humanos era uma aproximação bem vinda, pela proteção garantida pela presença próxima dos lobos.
Os lobos menos tímidos criaram o hábito de acompanhar os humanos em suas atividades e ao reproduzirem nessas situações, geraram uma prole acostumada com essa boa vida, de comida fácil.
Com o tempo essa descendência tornou-se completamente dependente dos humanos para se alimentar e subsistir.
O Relacionamento
Era uma relação de interesses, o homem recebia proteção e em contrapartida os lobos tinham fartura de comida e podiam procriar a vontade.
Domesticados os lobos, agora transformados no cão moderno, passaram a enxergar o homem como seu protetor e provedor.
Em contrapartida os homens passaram a selecionar as gerações de filhotes, para a realização de determinadas tarefas:
Ao se tornarem sedentários, com a diminuição das atividades de caça e a implantação da agricultura, os homens passaram a criar animais para sua alimentação.
Tornou-se necessário selecionar e cruzar os cães com características fortes, temidas e territorialistas, mas que não comessem o rebanho.
Esses cães selecionados passaram a fazer parte da família dos humanos, e os humanos desenvolveram tal afeto, que passaram a considerar imprescindível sua presença dentro de casa.
Os idosos, casais sem filhos e solteiros até hoje, tentam amenizar a carência que sofrem adotando-os como filhos, tratando-os com muito carinho e atenção.
Discute-se se este apego afetivo é genuíno por parte do cão, ou os cães tornaram-se um parasita do ser humano.
Essa teoria baseia-se nas adaptações orgânica a que se submeteram em prol deste relacionamento:
O cão moderno tem baixa tolerância às proteínas da carne in natura, se alimenta de rações especialmente desenvolvidas e são conhecidos como PET (animal domado);
Embora possua 98 % do DNA dos lobos, tem de sobreviver muitas vezes em espaços minúsculos.
Efeitos do Relacionamento
Tudo o que se fala do relacionamento entre os cães e os humanos é muito genérico, e desprovido da dados confiáveis.
Quanto a afirmação do cão ser um animal de estimação, esta se apresenta completamente utópica, quando comparada com a realidade.
O cão que recebe diariamente água fresquinha, que tem uma casinha aconchegante e comidinha todos os dias, é uma exceção que representa menos de 10% de todos os cães do planeta.
A esmagadora maioria convive com uma realidade de abandono e maus tratos.
Vivem perambulando pelas ruas, comendo lixo, correndo o risco de ser agredidos e até mortos.
Ou são adotados por pessoas inescrupulosas que lhes nega comida e água, submetendo-se a viver em ambientes imundos e degradantes e até a abusos sexuais.
A transmissão de doenças como raiva, leptospirose, brucelose e gastroenterite aos homens, por sua própria culpa, ilustram o quão prejudicial este relacionamento pode se mostrar para ambas as partes.
A maioria das raças que conhecemos hoje, foram criadas no século 19, a fim de atender a demandas específicas.
A partir dai, raças são adquiridas obstinadamente ou descartadas.
Vejam a febre que foram nos anos 80 o Pastor Alemão, o Pequinês e o Doberman, normalmente por causa de filmes, novelas ou seriados.
A imposição da mídia, leva a alterações genéticas bastante prejudiciais às espécies, veja o Doberman.
Por causa do mito criado quanto a sua agressividade, os criadores passaram a selecionar apenas os mais dóceis de cada ninhada, sendo hoje um animal mais baixo, com o focinho mais curto e mais gordo, que sofre muito durante o verão.
As constantes seleções, desde os tempos primitivos, produziram muitas raças extintas e algumas deformadas.
A raça Turnspit Dog, por exemplo, foi criada para virar as carnes, enquanto estas eram assadas,
se tornaram desnecessária e a raça foi descontinuada.
Como o Cachorro se Relaciona Com o ser Humano
Não obstante todas as considerações, o relacionamento do cachorro com o ser humano, propicia uma significativa e desejável mudança na vida de ambos.
Se o relacionamento passou a existir porque os cachorros passaram a depender dos humanos é porque os humanos passaram igualmente a depender deles, em virtude de sua reconhecida carência.
Esses animais são capazes de amar, dar carinho e se mostrar solidários com os humanos, de uma maneira como outro ser humano não consegue, se alegram com a nossa alegria, e sofrem com a nossa dor, genuinamente.
A afetividade que emprestam neste relacionamento, cura doenças, restabelece o ânimo, consola deprimidos, resgata vítimas entre outros benefícios à vida de muitos humanos.
Além das sinalização de vários sentimentos que expressa através dos latidos e lambeções, veja o que os olhos do seu cão estão transmitindo, esta é considerada a mais completa interação (comunicação) entre o homem e o cachorro, e perceba o quão profundo é o seu vínculo afetivo.