O termo coruja se refere a vários animais, pois este termo é comumente a designação dada às aves estrigiformes (da ordem de aves que abrange aves de rapina noturnas), que fazem parte das famílias dos titonídeos e dos estrigídeos. Ou seja, há diversas espécies que contempladas pelo termo “coruja”, e cada uma delas têm suas características específicas.
O nosso foco neste artigo será a coruja-buraqueira. Aqui vamos aprender sobre a fertilização da coruja-buraqueira, principalmente sobre como e onde ela ocorre.
A Coruja-Buraqueira
A coruja-buraqueira, que tem como nome científico Athene cunicularia (anteriormente Speotyto cunicularia) é conhecida também pelos nomes: caburé-do-campo, coruja-do-campo, coruja-mineira, corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco, guedé, urucuera, urucureia e urucuriá. Os nomes que contém “buraco” ou “buraqueira” provém do fato de que ela vive em buracos que são cavados no solo; sobre os quais iremos falar bastante, pois estes são de suma importância na sua reprodução.
A Fertilização da Coruja-Buraqueira
A seguir, vamos explorar sobre as características de reprodução da coruja-buraqueira. Esta espécie não costuma se reproduzir em qualquer época do ano, a sua estação de reprodução começa em março ou em abril. E as corujas-buraqueiras são, geralmente, monógamas, mas não é impossível que um macho da espécie tenha até duas companheiras.
Há muitos aspectos curiosos sobre a reprodução da coruja-buraqueira, tais como o local onde acontece, como acontece, os hábitos que têm os pais das crias antes e após a eclosão dos ovos, etc. Vejamos a seguir.
Como Ocorre a Fertilização da Coruja-Buraqueira?
A coruja-buraqueira geralmente põe de 5 a 11 ovos, sendo o número mais comum entre 7 e 9 ovos brancos e redondos. O que nos interessa nesse momento é falar sobre a incubação desses ovos, que dura entre 28 e 30 dias, e é executada exclusivamente pela fêmea da espécie. Pois já o macho fica encarregado de providenciar a alimentação e a proteção para as suas futuras crias.
Onde Ocorre a Fertilização da Coruja-Buraqueira?
Talvez o que há de mais característico sobre a reprodução da coruja-buraqueira seja o local onde ocorre a fertilização. Quando chega a época de reprodução, ou seja, na primavera, o macho da espécie escolhe um buraco disponível ou escava o seu próprio, normalmente em regiões de capim baixo, onde insetos e pequenos roedores possam ser presos com facilidade no solo. E após isso, o casal se reveza para alargar o buraco, cavar uma galeria horizontal usando os pés e o bico e, por fim, forrar a cavidade do ninho com capim seco. E sobre o revestimento dos buracos onde a coruja-buraqueira se reproduz temos uma curiosidade interessante: eles podem ser revestidos de estrume. O estrume é, inclusive, o material mais comum para o revestimento de seu ninho. Achou estranho? Não se procupe, faz todo sentido! Iremos explicar o motivo a seguir.
O estrume é colocado dentro da câmara do ninho, e também em volta da sua entrada. Nos tempos passados, os estudiosos destes animais acreditavam que a coruja fazia isso para que o cheiro de seus ovos e das suas crias fossem mascarados, visando assim protegê-los dos predadores. Entretanto, esses estudiosos foram responsáveis pela descoberta de uma utilização muito mais nutritiva e, também, criativa. O estrume nas tocas proporciona uma fonte fácil de alimentação para as fêmeas incubadoras e, assim, também para os machos, que passam boa parte do seu tempo protegendo os buracos dos ninhos e não possuem tanta oportunidade para praticar a caça. Isso acontece pois as tocas que contêm estrume possuem dez vezes mais besouro-do-estrume do que naquelas das corujas que não utilizam estrume! Além disso, esse material também é útil para ajudar a controlar o microclima dentro do buraco; ou seja, não o deixa ficar muito quente.
Para fornecer mais informações sobre estas covas onde se alocam as corujas, podemos dizer que são subterrâneas e longas; e podem ser simplesmente tocas disponíveis na natureza cavadas por outros animais. Esta espécie escolhe normalmente para estabelecer seu ninho lugares que estão em locais relativamente arenosos, e que têm a vegetação baixa. Além disso, elas são capazes também de procriar em gramado aberto ou em pradaria, e até mesmo, por vezes, adaptar-se a outras locais que são produtos da ação humana, tais como áreas abertas de aeroportos, campos de golfe, campos agrícolas, entre outros lugares. É importante ressaltar que a coruja cava seu próprio buraco somente se não há covas não estão disponíveis, e se a terra não é dura ou rochosa. Os buracos escolhidos ou produzidos pela buraqueira medem entre 1,5 metro e 3 metros de profundidade, e entre 30 cm e 90 cm de largura sob a terra.
Mais Curiosidades Sobre a Coruja-Buraqueira
Como mencionamos antes, as corujas-buraqueiras são essencialmente monógamas. Entretanto, apesar de trabalharem em casal, e do fato de que essas covas são uma espécie de refúgio para ser ocupado por eles, as corujas-buraqueiras já foram vistas em colônias. Isso quer dizer que foram observadas onde havia uma área muito pequena de um buraco para outro. Os cientistas acreditam que tais agrupamentos podem ser uma resposta a uma abundância de buracos e alimento, mas também podem ser uma adaptação para a defesa mútua. Pois sendo assim, os membros da colônia poderia alertar aos outros habitantes da colônia sobre a aproximação de predadores, para que assim possam se juntar e abandonar o local.
A seguir explicaremos sobre o que ocorre depois da fertilização da coruja-buraqueira, quando as crias finalmente já foram nascidas. Como uma maneira de proteger suas crias, os pais se tornam agressivos para protegê-las em seu ninho; e assim permanecem até que elas tenham se tornado independentes. Sendo assim, os cuidados da cria enquanto ele ainda vive dentro do ninho são de responsabilidade do macho da espécie.Os filhotes desta espécie saem do ninho com aproximadamente 44 dias, e passam a caçar insetos quando têm cerca de 49 a 56 dias. Resumindo: depois da eclosão (como é chamado o momento em que as crias estão desenvolvidas o suficiente para começar a se libertar do ovo, estando prontos para nascer, como crias), o macho cuida dos filhotes por dois meses, que é o período que as crias levam até se tornarem independentes, ou seja, até aprenderem a se defender.