A salamandra é um tipo de anfíbio com o corpo alongado sem escamas, que contém cauda e normalmente quatro membros. Grande parte das salamandras são encontradas no ambiente terrestre, mas algumas espécies são aquáticas. Temos cerca de 600 espécies no mundo inteiro, todas contendo uma linhagem diferente, que podem ser encontradas, na maioria das vezes, no hemisfério norte. No Brasil, foram registradas cinco espécies diferentes, todas localizadas na Amazônia, e também todas pertencentes à familia Plethodontidae.
Ela é muito conhecida justamente por ter semelhanças com lagartos e muitos outros animais desse gênero que podemos encontrar na natureza, e também por conta de sua aparência peculiar, sendo que algumas vezes as pessoas veem as salamandras na natureza mas não sabem de qual animal se trata.
O sistema respiratório de qualquer ser vivo é extremamente importante justamente porque sem ele é impossível respirar e, consequentemente, também é impossível viver, já que o oxigênio é essencial para a vida.
Portanto, neste artigo vamos falar justamente sobre a respiração das salamandras. Assim, continue lendo até o final para entender um pouco mais sobre como funciona o sistema respiratório das salamandras de maneira geral.
Tipos de respiração da salamandra
Antes de mais nada, é essencial que você saiba que nem todas as salamandras respiram da mesma maneira. Isso porque quando falamos “salamandra” não estamos falando de apenas uma espécie de animal, mas sim de diversas espécies que acabam por possuir suas diferenças não apenas na aparência, mas também no funcionamento do corpo.
Assim, podemos destacar três tipos de respiração presentes nas diferentes espécies de salamandra: a respiração branquial (aquela por meio de brânquias), a respiração cutânea (aquela por meio da pele) e também a respiração pulmonar (aquela por meio de pulmões), sendo que a presença de uma geralmente significa a ausência da outra, mas isso não é uma regra geral como ainda veremos neste artigo.
Dessa forma, fica claro que cada uma das espécies irá respirar de maneira diferente de acordo com as suas necessidades e também de acordo com o meio em que vivem, justamente porque o ambiente terrestre pede um tipo de respiração diferente do ambiente aquático, por exemplo.
Portanto, vamos estudar um pouco mais detalhadamente cada um desses dois tipos de respiração para que seja possível entender exatamente como eles funcionam e também como o sistema respiratório do animal muda de acordo com o tipo de respiração que ele precisa.
Respiração branquial da salamandra
As brânquias muitas vezes podem ser também chamadas de guelras dependendo do contexto, mas a estrutura é a mesma nos dois casos. Basicamente, as brânquias fazem parte do sistema respiratório do animais que vivem em meios aquáticos, e elas são o aparelho de respiração principal desses animais.
Elas são importantes justamente porque é nessas estruturas que o corpo consegue fazer trocas gasosas por meio do sangue do animal, de forma que ele consiga obter o oxigênio com a ajuda da linfa (líquido presente em todo o corpo), trocando esses gases justamente com o meio aquático.
Além disso, para que consiga respirar através das brânquias a salamandra possui também a traqueia branquial, que é a estrutura necessária para que o oxigênio consiga entrar no corpo e ir atravessando todo o tronco do animal de maneira que o sangue e o oxigênio entrem em contato.
Portanto, esse é um dos tipos mais comuns de respiração da salamandra principalmente na fase infantil, já que nos primeiros meses de vida esse animal tende a viver a maior parte do tempo na água e, consequentemente, desenvolve uma respiração branquial para que não seja necessário ir até a terra para conseguir oxigênio, nesse caso é tudo uma questão de adaptação.
Respiração pulmonar da salamandra
Como já dissemos anteriormente, a respiração branquial é a mais comum no corpo das salamandras justamente porque esses animais costumam ter hábitos mais aquáticos do que terrestres, de forma que eles se adaptam com o passar do tempo e dessa maneira conseguem respirar melhor também.
Porém, um outro tipo de respiração está muito presente no corpo das salamandras, principalmente no caso das espécies que se tornam adultas: a respiração pulmonar.
Os pulmões são cavidades presentes dentro do corpo que funcionam em conjunto com muitos outros órgãos (justamente porque ele fica interno no corpo, diferentemente das brânquias que pegam o oxigênio diretamente).
Assim, no caso das salamandras que possuem respiração pulmonar podemos também dizer que elas precisam de estruturas respiratórias como por exemplo o diafragma e o tórax. No caso dessa respiração, é no pulmão que acontecem as trocas gasosas entre o meio interno e o externo (nesse caso pode ser terrestre ou aquático).
Portanto, esse é outro tipo de respiração que podemos encontrar no corpo das salamandras. Além de tudo isso, podemos também considerar que algumas espécies mais diferentes possuem tanto a respiração branquial quanto a respiração pulmonar, e isso acontece principalmente no caso de alguns animais que começam a vida em meio aquático e vão se tornando animais semi aquáticos ou terrestres com o passar do tempo, o que é muito comum.
Respiração cutânea da salamandra
Por fim, temos um outro tipo de respiração que não é tão comum nas salamandras mas pode acabar aparecendo em algumas espécies: a respiração cutânea.
Esse tipo de respiração está presente justamente nas salamandras que não possuem pulmões e nem brânquias, e ela acontece muito entre os anfíbios justamente porque eles possuem a pele bem úmida, o que facilita muito a troca de gases através da pele.
Dessa maneira, esse tipo de respiração realmente pode ser encontrado em um número menor de espécies de salamandra, mas ao mesmo tempo podemos destacar que ele é extremamente bom no caso das salamandras aquáticas, já que no meio terrestre esse tipo de respiração pode não ser considerado tão bom, justamente por conta da necessidade de uma pele mais úmida.
Logo, agora você já sabe muitas outras informações sobre como as salamandras respiram de uma maneira geral de acordo com cada ambiente em que elas vivem!
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