O sistema locomotor das onças (como elas se locomovem) é o típico de um “superpredador”, de um membro ilustre de um pequeno grupo formado pelos cinco maiores felinos do mundo, e que por isso mesmo precisa de um sistema de locomoção capaz de fazê-las correr, saltar, nadar; e até mesmo, caso a situação exija, subir em árvores.
A onça-pintada (Panthera-onca) possui uma estrutura corporal compacta, composta por membros fortes e proporcionais ao corpo, garras devastadoras, um corpo atarracado e robusto, com patas digitígradas (que sustentam-se sobre os dedos), garras capazes de retraírem-se, entre outras características típicas de um animal afeito ao ambiente fechado e denso das matas e florestas.
As marcas das pegadas (dianteiras) de uma Onça-pintada costumam medir entre 10 e 12 cm de diâmetro, enquanto as traseiras entre 7 e 8 cm; e o curioso é que elas não apresentam aquelas protuberância (ou almofadas) tão destacadas na base das suas patas – e ainda são mais largas, ao contrário do que pode ser observado nos leões, tigres e na onça-parda, por exemplo.
Já com relação ao seu tamanho, as onças-pintadas podem ser encontradas com comprimentos que geralmente oscilam entre 1,10 e 1,86 m, enquanto o peso desses animais pode atingir entre 55 e 97 kg (machos).
Nas fêmeas essas dimensões geralmente são reduzidas entre 15 e 20%. Ou seja, exemplares fêmeas de onças-pintadas podem ser encontradas com pesos entre 50 e 80kg e com comprimento variando entre 1m e 1,5 m, com outras variações a depender do exemplar observado.
Completam algumas das principais características do sistema locomotor das onças (e da forma como elas se locomovem), pernas curiosamente mais curtas e discretas do que as de outros superpredadores felinos; e ainda bem mais robustas, grossas e vigorosas; o que lhes conferem a capacidade de vencer os mais difíceis obstáculos típicos do habitat natural onde vivem.
Sistema De Locomoção, O Modo Como Se Locomovem E Outras Características Das Onças-Pintadas
A onça-pintada é uma espécie típica do continente americano. Esse animal já foi abundante desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, porém já encontra-se praticamente extinta na “Terra do Tio Sam”.
Na verdade elas tornaram-se quase como espécies típicas da América do Sul, tradicionalíssimas na nossa exuberante e rica Floresta Amazônica, mas também em amplos trechos do continente, como no México, Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador, entre outros países fronteiriços ou não ao Brasil.
Mas o Pantanal também é outro dos ecossistemas capazes de abrigar essa exuberância. E o que se diz é que lá estão os maiores exemplares; indivíduos capazes de atingir facilmente os 100kg – e alguns até mais – , como dificilmente as espécies da Floresta Amazônica (o seu outro habitat preferido) conseguem equiparar-se.
Trata-se de uma espécie magnífica! Com um crânio que pode aproximar-se dos vertiginosos 28 cm de comprimento – porém com uma média que geralmente fica entre os 18 e 25 cm.
A sua estrutura é robusta e vigorosa, larga no rosto, curta em seu diâmetro, onde cabem dois olhos vivos e penetrantes que ajudam a produzir uma expressão difícil de ser descrita por meio de palavras, pois só mesmo de perto – frente a frente – é que se pode ter a exata noção do quão extravagante, singular e exótico é esse animal.
Aqui uma curiosidade. Apesar de possuir um sistema locomotor típico dos felinos – um sistema que lhes permite locomoverem-se de forma rápida e com um movimento todo ele elástico e esguio – , a velocidade não é, de forma alguma, a ferramenta essencial para a sua sobrevivência em ambiente selvagem.
Na verdade essa característica quase não faz diferença na sua rotina. O que as onças-pintadas utilizam mesmo é um faro aguçado, audição privilegiadíssima; além, obviamente, das suas poderosas garras, das quais uma presa, por mais que tente, debata-se e contorça-se, não tem a menor chance de escapar.
Ecologia E Comportamento Da Onça-Pintada
Como pudemos perceber até aqui, as onças-pintadas são símbolos do vigor e saúde das florestas tropicais do continente americano – seu habitat natural.
Uma verdadeira “força da natureza”! Habitante ilustre das não menos míticas florestas de boa parte da América do Sul, onde desfilam toda a sua imponência e extravagância como poucas espécies na natureza selvagem.
Nesse ambiente elas executam um importante papel como eficientes controladoras dos mais diversos tipos de roedores, pequenos mamíferos e demais espécies que tornar-se-iam verdadeiras pragas naturais caso não se prestassem ao digno e honroso papel de servirem de refeição para essas imensas e exuberantes Pantheras-oncas.
Esses animais possuem um lugar todo especial dentro do grupo dos chamados “superpredadores” – aqueles que estão devidamente assentados no topo da Cadeia Alimentar.
No entanto, quando ainda filhotes, elas podem servir como presas de algumas espécies selvagens, especialmente para saciar o apetite de jiboias, sucuris, jacarés, entre outros animais tão ou mais singulares quanto elas próprias.
As a onças são animais tipicamente solitários e com hábitos crepusculares. O que significa que o final do dia, ao cair da tarde, é o momento no qual elas sentem-se mais à vontade para sair em busca das suas principais presas.
São presas como algumas espécies de cervídeos, roedores, mustelídeos, entre outras variedades que possam ser encontradas nas densas, ricas e vigorosas florestas tropicais do continente americano; mais especificamente na América do Sul.
Atualmente a onça-pintada é uma animal descrito como “quase ameaçado” pela União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).
Mas a caça desse animal é considerada crime ambiental, e quem quer que for pego capturando-a estará sujeito à multa e pena de reclusão de acordo com a legislação de cada país do continente americano onde elas ocorram.
Tudo isso com vistas a preservar uma das espécies mais envoltas em lendas, mitos e crendices de todo esse imenso cabedal de espécies animais do planeta. Uma verdadeira fera que passeia pelo imaginário popular das comunidades nativas há séculos.
E no caso do Brasil, uma das espécies símbolo da Floresta Amazônica, mas também do Pantanal Mato-grossense, onde ela impera quase absoluta.
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