Os coiotes são mamíferos – entre os membros mais exóticos da família Canídea –, que possuem uma altura média entre 50 e 60cm, peso entre 14 e 20kg, sem contar o fato de estarem entre os que conseguem atingir as maiores velocidades numa corrida (cerca de 49km/h).
Menor que os lobos e maiores do que as raposas, eles também estão entre os mais esbeltos e elegantes, com um porte que em muito lembra o dos cães-pastores; e ainda com o mesmo faro aguçado, visão surpreendente e audição bastante desenvolvida.
Eles são originários das planícies, planaltos, bosques, florestas arbustivas, entre outras vegetações semelhantes das Américas do Norte e Central. E nesses ambientes, geralmente vivem solitários ou em pequenos grupos por não mais do que 7 anos.
É uma espécie exuberante, com cauda volumosa, nariz grande e afilado, orelhas tradicionalmente pontudas, com uma coloração entre o cinza e o marrom-claro, e com algumas tonalidades mais avermelhadas nos membros inferiores, dorso, cauda e rosto.
Além da velocidade, altura e peso, os coiotes chamam a atenção também pela sua fácil adaptabilidade ao convívio com os humanos – na verdade o que se diz é que eles possuem a mesma desenvoltura, tanto no ambiente selvagem como no ambiente urbano.
Isso é, sem dúvida, uma singularidade dessa espécie, que, se por um lado, a torna mais uma companhia do que uma ameaça aos humanos, por outro, pode torná-la uma verdadeira dor de cabeça em um zona urbana, principalmente quando eles têm diminuídas as suas principais presas, e por isso precisam revirar lixos, quintais, hortas, e onde quer que eles possam encontrar com que sobreviver.
Além da Altura, Velocidade e Peso, o Habitat dos Coiotes!
Os coiotes, como dissemos, são espécies endêmicas da América do Norte e Central. Nas planícies, planaltos desertos e florestas da Califórnia, Arizona, Carson City, Texas, Novo México, Pensilvânia, Indiana, Arkansas, além do Oeste do Canadá, Leste do Alasca, México e Panamá, eles espalham-se, abundantemente, como um verdadeiro símbolo do continente, eternizados em inúmeras produções cinematográficas e nos desenhos animados norte-americanos.
Essa é uma espécie facilmente adaptável às mais diversas variações climáticas. Nos ambientes gelados do leste do Alasca, por exemplo, eles multiplicam-se, alheios aos dias e noites hostis. Na Califórnia, Texas e Novo México, o clima quente, seco e desértico é um deleite para eles! Mas um clima temperado, como o do Canadá, também não deixa de ser bem vido – lá eles não terão dificuldade alguma em sobreviver.
Porém, se o clima começar a tender para um tropical úmido e bastante chuvoso, como é típico do Panamá, também não tem problema! eles estarão lá, fortes e imponentes, ágeis e ariscos, prontos para inserirem-se, caso necessário, no ambiente urbano dessas regiões.
Sobre essa fácil adaptabilidade dos coiotes ao convívio com os humanos, cabe lembrar a situação dos habitantes da cidade de Matamoras, na Pensilvânia, um dos 50 estados norte-americanos.
Lá, os moradores agora estão tendo que conviver com os coiotes de uma maneira bem mais próxima do que no passado. E o que ocorre, de acordo com investigações dos órgãos ambientais da região, é que eles estão simplesmente alterando o seu comportamento para o de uma espécie tipicamente urbana!
Acredita-se que os coiotes, em algumas regiões, estejam tornando-se animais domésticos, como ocorrera, de forma emblemática, no passado; no período conhecido como Neolítico; que marca, de forma bastante significativa, o início desse longo relacionamento entre humanos e canídeos.
O que resta, segundo as autoridades locais, é investigar quais as causas essenciais dessa mudança de comportamento dos coiotes, a fim de que se possa iniciar algum tipo de projeto com vistas a reverter essa transformação ecológica, que marca uma mudança radical na relação entre os humanos e esses animais.
A Dieta dos Coiotes
Para manter essa altura considerável, além de um peso e velocidade também consideráveis, os coiotes precisam de uma alimentação que seja realmente nutritiva. Por isso mesmo, eles desenvolveram as características de animais onívoros, mas com uma inegável predileção por uma dieta carnívora.
Logo, um banquete à base de pequenos roedores, pássaros, serpentes, peixes, filhotes de ovelhas, bezerros, ovos, e até mesmo matéria em decomposição, restos encontrados em lixos, frutas, raízes, entre outros produtos semelhantes, podem muito bem fazer parte da sua dieta.
E essa característica de fácil adaptabilidade dos coiotes à vida em áreas urbanas, torna ainda mais fácil a sua sobrevivência, já que, independentemente da estação do ano, eles sempre encontrarão algo com que matar a fome e garantir a sua sobrevivência e a da espécie Canis latrans por ainda um longo tempo.
Um outro detalhe importante, é que, na sua luta pela sobrevivência, os coiotes ainda podem contar com um sistema digestivo bastante adaptável aos mais diversos tipos de alimentos, com enzimas e bactérias capazes de contribuir para a digestão, inclusive, de ratos, camundongos, salamandras, lixo residencial, entre outras iguarias que, em períodos de extrema escassez, podem servir muito bem para lhes aplacar a fome.
Além Dessas Características de Velocidade, Peso e Altura, Como os Coites se Reproduzem?
Aqui, mais uma vez, a natureza se mostra em toda o seu esplendor, para a garantia da perpetuação dessa espécie Canis latrans.
Sobre a sua reprodução, o que se sabe é que ela ocorre uma vez por ano, entre os meses de dezembro e fevereiro, em um período de gestação que geralmente dura 2 meses, para que a fêmea possa dar à luz entre 4 e 8 filhotes.
Antes disso, a fêmea procura, ansiosamente, algum local adequado (uma toca, caverna ou buraco deixados por outros animais) onde possa gerar os seus filhotes. E para isso, elas contam com a ajuda providencial dos machos, que não medem esforços para cercá-las com todos os cuidados e condições ideais para a concepção.
Durante os primeiros 2 meses, os filhotes ainda são totalmente dependentes da mãe, e, desajeitados, tentam segui-la de todo o jeito, a fim de que, por algum motivo, ela não se perca deles.
Após essa fase, eles já estarão bastante desenvolvidos, e aí então é hora de dar pequenas investidas; pequenas tentativas de pôr em ação as suas habilidades natas de caçadores.
Até que, por volta de 1 ano e meio ou 2 anos de vida, já possam ser considerados adultos, e, por sua conta própria, lutar pelas suas sobrevivências e pela sobrevivência da espécie.
Em um jogo de vida e morte, fuga e ataque, como típicas espécies selvagens! Mas que, aos poucos, ensaiam uma curiosa aproximação em direção ao homem, em uma das mais emblemáticas transformações ecológicas já registradas na natureza.
Gostou desse artigo? Deixe a resposta na forma de um comentário, logo abaixo. E continue questionando, refletindo, discutindo, compartilhando e aproveitando-se das nossas publicações.