Ciclo de Vida do Tuco Tuco: Quantos Anos Eles Vivem?

Um tuco tuco é um roedor neotropical da família ctenomyidae. Os tuco tuco pertencem ao único gênero vivo da família ctenomyidae, ctenomys, mas incluem aproximadamente 60 espécies diferentes. O nome comum, “tuco tuco” vem do som “tuc-tuc” que eles fazem enquanto cavam suas tocas.

Suas tocas são galerias subterrâneas por eles cavadas em que vivem. Na natureza, esses animais vivem em média menos de 3 anos. Sua longevidade máxima não é conhecida.

Maturidade sexual feminina: 243 dias de vida.

Maturidade sexual masculina: 243 dias de vida.

Gestação: 102 dias.

Tamanho da ninhada: 4 (vivíparos).

Ninhadas por ano: Geralmente apenas 1.

Peso ao nascimento: 8 g de peso.

Peso adulto: 100g de peso

Estilo de vida do tuco tuco

O tuco tuco é um escavador que prefere solos secos e arenosos, mas está presente em muitos tipos diferentes de habitats, desde regiões costeiras e planícies até florestas e terras altas. Às vezes, vive em numerosas colônias, onde várias fêmeas adultas podem ocupar o mesmo esconderijo. Ao escavar seus longos túneis, diz-se que esses roedores usam a cabeça, o peito e os pés da frente para mover o solo e, em seguida, os pés traseiros para movê-lo para trás.

Os incisivos são extraordinariamente grandes e provavelmente também são usados para escavação. As trilhas dos túneis são marcadas por montes de solo solto, semelhantes aos das toupeiras; de fato, em algumas regiões, o animal é chamado de rato-toupeira sul-americano.

Os túneis são bastante superficiais, nunca a mais de 30 cm da superfície, e incluem salas para armazenamento de alimentos e para nidificação. Às vezes, são tão extensas que uma grande área de terra pode ser extraída, tornando o terreno perigoso para passeios a cavalo e impraticável para veículos a motor.

O tuco tuco, extremamente ativo no início da manhã e no final da tarde, passa a maior parte do dia em suas tocas. Antes de sair em busca de comida, eles olham pela entrada para ver se há algum perigo, mas sem se deixar notar, com seus olhos quase nivelados com o topo da cabeça. No entanto, eles têm uma visão excelente, diferentemente dos esquilos e, de algumas espécies, eles são capazes de distinguir um ser humano em movimento, mesmo a uma distância de 45 m.

Depois, eles raramente se afastam mais do que algumas dezenas de centímetros de suas tocas. Como resultado, eles raramente são vistos pela população local, embora suas referências sejam frequentemente mencionadas. Eles tomam muito cuidado para remover a areia solta do pêlo, penteando com as cerdas duras que crescem perto da base das garras traseiras.

Em algumas áreas, porquinhos da índia e lagartos compartilham suas tocas com tuco tuco e, quando partem, ratos e lagartos geralmente assumem o controle. O tuco tuco foi mantido com sucesso em cativeiro, mas as infecções de pele geralmente causam alta mortalidade. O ctenomys torquatus é muitas vezes usado para pesquisas em fisiologia.

Distribuição e habitat do tuco tuco

Esses ratos como são nativos do sul da América do Sul e variam do sul do Peru e do Brasil central à Terra do Fogo, podem ser encontrados em vários habitats, desde os trópicos até as regiões subantárticas, geralmente em prados e florestas, mas também no Altiplano e nas montanhas até 4.000 metros acima do nível do mar.

A maioria das espécies do gênero tem distribuição local e muito limitada devido aos habitats altamente fragmentados nos Andes, enquanto apenas algumas espécies têm áreas de distribuição maiores.

Os tuco tucos vivem em populações relativamente pequenas que são separadas de outras populações por áreas com condições inadequadas do solo. Isso levou ao surgimento de um grande número de espécies, cuja classificação sistemática permanece controversa.

Características do tuco tuco

O tuco tuco, com suas adaptações ao estilo de vida de escavação, são fortemente remanescentes de umas espécies de camundongos  norte americanos, com os quais estão apenas relacionados à distância. Atingem um comprimento de tronco de 15 a 25 centímetros, a cauda se torna um adicional de 6 a 11 centímetros.

O peso varia entre 100 e 700 gramas. Seu pelo geralmente é grosso, dependendo da espécie, pode ser de cor cinza, marrom ou quase preto, com a parte de baixo mais clara. O tamanho do corpo, assim como as cores do pelo e as dimensões do crânio, também variam bastante entre as espécies.

O corpo é cilíndrico, a cauda, como muitos animais subterrâneos, é curta e quase peluda. A cabeça é volumosa, o pescoço curto e musculoso. As pernas dianteiras são um pouco mais curtas que as traseiras, todos os dedos estão equipados com garras longas, as das patas dianteiras são um pouco mais longas.

Existem cerdas em forma de pente nas patas traseiras, que são usadas para limpar o pelo do solo. Os olhos são grandes em relação a outros animais que vivem no subsolo, assentados no alto da cabeça.

Como resultado, esses animais só precisam enfiar a cabeça para fora de um buraco no chão para olhar em volta. Os ouvidos são muito pequenos. A fórmula dental tem um total de 20 dentes. Os incisivos são grandes e grossos e de cor laranja brilhante. A disposição das cúspides nos molares é em forma de rim, o molar posterior é reduzido.

Nutrição e reprodução

Os tuco tuco são herbívoros puros que se alimentam de várias partes da planta, como raízes, tubérculos, caules, gramíneas e outros. Algumas plantas, como hastes e gramíneas, as puxam para dentro da toca por baixo, outras tentam alcançá-las das entradas da toca. No entanto, eles raramente deixam sua construção completamente.

Pouco se sabe sobre a reprodução da maioria das espécies. Geralmente, as fêmeas têm apenas uma ninhada por ano, raramente duas. Em muitos casos, a hora do nascimento cai na estação das chuvas, quando há muita comida. O período de gestação é de cerca de 100 a 120 dias e o tamanho da ninhada de um a sete.

Evolução dos tuco tuco e relação com humanos

Os tuco tuco de hoje consistem em apenas um gênero recente, ctenomys, que consiste em cerca de 70 espécies. Eles vêm de parentes de cobaias da América do Sul e se adaptaram ao longo de várias etapas ao estilo de vida subterrâneo e escavador desde o Mioceno. Eles provavelmente se separaram de outros táxons na linha principal do Plioceno.

Entre os parentes mais próximos gêneros fósseis incluem eucelophorus do Plioceno médio nas Pleistoceno, xenodontomys e actenomys do final do Mioceno ao Plioceno nos, praectenomys do Plioceno e do gênero paractenomys, também considerado um grupo irmão dos recentes ratos comuns, também do Plioceno.

Em 2020, foi descrita a espécie ctenomys viarapaensis, do Holoceno da Argentina.

Em alguns lugares, os tuco tuco penetram nos campos e nas plantações, razão pela qual são considerados um incômodo. Suas tocas logo abaixo da superfície também fazem com que cavalos e outros animais entrem e quebrem as pernas. Por esses motivos, às vezes são caçados intensivamente. Eles desapareceram em algumas regiões fortemente agrícolas e geralmente faltam dados para obter informações precisas sobre o grau de perigo. A IUCN lista apenas uma espécie, ctenomys magellanicus, como ameaçada de extinção.