Os Marrecos são descendentes do pato-real, e foram domesticados na China. São aves aquáticas, com muita semelhança com os patos.
Porém, para os criadores experientes, é fácil fazer a distinção entre essas duas espécies por vários motivos. Um exemplo são as verrugas vermelhas, que representam uma característica específica dos patos, e que fica bem, e se encontra no bico, e também ao redor dos olhos.
Os Marrecos pertencem a classe das aves, ordem dos Anatídeos e espécie dos Anas platyrhnchos domesticus. Possui as seguintes raças: o Pequim, Rouen e Corredor Indiano. Existem outras, porém, essas citadas são as principais.
Principais Características dos Marrecos
Medem entre 35 a 50 centímetros, são bem barulhentos, e é muito comum serem confundidos com os patos, apesar de serem menores. Seu habitat natural é no hemisfério norte.
O macho possui uma pena encaracolada na cauda, ficando semelhante a um “cachinho”. Alguns machos possuem o bico vermelho. O macho ajuda a fêmea a chocar seus ovos.
A fêmea é conhecida como Marreca-do-pará, Marreca-dos-pés-encarnados, Irerê, Marreca-apaí, Marreca-viúva e Marreca-ananí. Pode chegar a medir até 43 centímetros. Voa e nada muito bem. Seu canto lembra a um assobio, são muito carinhosas e se apegam com facilidade a seu dono.
Criação dos Marrecos
São animais domésticos, normalmente criados em cativeiros, para um melhor aproveitamento da sua carne, ovos, das suas penas e plumas. Até mesmo suas fezes são aproveitadas.
No caso da criação em cativeiros, é aconselhável a separação entre machos e fêmeas consanguíneos, para evitar que nasçam filhotes com má formação.
A criação de marrecos é bem simples e rentável para o produtor, pois eles vivem bem em chácaras, sítios e até mesmo em casa com quintal pequeno. É de suma importância que esses locais possuam um tanque ou um pequeno lago.
Entre as raças existentes de marreco, o Pequim é considerado o de mais fácil criação, pois apresenta um crescimento rápido e carne de ótima qualidade. Os marrecos são ovíparos como as outras aves.
Eles se alimentam como as mesmas coisas que o pato, as galinhas, gansos, o que facilita a criação dessa espécie com outras parecidas, além de conviverem bem em grandes grupos, desde que haja espaço suficiente para todos.
Reprodução dos Marrecos
Por fazer parte do grupo das aves, o marreco é ovíparo. Trata-se de animais bem carinhosos com seus parceiros, passam boa parte do tempo trocando carinhos entre si. Eles começam sua reprodução entre 6 a 8 meses de vida.
A fêmea bota em média 220 ovos por ano, o período em que mais produzem é na estação da primavera. Apesar de a raça especifica, o Pequim, deixar de pôr ovos durante o período da troca de suas penas.
A produção é considerada muito boa durante todo o ano, o tempo de incubação de seus ovos é de quatro semanas. A alimentação deve ser balanceada, feita com ração, complementada com hortaliças, como folhas verdes, frutas, farelos e legumes.
No caso dos marrecos reprodutores, a sua alimentação deve ser moderada, oferecendo a eles refeições apenas 2 vezes por dia. Pois isso não deixa prejudicar a postura do animal. Assim como também não é indicado que os Marrecos sejam alimentados com restos de comida e milho, pois tende a cair a produtividade.
Outra estratégia muito utilizada pelos os produtores com relação a alimentação é separar a água da ração, pois os Marrecos têm o hábito de comer e beber ao mesmo tempo. Seguindo com a separação, evita-se um grande desperdício de ração.
No caso da reprodução destinada apenas para comercialização, são necessários uma série de cuidados, tais como: incubadoras, que fornecem umidade, temperatura, ventilação e viragem constante (a cada hora) dos ovos, procedimento importantíssimo para que o embrião não fique garrado na casca.
Durante o período de incubação é feita uma avaliação diária, para separar e descartar os ovos inférteis dos avariados.
Os ovos permanecem na incubadora cerca de vinte e cinco dias, até serem transferidos para o nascedouro, que consiste em outro procedimento realizado por uma máquina específica, para desenvolver a próxima etapa do ciclo de vida dos Marrecos.
Diminui-se a umidade e aumenta-se a ventilação. Então, são retirados os ovos para uma avaliação final. Após, são selecionados os marrequinhos bons para comercialização e os demais, que saíram fora do padrão, são descartados. Após a separação, são embalados em caixas de papelão adequadas e transportados para o local de destino.
Quanto as suas penas e plumas, também são muito bem aproveitadas no manejo de artesanatos, e enchimento de travesseiros e edredons. Outro investimento são os dejetos que podem ser vendidos como adubo, e insumo para piscicultura. A sua carne é usada no consumo próprio. Sendo assim, não é possível determinar um tempo exato de vida dos Marrecos.
O retorno da criação e reprodução de Marrecos leva, no mínimo, um ano. Sendo que o investimento mínimo é de R$ 80,00 a R$ 100,00 por casal de marrecos. Mas a criação dessa ave é muito simples e rentável para o produtor.
Ciclo de Vida do Marreco: Quantos Anos Eles Vivem?
O produtor desse tipo de espécie, pode desenvolver o ciclo de vida do Marreco de forma completa, desde a reprodução, até a comercialização da carne, ovos, penas e plumagem.
Mas é indicado se especializar em apenas uma, já que cada etapa exige instalações diferentes necessitando, assim, de uma grande área para fazer o ciclo completo, caso se interesse apenas pela reprodução voltada apenas para comercialização.
O ciclo de vida dos Marrecos reproduzidos para fins de comercialização, pode contar a partir do primeiro dia em que são retirados da incubadora e levados para o nascedouro. Mas, caso prefira, produtor tem a opção de aguardar mais alguns dias, entre 14 a 21, já que estão sendo preparados pra comercialização.
Já os Marrecos criados em ambientes domésticos tendem a ter um ciclo de vida mais extenso, pois é comum seus donos se apegarem e comercializarem apenas seus ovos, ocorrendo assim alguns contratempos.
Algumas fêmeas, por exemplo, costumam não chocar seus ovos. Com isso, pode ser preciso comprar incubadoras elétricas, mesmo que sejam modelos mais simples, para evitar uma queda na produção dos marrecos. A máquina irá desempenhar o papel que as fêmeas não se dedicam na prática.
O tipo de comercialização “doméstica”, não se restringe apenas ao consumo próprio. Mas à venda dos marrecos também. Além disso, o que eles produzem para os comerciantes nas mediações mais próximas de suas propriedades, influencia muito para que os marrecos tenham um ciclo de vida maior, com qualidade.
Pois, normalmente, são tratados com alimentos orgânicos selecionados, e vivem em ambientes onde a natureza ainda não sofreu tanta interferência humana, podendo reproduzir de forma mais natural e saudável, respeitando seu tempo biológico, fornecendo a seus criadores, produtos de qualidade.