As salamandras são anfíbias. Existem em números cerca de 550 tipos conhecidos dessa espécie, contudo no Brasil, são só cinco tipos de salamandras distintas que vivem em território amazônico.
As salamandras têm o formato mais cumprido, cauda e, de maneira mais comum, quatro patas que as auxiliam para correr, se esconderem e caçarem. Embora sejam muito parecidas com os lagartos, sua pele não possui escamas e é totalmente lisa e com muito brilho. A pele apresentada dessa maneira também possui glândulas fundamentais para manter a umidade e quantidade de água ideal para seu desenvolvimento, sendo a maneira que utilizam para respirarem, porém, algumas espécies possuem respiração pulmonar.
Certas salamandras, no entanto, respiram pelas brânquias. Assim, como todos os anfíbios, a temperatura de sua estrutura é totalmente voltada para temperatura do ambiente em que está inserida.
Seu tamanho pode variar entre 3 centímetros nas espécies menores que nos lembram muito as lagartixas e 30 centímetros as que nos lembram os lagartos, mas alguns animais dessa espécie que foram encontradas em países como China e Japão podem até chegar a 1 metro de comprimento, são as populares salamandras-gigantes. Algumas podem viver na terra e outras na água, mais precisamente em lagos e rios de água doce. Durante sua transição entre fase larval e adulta, todas elas são aquáticas e já nascem com dentes comendo tudo que possa estar ao seu redor como crustáceo e até mesmo foi visto canibalismo em algumas espécies.
Existem salamandras que vivem em cavernas, sendo a ausência da luz solar e a presença de água de maneira constante razões que facilitam para que essas espécies vivam nesses locais. As salamandras das cavernas são de cor branca e totalmente cegas, porém moram em comunidades grandes e podem viver até quase 100 anos, fato que abordaremos mais abaixo detalhadamente.
Nadam nas águas como cobras, já que possuem ajuda da cauda para essa locomoção e suas patinhas possuem ondulações que facilitam o tato para saber onde estão pisando e deslizar sobre eles com mais facilidade.
Reprodução das Salamandras
Antes de saber seu fim e sua expectativa de vida, é ótimo saber como tudo se inicia e porque um animal tão pequeno e rústico, ao contrário da maioria consegue viver por tanto tempo.
Embora não possuam órgãos sexuais, a fecundação das salamandras na maioria das espécies é interna, e é possível observar a transferência do esperma para dentro do corpo da fêmea. As que tem fecundação externa, as fêmeas depositam seus ovos da água e depois os machos os fecundam. De qualquer maneira, o procedimento para desova dos ovos já preparados ou não, são feitas em lagoas perto de plantas.
A fêmea no caso esconde os ovos entre as folhas e algas, e assim eles ficam por conta da natureza. Não existe nenhum cuidado parental por parte desses animais, independente da espécie que estejamos falando em especifico.
Para passar de larva para adulta, as salamandras demoram um pouco de tempo e alguns tipos as brânquias ou outras características larvais não são abandonadas e as salamandras continuam com esses órgãos por toda vida, como acontece com a salamandra Axolote.
Essa transformação pode ocorrer de um mês até mesmo um ano para estarem preparados para se reproduzirem e irem para ambientes terrestres. No caso, de qualquer maneira após essa transformação, as salamandras irão viver geralmente por quase 30 anos.
Curiosidades Sobre as Salamandras
O que não faltam são informações específicas e interessantes sobre esse animal, que possui ligação religiosa por conta de sua cor, muitos anos de vida e até mesmo curas e estudos envolvendo sua pele e seu corpo como medicamento, além de lendas sobre serem venenosas. Mais abaixo falaremos sobre mitos e verdades sobre as salamandras.
- As salamandras são venenosas?
Não, as salamandras soltam uma espécie de líquido esbranquiçado com cheiro forte quando estão se sentindo ameaçadas. Embora esse líquido caso seja ingerido provoque náuseas, diarreias e até alucinações, inflamações nos olhos, não existe nada comprovado que ele passe por nossa pele e cause algum malefício. No caso, evite o contato com as mucosas, mas nada impede que uma salamandra seja colocada em sua mãe desde que não seja apertada de maneira incorreta.
- As salamandras são animais que resistem ao fogo?
Algumas histórias antigas falam de lendas que as salamandras saíram de troncos e galhos em chamas e por conta disso, seria resistente ao fogo e essa informação nos levará para a próxima. Embora muitas pessoas acreditem nisso até hoje, as salamandras se queimam e não resistem a altas temperaturas. Por conta disso preferem caçar e ser mais ativas a noite e temperaturas de 15 graus, no máximo 20.
- Salamandras são animais demoníacos?
Além de serem resistentes ao fogo, que pelo sagrado indica o inferno e espíritos ruins, na Idade Média, no alto do cristianismo, por conta dessas histórias mais as características físicas das salamandras que são pretas com bolinhas amarelas e vermelhas, ficaram conhecidas como animais que veem do inferno e necessitariam até mesmo de exorcismo e a presença delas dentro de lares ou próxima a nós seriam o pressagio de muitas coisas ruins que aconteceriam.
Mas afinal de contas, respondendo à pergunta inicial e maior curiosidade de todas, quanto tempo vive uma salamandra?
Ciclo de Vida da Salamandra: Quantos Anos Elas Vivem?
Já foram encontradas em cavernas, as salamandras que por terem um estilo de vida muito calmo e sem a presença de predadores, muitos períodos hibernando e apenas se reproduzindo a cada 10 anos, salamandras do tipo albina que possuíam quase 100 anos, sendo a média 70 anos.
No Japão, em uma caverna, a gigante foi estudada e foi constatado que teria 200 anos, cerca de um metro e meio e 52 quilos. Como animais tão próximos dos distantes dinossauros sobrevivem tanto tempo, em um tamanho tão pequeno e com tantas mudanças principalmente climáticas, ainda é um mistério.
Mas como para a espécie humana, viver por muito tempo é motivo de estudo e pesquisa para quem quer garantir uns aninhos a mais na Terra, elas estão sendo estudadas muito ultimamente por conta desse fator, depois de anos esquecidas e sem nenhum apreço.