A doninha é o carnívoro mais pequeno que existe e é capaz de caçar presas com tamanho cinco vezes maior que o seu. Ela pode ser encontrada em praticamente todos os continentes, menos na Antártida e na Oceania. É um animal que se adapta facilmente a novos habitats e existem aproximadamente dez espécies desse animal.
Muito ágil, com ótima audição e olfato, a doninha é considerada agressiva. É difícil de ser vista, porém está presente em todo nosso país. A seguir, conheça um pouco sobre a doninha, seu ciclo de vida e muito mais.
Características Da Doninha
A doninha ou Mustela nivalis, é da família dos mustelídeos e trata-se do menor carnívoro existente. Seu corpo é fino e longo, com pernas curtas com garras afiadas. Sua cabeça é achatada e pequena, as orelhas são redondas e pequenas enquanto o focinho é proeminente. Sua altura não passa de 35 centímetros, enquanto o comprimento varia de 17 a 23 centímetros e o peso dos machos fica entre 6 e 170 gramas e nas fêmeas de 40 a 65 gramas.
Sua pelagem é densa e curta no inverno e no verão é mais fina. A cor dos pelos pode variar desde o pardo a chocolate escuro e pardo avermelhado. A barriga, o rosto e a boca são sempre na cor branca. A doninha possui olhos ressaltantes, de cor escura e seus dentes são bem afiados. Sua cauda é de uma cor apenas e mede de 3 a 17 centímetros. Sua expectativa de vida na natureza é de um a dois anos, porém em cativeiro podem viver por até oito anos.
Comportamento Da Doninha
A doninha é um animal solitário e muito ativo de dia e de noite. Como possui metabolismo elevado ela alterna períodos de repouso e períodos de atividade. Com movimentos ágeis, ela se desloca saltando no chão e subindo em árvores facilmente. Ela é um animal que defende seu território de caça, seja macho ou fêmea.
No inverno a doninha se refugia em casebres, paióis e demais construções rurais e, quando o homem não a fere, ela caça durante o dia, caso contrário sai somente a noite.
A doninha é um animal que ataca tanto para se alimentar quanto para se defender ou ainda quando está assustada. Quando percebe presença estranha próximo dela, ela se ergue e analisa tudo em sua volta, encarando intrusos com um ar de desafio. Quando ataca, é extremamente valente, largando a presa apenas depois de uma luta tensa. Todo animal pequeno que aparece ela ataca e quando é perseguida por outros animais ela se defende com valentia.
Doninhas podem atacar os humanos, principalmente quando se assustam. Quando é atacada e está em estado extremo, ela se defende como o cangambá, soltando um jato de liquido escuro e de péssimo odor sobre o inimigo. Nada obstante, sua coragem é acompanhada de uma notável presença de espirito em todas as situações. Isso se reflete nas diversas formas que encontra para escapar dos perigos e também por jamais se dar por vencida, mesmo quando atacada por aves de rapina. O açor é provavelmente a única ave capaz de dominar a doninha.
Habitat E Alimentação Da Doninha
A doninha é um animal com habitat abrangente, estando ausente apenas em regiões mais úmidas. Ela pode ser encontrada em todos os continentes, exceto na Antártida e na Oceania. Seu habitat inclui regiões onde haja a prática agrícola, devido a disponibilidade de muitas presas e também próximo a moitas, muros de pedras e sebes que lhe fornecem proteção.
Doninhas são predadores que se destacam. Suas presas são, principalmente, roedores como ratos, ratazanas e camundongos. Também entram na lista as toupeiras, os coelhos e lebres, frangos, pombas e demais aves silvestres, principalmente as que constroem seus ninhos no solo. Entretanto, aves que fazem seus ninhos nas árvores também não estão muito seguras contra seus ataques.
A doninha ainda caça anfíbios, lagartos, peixes e diversos tipos de cobra, inclusive as serpentes peçonhentas com picadas fatais. A voracidade das doninhas é tanta, que ela pode até praticar o canibalismo, se alimentando de outros animais de sua espécie.
Um fato curioso é que as doninhas devoram por completo suas presas menores, enquanto que das presas maiores ela apenas lambe o sangue e despreza a carne. Além disso, ela se alimenta de caranguejos, arrancando a sua carapaça facilmente. Ela ainda aprecia insetos e quebra ovos, sugando o conteúdo.
Entre seus inimigos estão outros carnívoros, como a gineta, o gato selvagem e grandes aves de rapina, como o Açor. Já seus filhotes são alvos de lagartos e cobras.
Reprodução E Ciclo De Vida Da Doninha
A época do cio é entre março e abril, porém as fêmeas podem ter diversas ninhadas durante o ano, o que é bem raro na família dos mustelídeos. Assim, todos os meses do ano são propícios para procriar.
A gestação dura cerca de cinco semanas e dela nascem cerca de 4 a 7 filhotes. Estes nascem com os olhos fechados e ficam num abrigo forrado com palha, folhagens ou feno e bem protegido. A mãe é quem cuida de seus filhotes com muita dedicação e os amamenta por aproximadamente 2 meses.
Após dois meses os filhotes já estão preparados para caçar e com três meses se separam da mãe e vão viver sozinhos. A maturidade sexual das doninhas é atingida entre três e quatro meses de idade e esse animal pode viver por até dois anos na natureza, enquanto que em cativeiro pode chegar aos oito anos de idade.
Curiosidades e Espécies
A doninha é da mesma família do furão e da mustela, sendo muitas vezes confundida com esses animais. O nome Doninha se refere a diversas espécies de pequenos mamíferos dessa família, dentre as quais estão:
- Doninha Anã
- Doninha Amazônica
- Doninha Europeia Ou Vison Europeu
- Doninha Das Montanhas
- Doninha Siberiana
- Doninha De Nuca Branca
- Doninha Fedorenta Ou Cangambá
Doninhas já foram alvo de diversas superstições populares bastante estranhas. Uma delas é que, em algumas regiões, por medo de ofender o animal era evitado de falar seu nome, pois caso o fizessem ele iria perseguir quem o chamasse. Outros atribuíam poderes mágicos ao animal, afirmando que o hálito da doninha podia causar cegueira.
Algumas pessoas usavam partes do corpo da doninha para curar. O sangue era considerado uma propriedade curativa para epilepsia e o coração, quando consumido cru, poderia dar a quem o comesse o poder de prever o futuro.
Em alguns lugares, camponeses achavam que a presença da doninha era algo bom e professavam que trazia felicidade.