Características da Bolacha do Mar: Peso, Tamanho e Ficha Técnica

O termo bolacha do mar (também conhecido como dólar de areia ou concha de amor-perfeito) refere-se a espécies de ouriços-do-mar, extremamente achatados, pertencentes à ordem clypeasteroida. Algumas espécies dentro da ordem, não são tão achatados. (Animais relacionados a essa espécie incluem outros ouriços do mar, pepinos do mar e estrelas do mar).

Características da Bolacha Do Mar: Peso, Tamanho E Ficha Técnica

As bolachas do mar, como todos os membros da ordem clypeasteroida, possuem um esqueleto rígido conhecido como teste. O teste consiste em placas de carbonato de cálcio dispostas em um arquétipo radial quíntuplo. Em indivíduos vivos, o teste é coberto por uma pele de espinhos com textura de veludo que são cobertos com pêlos minúsculos (cílios).

Movimentos delineados dos espinhos possibilitam que as bolachas do mar se locomovam pelo sulco marítimo. Os ternos espinhos da bolacha do mar viva aparecem em um sortimento de cores (azul, violeta,verde ou roxo) dependendo da espécie. Indivíduos que morreram ou jaz moribundos são às vezes encontrados em praias com grande parte da morfologia externa ainda intacta.

Indivíduos esmarridos são muitas vezes encontrados com seu teste oco, destituído de todo o material da superfície e alvejado pela luz do Sol. A estrutura física de bolacha do mar adulta, como em outros equinoides, exibe conformidade radial. O padrão semelhante a uma pétala em bolachas do mar compreende cinco fileiras de poros pareados.

Os poros são perfurações no endosqueleto através do qual a bolacha do mar possivelmente faz a troca de gás do corpo. A boca da bolacha do mar está localizada no fundo de seu corpo, no centro do padrão semelhante a uma pétala. Ao contrário de outros ouriços-do-mar, os corpos de bolachas do mar também exibem uma simetria bilateral dianteira/traseira.

O ânus das bolachas do mar está localizado na parte de trás, e não no topo, como na maioria dos ouriços-do-mar, com muitas outras características bilaterais aparecendo em algumas espécies. Estes resultam da adaptação de bolachas do mar, no decurso da sua evolução, de criaturas que originalmente viveram suas vidas no topo do fundo do mar (epibentos) para as criaturas que se escondem debaixo dela (endobenthos).

Bolachas do mar são de cor cinza, marrom, preto ou tons de roxo. Seu tamanho é variável, com uma média de 76 mm, com os maiores do mundo medindo 120 mm de largura. As bolachas do mar têm uma carapaça em forma de cúpula variando de altura a cerca de 10 mm com um corpo circular ou teste. Notamos dois grandes grupos morfológicos de bolachas do mar: os clypeasterina, muitas vezes angulares, de espessura mais consistente e scutellina, os mais comumente em forma de disco.

Bolachas do mar não são pesados. Seriam necessários mais de mil indivíduos para pesar 01 quilograma. Isso é particularmente interessante já que se fixam no fundo do mar e não flutuam. O segredo está, entre outras razões, no hábito de engolirem a areia do mar para que possam pesar mais e se sustentarem enterrados no fundo.

Seus Nomes Comuns E Evolução

Aqui os conhecemos como bolachas do mar mas recebem muitos nomes comuns ao redor do mundo, tais como dólares de areia, conchas de amor-perfeito, biscoitos marinhos, bolo ouriço, etc… Nossa razão em chamá-los de bolachas do mar está obviamente na aparência que as espécies adultas tem quando vistas no fundo (parecem mesmo um monte de bolachas ou biscoitos redondos no fundo d’água). Aparência semelhante mesmo quando secas e alvas na beira da praia.

O termo dólar de areia deriva do surgimento dos testes (esqueletos) de indivíduos mortos depois de serem levados para terra. O teste não tem sua pele espinhosa como um veludo e muitas vezes foi branqueada pela luz solar. Para “beachcombers” do passado, isso sugeriu uma grande moeda de prata, como o velho dólar espanhol ou americano (que possuía um diâmetro entre 38-40 mm).

Outros nomes ingleses para as criaturas incluem bolo de areia e bolo ouriço. Na África do Sul, eles são conhecidos como conchas de amor-perfeito a partir da sugestão de uma flor de jardim de cinco pétalas. As espécies caribenhas, também chamados dólar de areia do Caribe ou biscoito marinho inflado (clypeaster rosaceus), é mais espesso em altura que a maioria de outras espécies de bolachas do mar.

Em áreas de língua espanhola das Américas, as bolachas do mar é mais frequentemente conhecidas também como galleta de mar (biscoitos ou bolachas do mar). Os ancestrais das bolachas do mar divergiram dos outros equinoides irregulares, ou seja, os cassiduloides, durante o início do período jurássico, com o primeiro verdadeiro gênero de bolachas do mar, o togocyamus, surgido durante o Paleoceno. Logo depois grupos mais modernos surgiram durante o Eoceno.

Folclore e Formas Fossilizadas

Uma variedade de associações criativas foi feita por vagabundos inativos que atravessam os esqueletos branqueados de dólares de areia morta. Às vezes, dizem que representam moedas perdidas pelas sereias ou pelo povo da Atlântida. Os missionários cristãos encontraram simbolismo no padrão radial quíntuplo e nas estruturas internas em forma de pomba, e um cartão com um poema anônimo explicando a lenda é frequentemente dado em conjunto com a venda de um dólar de areia pelos mercadores americanos.

A história lendária contada nesses cartões líricos comparam os buracos nas bolachas do mar com as feridas de crucificação de Cristo, e outras características da morfologia do animal com a Estrela de Belém, um lírio da Páscoa, uma poinséttia (também conhecida como flor do Natal, manhã de Páscoa ou rabo de arara) e pombas.

As bolachas do mar inclui muitas formas fósseis (pelo menos 750 conhecidas), tendo sido muito abundantes no Cretáceo e do Paleoceno. Algumas espécies, como do gênero scutellina , são fósseis freqüentes em alguns arenitos do sul do Mediterrâneo. Após a sua morte, estas bolachas do mar permanecem enterrados no sedimento, o que permite uma excelente preservação durante o processo de fossilização.

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