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Bolacha-do-Mar em Aquários: Como Cuidar e Conseguir Uma

Informações Básicas Sobre a Bolacha-do-Mar

A bolacha-do-mar faz parte da ordem clypeasteroida, e a bolacha-do-mar é um animal que apresenta um corpo achatado, sendo parente próximo das estrelas-do-mar e dos ouriços-do-mar.

Os membros da ordem clypeasteroida são caracterizados por possuírem um esqueleto rígido formado por placas de carbonato de cálcio que recebe o nome de testa.

As placas de carbonato de cálcio da testa são dispostas em padrão radial, onde esse esqueleto é recoberto por espinhos muito finos de pouca resistência, que são recobertos por outros “pelinhos” chamados de cílios. Esses espinhos possibilitam o movimento e permitem que as bolachas-do-mar escavem na terra.

Bolacha-do-Mar
Bolacha-do-Mar

As bolachas-do-mar vivem enterradas no fundo da parte rasa do mar, até no máximo algumas dezenas de profundidade na maioria das espécies , no entanto, é comum que ela seja encontrada escavando na praia ou muitas vezes apenas o esqueleto del.

Quando morta, a pele que possui os pelos que cobre o exterior caem ou são comidos por algum outro animal deixando apenas a testa oca.

Acontece, na maioria das vezes, de após a morte desse animal, as correntezas o desenterrarem e levarem eles em direção à costa, onde o sol deixa a sua casca branca, exibindo claramente o padrão que existe no meio de sua casca que lembra algo similar à uma flor.

Esse padrão parecido com pétalas são os poros por onde a bolacha-do-mar faz as trocas de gases.

As bolachas-do-mar possuem várias cores que variam de espécie para espécie, e é comum serem nas cores verde, azul, violeta e púrpura.

As bolachas-do-mar habitam as águas quentes ou temperadas de todos os continentes habitados, mesmo sendo um animal “exótico” não é tão difícil encontra-lo durante um passeio ou viajem por uma praia.

Criação de Bolacha-do-Mar em Aquários

Bolacha-do-Mar na Areia
Bolacha-do-Mar na Areia

Há pouca informação sobre tentativas de manter essa espécie em aquários, afinal não é um animal “comum” para a criação em aquário, mas a partir das informações que se tem sobre a alimentação e modo de vida da espécie, pode-se chegar a conclusões sobre a viabilidade do cultivo de bolachas-do-mar em aquários.

Então, dá para criar uma bolacha-do-mar no aquário, afinal?

Sim, mas não em um aquário particular, pois o espécime morreria em poucas semanas provavelmente, e é difícil criar um habitat aceitável para esses animais em um aquário pequeno.

Primeiramente porque eles vivem enterrados no fundo do mar, e assim seria preciso ser um aquário de corais com bom substratos e microrganismos para a espécie, além de uma boa circulação e com bastante refúgios para o animal. Esse aquário teria que ter certa profundidade com algo que simulasse o leito que existe no fundo mar, onde a bolacha-do-mar poderia se enterrar e se proteger.

Depois, a alimentação desse animal é baseada em microrganismos como larvas de crustáceos, copépodes, algas diatomáceas, algas e detritos gerais, e esses alimentos não são fáceis de enxergar ou comprar, e algumas espécie necessitam tipos específicos de substratos, e a falta de informação sobre essa espécie é um dos principais problemas.

Há relatos sobre bolachas-do-mar em aquários, porém, se tratavam de aquários públicos com tanques bem grandes específicos para as espécies que o habitavam.

Alimentação e Habitat da Bolacha-do-Mar

Bolacha-do-Mar na Mão de uma Pessoa
Bolacha-do-Mar na Mão de uma Pessoa

As bolachas-do-mar vivem em alguns locais específicos, como abaixo da linha da maré baixa, ou na superfície ou enterrado em áreas arenosas ou lamacentas em águas rasas perto da costa.

Elas possuem diversos espinhos extremamente finos que ficam embaixo e nas laterais do animal, que permitem que ele cave ou simplesmente se arraste para debaixo da areia onde ele costuma se abrigar.

Eles se alimentam de larvas de crustáceos, algas, detritos e outros microrganismos que estão suspensos na água, a boca da bolacha-do-mar fica na parte de baixo do corpo do animal (no centro), assim como nas estrelas-do-mar.

A boca desses animais é circulada por tipos especiais de espinhos que liberam um muco, que ajuda a prender as pequenas partículas da qual ele se alimenta, e quando essas partículas entram em contato com os espinhos do animal, ele move os espinhos e guia a partícula para as áreas mais próximas da boca, então os espinhos especiais da área oral levam elas até a boca com a ajuda do muco.

Algumas espécies da parte ocidental conseguem se enterrar “de pé” com sua boca virada contra a correnteza e a parte traseira do seu corpo parcialmente enterrada na areia.

Reprodução e Populações da Bolacha-do-Mar

Populações da Bolacha-do-Mar
Populações da Bolacha-do-Mar

A reprodução das bolachas-do-mar é sexuada, ou seja, as bolachas possuem sexos separados, as bolachas-do-mar ocidentais possuem sua maturidade entre o primeiro e quarto ano de vida, variando de espécie para espécie.

O inchaço das gônadas das bolachas-do-mar durante maio marca o início da época mais reprodutiva, que se prolonga até julho ou agosto, no entanto as bolachas-do-mar não possuem épocas exatas para reprodução, isso depende no ambiente, na espécie e até no próprio indivíduo.

As fêmeas liberam os ovos no ambiente pelos seus poros genitais, esses ovos são fertilizados de maneira externa pelo macho, o macho libera os seus gametas no ambiente e a fêmea libera os ovos, fica a conta da coluna de água (correnteza) a fecundação acontecer ou não.

Entre 2 e 4 dias larvas pluteus (nome dado as larvas dos equinodermes) estarão formadas e farão parte do zooplâncton (nome dado ao conjunto de microrganismos, uma espécie de fauna), as bolachas adultas irão comer as larvas indistintamente, eles não comem os ovos devido a um muco protetivo que os envolvem dificultando a captura deles.

Os machos liberam seus gametas diversas vezes para garantir alguma taxa de sucesso na reprodução e as fêmeas podem liberar até 350.000 ovos por ano, não há associação entre as larvas e seus pais.

A larva pode viajar uma boa distância com as correntes, antes de estarem prontos para se juntar a um agrupamento, após o desenvolvimento, a larva se torna um juvenil e estímulos químicos os avisam que é hora de se estabelecer em meio a um agrupamento já formado ou as margens dele e então passam por metamorfose para sua forma adulta.

Os agrupamentos de bolachas-do-mar são extremamente densos, eles podem amontoar centenas de indivíduos por metro quadrado.

As larvas podem se clonar como método de defesa, quando elas identificam alguma substância química diferente como a de um predador, elas se dividem formando clones menores que ela, ao mesmo tempo que fica menor.

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