O continente sul-americano é um grande centro de desenvolvimento de animais curiosos e fora do comum, algo importante para a evolução da biodiversidade em todo o planeta Terra. Desse modo, há uma série de animais exóticos e pouco familiarizados com o contato com as pessoas na América do Sul, o que pode ser bom em alguns aspectos, mas muito negativo em outros.
No caso do bicho preguiça, por exemplo, o animal não se sente incomodado com a presença humana, mas nem sempre isso é positivo para a manutenção da sua vida. Isso porque o bicho preguiça costuma aceitar relativamente bem o contato com as pessoas, atacando o ser humano apenas quando em situação de grave ameaça – ou, na verdade, quando sente que está em tal situação. Ademais, o bicho preguiça é bastante lento, o que faz com que esse animal tenha dificuldade em fugir das pessoas, algo fatal em diversos casos.
Como consequência de tudo isso, o bicho preguiça é um dos animais mais ameaçados do continente atualmente, estando em estado crítico de conservação em países como o Brasil e a Argentina, por exemplo. Veja, abaixo, qual o risco de o bicho preguiça deixar de existir e qual o seu grau de conservação no momento.
Estado de Conservação do Bicho Preguiça
O bicho preguiça se encontra em péssimo estado de conservação em todo o continente sul-americano, seja pela forma como sofre ataques das pessoas, seja por conta dos muitos predadores naturais que possui na região. O animal, um mamífero biologicamente próximo ao tamanduá, acaba por ser presa fácil para ambas as ameaças. Dessa forma, no Brasil, por exemplo, o bicho preguiça está cada vez mais próximo da extinção, dados os motivos já citados.
Para proteger esse animal, seria necessário que o número de caçadores ilegais diminuísse consideravelmente em todo o continente, algo que não deve acontecer, considerando os níveis atuais de ataques a esse mamífero. Ademais, preciso também que a devastação ao ambiente natural do bicho preguiça diminuísse, outra coisa que não deve acontecer em um futuro próximo, até mesmo pela expansão da fronteira agrícola brasileira para as áreas em que o animal mais está presente.
Dessa maneira, muitas organizações, governamentais ou não, chamam a atenção para o caso desse mamífero, um dos mais simbólicos da região Norte do país, por exemplo. Com o número crescente de doenças da região, as taxas de moralidade do bicho preguiça se tornam ainda maiores.
Qual o Risco de o Bicho Preguiça Sumir?
É bastante improvável que o bicho preguiça desapareça por completo em um futuro próximo, já que a extinção de uma espécie costuma acontecer aos poucos, de forma gradativa. Nesse sentido, o mais provável é que o bicho preguiça vá morrendo aos poucos, sobretudo pela intervenção do homem em seu habitat.
Sem tanto acesso a alimentos, com as doenças levadas pelo homem, além da caça ilegal e da devastação do seu território, é possível que o animal em questão deixe de existir por completo, no Brasil, em um espaço de 20 a 30 anos. Contudo, não é só o Brasil que possui problemas quanto à manutenção do bicho preguiça, já que a Argentina, por exemplo, também não lida muito bem com o mamífero.
No país vizinho ao Brasil, porém, as causas para a redução do animal são ainda mais variadas, já que na Argentina há ainda mais predadores naturais para a preguiça do que no Brasil. De qualquer maneira, se as pessoas ainda querem salvar o bicho preguiça e impedir que mais uma espécie animal seja retirada do planeta, o melhor momento para tomar atitudes é agora.
Características do Bicho Preguiça
O bicho preguiça é um animal de características muito próprias, que conta com um modo de vida peculiar. Portanto, a preguiça consegue passar muito tempo sem ter acesso à água, por exemplo, já que essa substância natural não é tão importante para ela. Ademais, a preguiça pode passar muito tempo também sem realizar as suas necessidades fisiológicas, o que costuma acontecer de uma a duas vezes a cada 7 dias.
Porém, naturalmente há uma explicação muito boa para ambos os fatos, que, na realidade, possuem ligação. No caso, o bicho preguiça possui um metabolismo muito lento, que demora a processar os nutrientes dos alimentos e da água no seu organismo, demorando também a exigir mais nutrientes após fazer uso dos que já possui.
Todo esse cenário faz com que o bicho preguiça demore muito mais para sentir a necessidade de defecar. Por isso, também, o animal se mantém no topo das árvores por bastante tempo, o que até ajuda a diminuir o número de mortes na espécie causadas pelo ataque de predadores naturais. Por fim, o bicho preguiça pode dormir até 14 horas por dia, o que ajuda a explicar o seu metabolismo lento.
Alimentação do Bicho Preguiça
O bicho preguiça possui necessidades de alimentação muito reduzidas quando comparado a outros animais. Dessa maneira, a preguiça acaba por ser capaz de passar muito tempo sem se alimentar, algo essencial em sua luta pela sobrevivência. Isso porque, com a devastação do seu habitat, a preguiça cada vez mais precisa passar longos períodos sem comer. Esse tipo de animal costuma comer, quando se alimenta, uma série de insetos.
Além disso, pequenos répteis e algumas aves podem ser consumidas pelo bicho preguiça, que faz uso da sua unha grande e alongada e da sua força acima da média para atacas as presas e buscar por alimentos. A digestão, para o bicho preguiça, pode levar até mesmo um mês para ser completa, fazendo com que o animal se mantenha distante de muitos perigos. O efeito acaba por ser positivo, também pela dificuldade que a preguiça apresenta de caminhar sobre o solo.
Com patas que não foram feitas para tal, o animal prefere caminhar sobre as árvores, se agarrando de galho em galho. Na região Norte do país, na verdade é muito comum que o bicho preguiça seja visto sobre as árvores, se movimentando em busca de alimentos ou para se distanciar de predadores, o que costuma acontecer à noite, até pelos hábitos noturnos do mamífero.