Os besouros são insetos muito conhecidos pelas pessoas, já que estão presentes em diversos jardins e podem ser facilmente encontrados em locais urbanos. De forma bastante resumida, basta que exista algumas plantas e um pouco de terra para que os besouros estejam lá, independentemente do clima local ou do tipo de solo existente.
Assim, essa proximidade com os seres-humanos faz com que os besouros sejam bastante estudados e muito catalogados por diferentes grupos de cientistas.
Os Besouros na Sociedade
Assim como a joaninha, por exemplo, que pertence também à família do besouro, esse inseto negro gera muito interesse e está no centro de muitas pesquisas. Isso faz com que o número de espécies conhecidas de besouros seja bastante elevada, algo que não acontece com tanta facilidade com outros tipos se insetos.
De forma muito geral e ampla, para identificar um besouro é preciso prestar atenção a uma coisa em especial: a presença de élitros, o primeiro par de asas e que possui consistência coriácea. A presença da córnea, responsável pela proteção do segundo par de asas, também é uma forma de identificar um besouro e diferenciá-lo de outros insetos que possam ser parecidos.
Dessa maneira, a importância dos besouros vai além da simples beleza e do fato de chamar a atenção de muitas pessoas, já que esses insetos ajudam na agricultura e podem ser fortes aliados dos agricultores no momento do cultivo. Porém, em outros momentos os besouros também podem ser considerados pragas para as plantações. Achou contraditório ou confuso? Nós vamos explicar.
O que acontece é que os besouros podem ser considerados pragas nas plantações de diferentes culturas agrícolas, como já ocorreu no passado. Como espécies fitófagas, os besouros são capazes de destruir plantações inteiras e acabar com toda a colheita dos agricultores.
A Utilização dos Besouros
No passado, a presença de um besouro na plantação era vista de forma bastante negativa e providências rapidamente eram tomadas para acabar com o inseto. Contudo, o cenário foi mudando ao longo do tempo, já que, após uma série de estudos e muitos testes práticos, foi descoberto que os besouros são capazes de ajudar os fazendeiros na plantação.
Como? O que acontece é que os besouros são grandes predadores no mundo dos insetos, o que os torna muito perigosos para outros insetos menores. Assim, o que acontece em muitas plantações é o uso do besouro para o controle biológico de outros insetos tão ou mais prejudiciais que eles. Isso fez com que, ao longo dos anos, a imagem do besouro tenha deixado de ser totalmente negativa para se transformar em algo cada vez mais útil para o homem do campo.
Contudo, você se engana se pensa que todos os besouros são iguais e que não há diferenças entre eles. Desde o tamanho, passando pela estrutura física e até a tonalidade de preto, os besouros variam muito. Dessa maneira, existem diversas espécies, que possuem características próprias e se diferenciam das demais por conta desses detalhes especiais.
Um desses besouros é o besouro violino, que possui tamanho elevado e tem, além disso, tonalidade de cor mais clara que os besouros grandes e totalmente negros que estamos acostumados a ver com mais frequência.
Veja abaixo mais informações sobre o besouro violino, além de características do inseto, seu nome científico e a forma de vida de um dos besouros menos conhecidos pelos brasileiros.
As Características do Besouro Violino
O besouro violino não é muito comum no Brasil, já que sua proveniência é do continente africano e asiático. Esse tipo de besouro está presente na lista dos maiores besouros do mundo, chegando a medir até mesmo 10 centímetros quando em fase adulta em alguns casos.
A alimentação do besouro violino é baseada em lagartas pequenas e caracóis, embora eles também possam comer outros insetos menores variados, a depender da quantidade de alimento disponível e das necessidades imediatas desses besouros.
Em situações extremas, por exemplo, quando distante do habitat natural e sem a oferta de alimentos desejada, o besouro violino pode facilmente ingerir alimentos que normalmente jamais estariam presentes na sua dieta. Isso acontece bastante quando o besouro violino é levado para locais mais frios e, naturalmente, com diferentes possibilidades alimentares. Nesses casos, é bastante normal que o besouro violino fuja da dieta básica.
Quando em fase de larva, o besouro violino rasteja pelo solo de maneira muito lenta, servindo como presa fácil para outros predadores. Isso faz com que o tempo de vida desses besouros seja reduzido em muitos casos, já que o número de mortes aumenta de forma considerável na fase de transição para a maturidade, justamente quando o besouro violino está mais exposto a predadores de todos os tipos. Pois, já quando em fase adulta, esse besouro age de forma totalmente distinta e passa a se locomover muito mais rapidamente, dificultando o ataque de outros animais.
O besouro violino atende pelo nome científico de Mormolyce phyllodes. Porém, em qualquer lugar do planeta será mais fácil encontrá-lo a partir do nome de besouro violino, em alusão ao formato do corpo do inseto e à sua cor, que lembram muito um violino.
As Armas de Defesa do Besouro Violino e o Perigo de Extinção
Embora o besouro violino possa ser uma presa muito fácil até realizar a transição para a fase adulta, já quando mais maduro o inseto consegue se defender muito bem de possíveis predadores. Além de serem muito rápidos na locomoção, como já indicado, os besouros dessa espécie ainda têm como forte característica a sua coloração quase transparente. Assim, quando anoitece se torna muito difícil localizar o besouro violino, algo essencial para fugir de ataques e passar desapercebido durante o momento mais escuro do dia.
É por isso que o besouro violino sai para caçar à noite, quando está menos suscetível a ataques variados e pode se camuflar melhor. Contudo, em razão do desmatamento nas florestas que servem de habitat para o besouro violino, essa espécie de besouro está cada vez mais próxima da extinção.
Até o século passado, por exemplo, era bastante comum que os besouros violino fossem encontrados em larga escala na África e na Ásia, algo que já não acontece com tanta facilidade atualmente.