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Besouro Sicofanta: Características, Nome Científico e Fotos

  • Nome científico: Calosoma sycophanta
  • Gênero do ladrão Dolls – Calosoma
  • Família: Besouros terrestres – Carabidae
  • Ordem: Coleóptera
  • Classe: insetos
  • Autor: Linne, 1758

É uma espécie de besouro, europeu, terrestre e muito grande, que vive na floresta, conhecida também como:

  • calosoma dourado
  • calosoma bajulador
  • grande calosoma
  • caçador de lagarta florestal

Possui reflexos verdes metálicos, razão de seu apelido calosoma dourado. Já o codinome de bajulador (sukophantês, em grego), surgiu devido à sua capacidade de detectar sua presa. É também chamado de grande besouro por medir de 21 a 35 mm.

Espécie rara, em declínio, é considerada muito útil na silvicultura e em surtos cíclicos de larvas de Thaumetopea processionea, que se alimentam de carvalho e às vezes de nozes. É importante também para inibir infestações das processionárias de pinheiros, que ao serem invadidos são muito alarmantes por possuírem cerdas que levam alergia.

Importância no Ecossistema

Como espécie predatória entomofágica tem um papel regulador no ecossistema florestal, em especial no que se refere ao consumo de larva da borboleta Lymantria díspar. Consome grande quantidade de lagartas, chegando a devorar cerca de cinco lagartas por dia, inclusive aquelas que apresentam sistemas de defesa como pelos, as quais são desprezadas pelos demais predadores, como os pássaros. Durante um verão, com o consumo de 450 lagartas, em média, é responsável por uma verdadeira devastação da espécie.

A alta qualidade predatória da espécie já foi amplamente reconhecida anteriormente. Tanto que, entre 1905 e 1910 a New Englid, região nordeste dos Estados Unidos, chegou a importar 2.364 besouros adultos da Europa. A finalidade era controlar surtos de mariposa cigana.

Calosoma Sycophanta Característica

Embora essencial aos serviços ecossistêmicos, aos silvicultores e aos agricultores, estudos iniciados no século XX mostram que informações sobre a genética, populações e outros detalhes desta espécie são pouco conhecidos e podem até desaparecer.

Para proteger a espécie, a Calosoma sycophanta foi inserida na Lista Vermelha Europeia. É protegida também nas reservas da Ossétia do Norte, Galichy Gora, Voronezh, Zhigulevsky, Terra Negra Central e Volga-Kama.

Habitat

O nicho ecológico do besouro sycophanta pode ser encontrado na camada herbácea, no estrato do mato, na madeira morta e nos troncos de árvores de florestas com folhas largas e mistas. Gostam de montanhas com alturas de 1500 a 2000 m acima do nível do mar

Características

  • Possui carapaça de quitina que polariza a luz
  • Possui cores metálicas características, azuladas e brilhantes, em tons iridescentes que, de acordo com a quantidade de luz, muda para azul, verde, dourado, acobreado, bronze e preto
  • As mandíbulas são fortes e o corpo é largo
  • O tórax e a cabeça possuem o tom azul escuro
  • Possui as asas anteriores moderadamente convexas, estriadas em verde com reflexos cobre

  • Já foi encontrada uma variação em preto
  • É uma espécie muito ágil na floresta. Estudos mostraram que suas larvas jovens podem viajar quase duas milhas em condições favoráveis de abastecimento
  • Seu poder de dispersão é limitado pois algumas C. sycophanta foram recapturas sempre próximas ao local onde anteriormente foram capturadas
  • Diferente de alguns besouros, esta espécie, costumeiramente permanece em seu habitat e é muito vulnerável à fragmentação florestal pois se desloca por prados em sistema de sebes.

Alimentação

Tanto a C. sycophanta adulto quanto suas larvas são predadoras extremamente ativas e comilonas:

  • As larvas na fase 1 e 2 comem pupas de L. díspar com voracidade.
  • Já as larvas na fase 3 atacam as lagartas
  • Costumam caçar à tarde e alimentam-se também de lagartas de bichos-da-seda
  • Estudos mostram que indivíduos da espécie, devido aos feromônios, têm preferência em comer pupas fêmeas, o que vem reforçar a importância desta espécie para controle e equilíbrio biológico
  • Devoram, em média, 5,76 lagartas por dia, o que significa 100 lagartas em uma só estação.
  • Em um ano a prole de um calosoma fêmea destrói a prole de 20 Lymantria díspar
  • Adultos da C. sycophanta podem voar muitos quilômetros à procura de suas presas, mas têm o hábito de permanecer adormecidos (em diapausa) por vários anos.

Eficácia

Quando é introduzida em populações que já estão em fase de reprodução, sua eficácia é limitada, mas chegam a abolir o risco de uma invasão biológica quando sua presença é detectada desde o início da infestação.

Reprodução

A C. sycophanta é muito vulnerável aos seus predadores, por isso sua taxa de reprodução é baixa. A fêmea fertilizada coloca somente 15 ovos e depois morre. Tanto o acasalamento quanto a postura dos ovos acontecem da primavera ao início do verão, quando as larvas se desenvolvem. Já os besouros mais jovens deixam as pupas em agosto-setembro.

O número total diminuiu em muitos distritos nos últimos anos, mas a espécie já foi criada em cativeiro para estudos ou mesmo introdução ou reintrodução de sua população.

Em alguns lugares, praticamente desapareceu devido à destruição de seus habitats naturais, como desmatamento, processamento de campos e jardins adjacentes às florestas, bem como as próprias florestas, com inseticidas. Assim, recomenda-se limitar o tratamento em massa de campos com inseticidas.

Origem e Distribuição

Proveniente das florestas antigas da África do Norte e Eurásia, a Calosoma sycophanta foi dessiminada por muitos países.

  • A espécie foi introduzida e reintroduzida em ilhas da França para luta contra invasores que ameaçavam as florestas de sobreiros, na Córsega e a partir de 1929 foi considerada climatizada
  • Em Porto-Vecchio, ainda na Córsega, foi introduzida para controle biológico devido a surtos cíclicos de Lymantria díspar, que surgiam a cada oito anos, nos anos de 1953, 1962 e 1970, causando danos intensos

  • Em 1998 e 1989 foram feitas introduções da C. Sycophanta em Connecticut, também para controle biológico de Lymantria díspar.

Atualmente são Encontradas em:

  • Altai, no Cáucaso
  • noroeste da África, Síria e Turquia
  • florestas montanhosas da Ásia Central e do nordeste
  • florestas do Irã e Transcaucásia
  • toda a Europa ao norte
  • Cazaquistão e, possivelmente, noroeste Mongólia
  • para o sul Suécia e Inglaterra, Moldávia, Ucrânia, Bielorrússia
  • Distribuída na Rússia, pelas regiões de Kaliningrado, Bryansk, Tambov, Kaluga, Moscou, Ryazan, Vladimir, Kursk, Voronezh, Lipetsk, Ulyanovsk, Rostov, Volgogrado, Astracã, Tártaros, Bashkiria, Chuvashia, Udmurtia, Orenburg e nos Urais centrais (regiões de Sverdlovsk e Perm), a sudoeste.

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