Os animais marinhos são alguns dos mais fascinantes de que se tem notícias. Eles variam desde criaturas minúsculas até as mais imponentes e assustadoras. Em algum lugar nesse meio-termo temos a Baleia Falsa-orca (nome científico “Pseudorca crassidens”), um mamífero realmente esplendoroso!
Se trata de um animal de grande porte, que possui inúmeras semelhanças – e muitas vezes é confundido – com as orcas, com as quais, na verdade, não possui parentesco.
Mas, uma das coisas que ambas as espécies compartilham é o fato de serem chamadas de “baleias”, quando, na verdade, elas estão mais para golfinhos!
Outra semelhança entre elas é que possuem um aspecto simpático e fofo…mas são animais verdadeiramente perigosos!
A Falsa-orca, inclusive, é chamada por alguns por “a baleia mais feliz do mundo”. Isso graças aos seus imensos dentes, que muitas vezes parecem expressar um sorriso. No entanto, é preciso lembrar que estamos falando de um dos animais mais poderosos dos mares!
Saiba mais Sobre esse Gigante Marinho!
O tamanho é uma das características mais importantes desse animal. Um bebê de falsa-orca pode nascer já com 1,5 metro de comprimento, e em sua fase adulta chegará aos impressionantes 6 metros.
Em relação aos quilos, poderá nascer com 500 quilos, ou seja, meia tonelada. Na fase adulta os machos podem chegar a duas toneladas facilmente, e as fêmeas a mais ou menos 1 tonelada e 100 quilos. O tempo médio de vida desse animal é de 60 anos…desde que ele não tenha a infelicidade de cruzar com o seu maior predador pelo caminho: o homem.
• Características físicas:
Além de do tamanho e peso, é interessante saber que ela tem um formato mais alongado, com cor completamente cinza. Na região do peitoral possui algumas manchas um pouco mais claras do que o restante do corpo. A face é arredondada, e não apresenta “bico” como os golfinhos.
Alimentação e reprodução – como nascem os bebês de falsas orcas, e o que esses animais gostam de comer?
Você já deve ter visto em algum documentário por aí sobre vida selvagem que alguns mamíferos marinhos nadam enquanto são seguidos de perto por seus filhotes. Isso também acontece com a falsa-orca, e pode ser uma cena verdadeiramente bonita!
Segundo algumas pesquisas apontam, os machos tendem a se desenvolver sexualmente um pouco mais tarde do que as fêmeas. Enquanto elas entram na puberdade por volta dos 10 anos, eles podem chegar a isso com 16 ou 18.
A gestação pode durar até 15 meses e meio, e o mais comum é que nasça apenas um filhote, que acompanhará a mãe durante pelo menos 18 meses. Durante esse período da primeira infância, o bebê de falsa-orca irá se alimentar de leite materno e, eventualmente, de alimentos sólidos oferecidos pela fêmea.
• Alimentação da baleia:
Apesar de ser encarada como uma baleia assassina, como as Orcas, esse exemplar pode ser bem menos assustador para outros animais. A preferência da dieta é por lulas, polvos, peixes e, ocasionalmente, outros cetáceos.
Os seus dentes são muito poderosos, ainda assim é raro que ela se alimente de animais muito grandes e fortes, como ocorre com as Orcas, que podem comer focas, leões marinhos e até tubarões.
Falsa-Orca e seu Habitat. Descubra onde Esses Animais Estão!
Não seria exagero dizer que as falsas-orcas estão em todo o mundo. Elas realmente podem ser encontradas em todos os mares, embora a sua preferência seja por águas mais quentes. No Brasil, inclusive, já foram encontrados esses animais em regiões como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Paraíba.
O Havaí é outro local onde as falsas-orcas podem dar as caras. Os grupos desses animais costumam conter de 10 a 50 indivíduos. Mas, existem registros de que comunidades com mais de 100 baleias já foram avistadas!
Imagine só que surpreendente cruzar com uma centena desse imponente animal mergulhando sob as águas de um oceano? Com certeza valeria um belo registro fotográfico!
Mas, infelizmente a falsa-orca sofre uma grave ameaça. Embora não existam confirmações de que ele tenha um predador natural, o homem continua sendo o principal ponto de preocupação para a sobrevivência da espécie.
O Japão é um dos países onde a matança é mais comum. Mas, as falsas-orcas não têm grande utilidade para os homens – elas são mortas por atrapalharem a pescaria de outros peixes, ou por ficarem presas nas redes, principalmente na pescaria de atum.
A poluição dos oceanos também representa um risco para a espécie. Isso porque elas se alimentam de organismos gelatinosos naturais do mar, e podem confundir sacos plásticos com seus alimentos.
Isso faz com que os indivíduos fiquem com o estômago “cheio”, e parem de se alimentar, o que leva a desnutrição e morte.
Apesar disso tudo, os dados referentes ao número de exemplares vivos na natureza hoje, ou mesmo quaisquer outras informações que ajudem a mensurar os riscos dessa espécie, são insuficientes para que ela figure a lista de animais em extinção.
Curiosidades a Respeito das Baleias Falsa-Orca
Esse gigante marinho vem despertando cada vez mais o interesse humano, mas ainda é um animal que demanda muitas pesquisas e estudos para que possamos entendê-lo por completo. No entanto, algumas curiosidades foram registradas com o decorrer dos anos:
• As Falsas-Orcas podem ser consideradas muito mais golfinhos do que baleias, inclusive pertence a mesma família que os simpáticos mamíferos, a Delphinidae.
• Elas compartilham alimentos entre si. Para isso, um animal segura a presa enquanto outros retiram pedaços.
• O primeiro registro a respeito dessa espécie aconteceu em “A history of British fossil mammals and birds”, publicado em 1846 por Richard Owen.
• Cientistas brasileiros afirmam que esse animal pode cruzar com um golfinho-nariz-de-garrafa, e gerar filhotes híbridos.
• Esses filhotes são chamados de “wholphin”, uma mistura de “Whale”, baleia, em inglês, e “Dolphin”, golfinho, em inglês. Dois exemplares existem em Sea Life Park, no Havaí, embora alguns já tenham sido avistados na natureza.
• Assim como a Cachalote, a Falsa-orca é classificada como uma “baleia com dentes”, diferentemente da Baleia azul, que possui cerdas.
O que podemos entender é que esse é um animal verdadeiramente encantador e fascinante. No entanto, ainda há muito o que se pesquisar e a aprender a respeito dele, e para conseguirmos maior familiaridade precisamos, acima de tudo, preservar o habitat e o bem-estar da espécie.