Aves em Extinção no Pantanal

O pantanal brasileiro se trata de uma planície que possui 250 mil km² de extensão, sendo considerado o maior bioma brasileiro.

Sua fauna é caracterizada por uma savana que é alagada pela maior parte de sua extensão, além disso, o bioma é tão grande que abrange o Mato Grosso , Mato Grosso do Sul, a parte norte do Paraguai e a parte leste da Bolívia.

É considerado um patrimônio natural mundial e uma reserva da biosfera pela UNESCO.  Das espécies de  aves existentes no Brasil, 600 das 1.600 se encontram no Pantanal e entre essas 600, 100 espécies estão ameaçadas de extinção.

Neste artigo falaremos sobre a fauna desse bioma tão diversificado que é o Pantanal ou, mais especificamente, sobre as aves que estão em extinção nele.

Pica-Pau-da-Cara-Amarela

O pica-pau da cara amarela Também pode ser conhecido como: cara de canela e joão velho. Porém, seu nome científico é Dryocopos galeatus.

Provavelmente é uma das espécies mais desconhecidas de pica pau, porém, ele se destaca dos outros em muitos quesitos, como:

• O porte grande de até 30 cm;
• As diversas cores pelo corpo como: marrom, branco e o preto; enquanto a face é marrom, preta e bege;
• Para se reproduzir ele monta um ninho a apenas 3 metros do chão.

O pica-pau da cara amarela entrou para o registro de animais em extinção porque desde o ano de 1950 ele não é visto no Brasil e na Argentina, desde 1970.

A razão para sua extinção é simples (e ao mesmo tempo complicada): por ficar perto de áreas urbanas, a espécie sofreu muito com o desmatamento e as construções urbanas que levaram à perda de seu habitat natural.

Matum-do-Nordeste

O Matum-do-nordeste também pode ser conhecido como: mutum-de-alagoas, mitu e mutu; seu nome científico é Mitu mitu.

É uma ave de grande porte podendo chegar a 83 cm; se alimenta de frutos que caem no chão e geralmente bota ovos a partir dos 3 anos de vida.

Hoje existem apenas 100 exemplares da espécie na Crax (sociedade da fauna silvestre); e sua espécie já é considerada praticamente extinta na natureza, porém, ainda há uma chance de que ela sobreviva.

O que ameaça a extinção dessa ave é a destruição do seu habitat natural para plantação de cana-de-açúcar e a consanguinidade: os exemplares que restaram na ONG são parentes próximos, o que dificulta a reprodução entre eles.

Ararajuba

A Ararajuba também pode ser conhecida como: Guaruba e Guarouba; seu nome científico é Guaruba guarouba.

A  ave tem o mesmo porte de um papagaio e possui a cauda longa,  tem as mesmas cores da bandeira do nosso país (corpo amarelo e asas verdes) e se alimenta principalmente dos frutos do açaí, mais brasileira que isso, impossível!

 

A espécie está ameaçada de extinção porque tem um valor muito alto entre os comerciantes (ilegais) de aves,  além disso a perda do seu habitat natural é um outro fator importante e triste.

Saíra-Militar

A Saíra-militar também pode ser conhecida como: saíra-de-lenço, saíra-de-pescoço-vermelho, saíra-de-cabeça-azul e saíra-de-gola; seu nome científico é Tangara cyanocephala.

É uma ave de porte pequeno e tem um corpo de -em média 10 cm; ela possui uma faixa vermelha em volta do pescoço e uma coloração azul na cabeça, nas fêmeas a tonalidade do vermelho é um pouco mais apagada.

Uma curiosidade é que as aves Saíra-militar do Sul são maiores que as presentes no Nordeste.

Elas alimentam de insetos, larvas, néctar de flores e frutas; uma outra curiosidade é que elas andam em bandos mistos com outras espécies de aves.

 

Essa ave tem a espécie ameaçada de extinção por conta do desmatament ilegal para produção de pasto para gado e a atividade ilegal de caçadores de animais silvestres.

Soldadinho-do-Araripe

O Soldadinho-do-araripe também pode ser conhecido como: galo da mata e língua de tamanduá; seu nome científico é Antilophia bokermanni, em homenagem ao zoólogo brasileiro Werner Bokermann.

Possuem porte pequeno de 15 cm ao máximo; a espécie se alimenta principalmente de frutas e insetos e podem viver até 10 anos em seu habitat preservado.

Duas curiosidades interessantes sobre essa espécie: quando a fêmea tem ovos o macho fica cuidando do ninho até os filhotes nascerem; os machos são coloridos enquanto as fêmeas são apenas de coloração verde.

 

A principal ameaça da extinção dessa espécie é a crescente ocupação urbana em áreas florestais, reduzindo a vegetação natural e tirando seu habitat. Ela se encontra em estado crítico de risco de extinção, ou seja, quase não existem mais exemplares.

Udu-de-Coroa-Azul

O Udu-de-coroa-azul leva o nome científico de Momotus momota.

A ave possui porte médio de 50 cm  e também possui uma longa cauda na coloração azul. Uma curiosidade é que seu canto é igual de uma coruja.

Essa espécie se alimenta principalmente de frutos e insetos, mas também de pequenos vertebrados. Se camufla facilmente nas sombras da vegetação e pode viver em bandos pequenos, em casal ou sozinha.

 

Duas das principais causas de sua extinção é a perda de seu habitat natural para o desmatamento e as ocupações urbanas, assim como na maioria das outras aves citadas anteriormente.

A Extinção

A extinção de todas essas aves é resultado da ação humana na natureza, não é uma seleção natural mas sim o resultado da ambição humana (como na caça ilegal) e do desenvolvimento desenfreado das cidades (áreas urbanas invadindo as florestas).

Outro ponto importante a ser citado é o desmatamento, que é ainda pior porque é feito por conta da ambição e também para construir cidades, portanto, o desmatamento -junto com a caça ilegal, é a maior causa de extinção de espécies, que perdem seus habitats.

É importante termos consciência de que vivemos concomitantemente com outros seres vivos, a extinção de animais não deve ser encarada como algo normal; porque são eles que formam a diversidade da fauna brasileira.

Portanto, neste artigo apresentamos algumas das (muitas) espécies ameaçadas de extinção no Pantanal brasileiro; coloquemos as mãos na consciência para defender com mais afinco a causa animal e a bela e diversificada fauna que apenas o Brasil consegue ter.

Quer saber mais sobre os animais em extinção no Brasil? Então, leia também sobre os anfíbios em extinção na Amazônia!