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Arraias: Peso, Comprimento e Nome Científico

As arraias são peixes cartilaginosos, pertencentes a mesma superordem (Baitodea), a qual abriga espécies como o tubarão. Tanto o termo arraia, quanto o termo raia designam o mesmo animal, e ambas as nomenclaturas podem ser encontradas na literatura.

As arraias são conhecidas pelos acidentes causados a banhistas e mergulhadores. No entanto, convém lembrar que nem todas as espécies possuem ferrão, e, para aquelas que possuem, é importante saber estabelecer uma aproximação dócil, de modo que a ansiedade e excesso de movimentação do mergulhador não assustem o animal. O segredo é manter o equilíbrio hidrostático. Também é importante evitar o ato de, no caso das arraias maiores, pegar carona no seu dorso, o que pode acabar estressando o animal.

Atualmente há mais de 300 espécies de arraias, distribuídas em praticamente todos os continentes do planeta. Mesmo com a grande variabilidade de espécies já identificadas, assim como a grande quantidade de ordens, famílias e gêneros taxonômicos, os estudos sobre arraias ainda podem ser considerados escassos. Ainda não foi possível determinar detalhes importantes sobre a rota migratória destes animais, por exemplo.

Neste artigo, você conhecerá algumas importantes características destes animais, tais como o peso, comprimento e nome científico das principais espécies.

Então venha conosco, e boa leitura.

Arraias: Classificação Taxonômica

As arraias pertencem ao Reino Animalia, Filo Chordata, Classe Chondrichthyes, Subclasse Elasmobranchii e Superordem Baitodea.

As espécies de arraias existentes na atualidade estão distribuídas em quatro ordens, são elas: Pristidae, Torpedinidae, Myliobatiformidae e Rajiformidae.

Arraias: Características Generalistas

Anatomicamente, a arraia possui um corpo de formato ‘achatado’ dorsoventralmente, o qual lembra a estrutura de um disco. Possui barbatanas que acompanham o contorno deste corpo e podem se assemelhar-se a asas ou a um tecido flutuante. Possui fendas branquiais que se posicionam por baixo da cabeça. Geralmente são de 5 a 7 pares de fendas branquiais. As nadadeiras caudais são delgadas e longas.

A pele do corpo das arraias é composta por pequeninas estruturas chamadas de dentículos dérmicos ou escamas placóides, o que confere às mesmas um textura áspera. Se alguém passar a mão no dorso de uma arraia terá a sensação de estar tocando em uma lixa.

Arraia no Fundo do Mar
Arraia no Fundo do Mar

A reprodução é do tipo sexuada e a fecundação interna. Nas nadadeiras pélvicas do macho, há um órgão copulatório que também pode ser chamado de clásper ou mixopterígio. As espécies podem ser vivíparas ou ovovivíparas, neste último caso, os ovos ficam protegidos por uma cápsula queratinosa. Os filhotes produzem uma “glândula de eclosão frontal”, responsável por liberar uma substância que dissolve a cápsula que reveste o ovo, só assim a eclosão se torna possível .

Arraias: Peso e Comprimento

O comprimento da arraia varia de acordo com a espécie. A menor arraia mede, em média, 50 centímetros; ao passo que a arraia-jamanta mede 7 metros de extensão de uma barbatana à outra.

As maiores arraias existentes, como é o caso da arraia-jamanta, pesam, em média, 300 quilos, porém esse número pode atingir a incrível marca de 1.500 quilos.

Mulher Nadando ao Lado de Arraias
Mulher Nadando ao Lado de Arraias

Arraias: Ordens Taxonômicas

A ordem dos pristiformes engloba os famosos peixes-serra, os quais também são considerados espécies de arraia; no entanto, possui características diferenciadoras, tais como a maxila bastante alongada e dentes muito sequencialmente dispostos nos bordos exteriores.

Na ordem dos torpediniformes estão distribuídas as arraias que detém potencial em liberar descargas elétricas, ou seja, as chamadas arraias-elétricas. Essas descargas podem variar entre 8 a 220 volts, dependendo da espécie, e são excelentes estratégias de defesa e também de ataque, visto que paralisam as presas. Esta ordem possui 69 espécies agrupadas em duas famílias.

A ordem dos myliobatiformes foi proposta em 1973, pelo biólogo Leonard Compagno e engloba 9 famílias. A famosa arraia-jamanta está inclusa nesta ordem.  Estas famílias são Dasyatidae, na qual estão contidos 6 gêneros, encontrados em áreas tropicais e subtropicais; Gymnuridae, com dois gêneros; Hexatrygonidae, com apenas um gênero encontrado no Indo-Pacífico (com extensão da África do Sul até o Japão e Havaí); Mobulidae; Myliobatide, com sete gêneros ; Plesiobatidae, a qual possui apenas um gênero e uma única espécie; Potamotrygonidae; Rhinopteride, de um único gênero e quatro espécies; e Urulophidae, com dois gêneros e 35 espécies.

A ordem dos rajiformes foi proposta pelo biólogo L.S. Berg, no ano de 1940, e abriga 5 famílias, sendo elas a Anacanthobatidae, com 13 espécies e dois gêneros; a Rajidae, com 14 gêneros e cerca de 200 espécies; a família Rhinidae (cujos dados científicos ainda são insuficientes); a Rhynchobatidae, formada por um gênero e 6 espécies; e a família Rhinobatidae (cujos membros são conhecidos como peixes-guitarra e peixes-viola), composta por 11 membros. A família Rhinobatidae, particularmente, possui como única tática de defesa o ato de esconder-se na areia dos fundos oceânicos, não possuindo veneno e nem ferrão.

Arraias: Nome Científico das Principais Espécies

Algumas das principais espécies de arraias são a arraia-jamanta (nome científico Manta birotris),a arraia-elétrica (nome científico Torpedo spp.), a arraia tigrada (nome científico Zanobatus schoeleinii) e a arraia-mariposa (nome científico Gymnura spp.), entre outras.

Arraias: Hábitat

Arraias Nadando Juntas na Mesma Direção
Arraias Nadando Juntas na Mesma Direção

As arraias tem o hábito de se camuflarem no interior dos mares e oceanos, ao enterrarem-se parcialmente na areia, deixando apenas os olhos emersos.

O hábito de viverem no fundo do mar as caracteriza como animais demersais (criaturas aquáticas que, mesmo com capacidade de natação, passam a maior parte do tempo em associação com o substrato); embora algumas espécies de arraias, tal como a arraia-jamanta, receba a classificação de animal pelágico, ou seja, um animal de habita tanto ecossistemas do fundo dos mares, quanto das plataformas continentais. Embora, haja a preferência por água salgada, algumas espécies de arraias podem ser encontradas em áreas de água doce.

Aqui no brasil, áreas geográficas específicas nas quais as arraias já foram vistas incluem o litoral do sudeste, durante o inverno, com atenção específica para o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos.  Esses animais podem ser vistos durante a sua fase reprodutiva.

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Depois de conhecer importantes características sobre as arraias, continue conosco e visite outros artigos do site.

Até as próximas leituras.

REFERÊNCIAS

Britannica Escola. Capes. Arraia. Disponível em: < https://escola.britannica.com.br/levels/fundamental/article/arraia/482336>;

Cultura Mix. Tudo Sobre as Raias. Disponível em: < https://meioambiente.culturamix.com/ecologia/fauna/tudo-sobre-as-raias>;

Mikko’s Phylogeny Archive. BATIDOIDIMORPHA- rays. Disponível em: < https://www.helsinki.fi/~mhaaramo/metazoa/deuterostoma/chordata/chondrichthyes/elasmobranchii/squalea/badidoidimorpha.html>;

Wikipédia. Baitodea. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Batoidea>.

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