Aranha Golias Comedora de Pássaros Características e Fotos

Se uma aranha pequena já causa uma agonia danada em muita gente, adultos e crianças, imagina então se defrontar com uma aranha tão grande quanto um prato de comida?!! Assustador só de imaginar, não é?! Pois é de uma aranha assim que falaremos agora: uma aranha golias comedora de pássaros.

Aranha Golias Comedora De Pássaros: Características E Fotos

Seu nome científico é theraphosa blondi, e esta é uma espécie de aranha migalomorfa da família de theraphosídeos. Podemos resumir seu nome comum para aranha golias. É a maior espécie conhecida de aranha, com 30 cm de envergadura, para um peso que vai de 120 a 170 gramas.

É marrom na cor, sendo que a coloração varia com a aproximação de uma muda, ou logo após esta. É facilmente reconhecida pelo seu tamanho incomum e seu cefalotórax, que, ao contrário de outras caranguejeiras, é perfeitamente redondo. Tem ganchos de 2 cm e um veneno neurotóxico, mas não muito ativo em humanos.

No entanto, o tamanho e a força dos ganchos causam dor severa no caso de uma mordida. Vivendo em um ambiente úmido, esta aranha cava sua toca profundamente no chão ou usa uma toca abandonada. Ela caça à espreita no chão e fica ativa apenas à noite. O chilrear serve como alerta para um potencial predador.

O costume de denominar essa aranha como “comedora de pássaros” se deu após ter sido vista em uma pintura  do século 18,  onde foi retratada por uma artista comendo um beija-flor. Apesar do nome na aranha, ela raramente ataca os pássaros. Ela é a maior aranha do mundo. Só existe uma outra aranha que tem as pernas um pouco mais compridas, a heteropoda maxima.

Distribuição e Habitat

A aranha golias é nativa das regiões de floresta tropical de terras altas do norte da América do Sul: Suriname, Guiana, Guiana Francesa, norte do Brasil e sul da Venezuela. Mais notável na floresta amazônica, a aranha é terrestre, vive em tocas fundas e é encontrada comumente em áreas pantanosas. É uma espécie noturna.

A umidade relativa no seu habitat natural, fica em cerca de 80 a 95% a uma temperatura de 25 a 32°C. A aranha golias comedora de pássaros prefere áreas úmidas. Nesse ambiente ela escava tocas profundas no solo, a fim de ter um retiro suficientemente úmido em épocas de seca.

Como se não bastasse o tamanho surpreendente de uma aranha dessa, ela fica ainda mais amedrontadora quando faz barulho a noite. Estas aranhas golias comedoras de pássaros produzem, antes de descascar os pêlos urticantes, tonalidades de alerta, chamados estridulação.

Estridulação Da Aranha Golias

Quando perturbada, a aranha golias comedora de pássaros pode produzir um ruído sibilante bastante alto, esfregando as cerdas nas pernas. Diz-se que o volume pode ser audível a uma distância de até 4,5 m. No caso das aranhas, os sons geralmente são gerados com os pedipalpos, tanto esfregando os pedipalpos nas bordas chanfradas quanto batendo com os palpos ou as pernas caminhando sobre o substrato.

Algumas espécies, por exemplo o gênero sparassidae, criam sons através das vibrações do corpo na superfície. Teias de aranha, almofadas ou lençóis podem ser usados como placas de som. A estridulação é geralmente usada para comunicação intra-espécies, principalmente no namoro em que o macho se estende com os palpos para se anunciar à fêmea ou para atrair fêmeas de acasalamento, mas também para o reconhecimento da espécie e dissuasão (comunicação interespecífica).

Predadores são susceptíveis de ser dissuadidos, imitando as frequências dos predadores. Às vezes, tarântulas maiores como a aranha golias comedoras de pássaros produzem sons para defesa contra animais maiores, tipo os humanos. A maioria dos sons das aranhas menores é inaudível para os humanos e por isso pouco se sabe sobre a estridulação das aranhas. Pode-se supor que a estridulação seja generalizada em aranhas.

Comportamento Das Aranhas E Usos Por Humanos

Como já dito, em resposta a ameaças, as aranhas golias comedoras de pássaros estridulam esfregando as cerdas em seus pedipalpos e pernas. Mas também quando ameaçados, elas esfregam o abdômen com as patas traseiras e soltam pêlos que são gravemente irritantes para a pele e para as membranas mucosas. Estes pêlos urticantes podem ser prejudiciais aos seres humanos.

Como todas as tarântulas, as aranhas golias têm presas grandes o suficiente para romper a pele de um humano e carregam veneno em suas presas. é bom estar atento pois aranhas golias podem sim morder caso sintam-se ameaçadas e levando em consideração o tamanho de suas presas, pode-se supor que uma mordida dessas aranhas dever doer um bocado. Há quem diga que é semelhante a picada de uma vespa.

Mas o veneno é de pouca ou nenhuma preocupação pois já foi atestado que é inofensivo para os humanos, salvo exceções em pessoas suscetíveis a alergias. Porém, é muito provável que, caso a aranha golias realmente morda alguém, seja a chamada  “mordida seca”, ou seja, sem veneno. Isso porque o comportamento de morder dar-se-á apenas como um gesto defensivo e não de ataque. Aranhas golias só injetam instintivamente seu veneno ao abordar presas, como um instrumento de ataque e não como um instrumento de defesa.

Como também já dissemos, apesar de seu nome, a aranha golias raramente ataca pássaros. Na natureza, sua dieta consiste principalmente de outros grandes artrópodes, vermes e anfíbios. No entanto, devido ao seu tamanho e comportamento predatório oportunista, esta espécie normalmente mata e consome uma variedade de insetos e pequenos vertebrados terrestres. Na natureza, a aranha golias já foi observada alimentando-se de roedores, anfíbios, lagartos e até cobras.

A aranha faz parte da culinária local no nordeste da América do Sul, preparada cortando os cabelos urticantes e assando-os em folhas de bananeira. Para alguns nativos sul-americanos, a aranha golias é usada como alimento rico em proteínas. Seu gosto é descrito como semelhante ao da lagosta ou do caranguejo.

Existem terrários da aranha golias, visto que ela é muito popular por causa de seu status como a maior aranha do mundo e sua aparência imponente. Atualmente, existe uma proibição de exportação da Guiana Francesa para espécies desse gênero, o que levou a um aumento significativo nos preços da prole.