Quais São Os Animais Que Não Sentem Dores?
Uma das maiores polêmicas da culinária e foi a compreensão sobre a possibilidade das lagostas, peixes e outros frutos do mar sentir dores. Isso porque existe especulações que afirmam o contrário.
Por outro lado, estudos apontam que todos os animais que possuem um sistema nervoso, são capazes de ter sensibilidade aos desconfortos físicos conhecidos como dores. Fato que não ocorre com seres vivos como as plantas, por exemplo.
Logo, as doutrinas acerca do tema são divergentes em vários pontos desta afirmação. Para alguns profissionais os peixes são animais que não são capazes de conter tal sensibilidade, e para outros, o oposto. Ambas as afirmativas se seguem de estudos acerca de alguns animais marinhos, chegando à conclusões diferentes mas ainda assim comprovatórias! Por fim, serão mencionadas posteriormente. Se você está curioso para saber se é possível algum animal não sentir dores, é só ficar ligadinho nas próximas informações!
Fatos Curiosos
A culinária se preocupa com o fato dos animais marinhos serem sensíveis aos desconfortos físicos porque cozinhar esses animais pode trazer um grande e lento sofrimento aos mesmos dentro da panela. Portanto, por uma questão humanitária, para fazer com que este sofrimento seja breve alguns profissionais afirmam que o ideal é mata-los rapidamente antes de cozinhar. Nesse contexto, as lagostas são animais sensíveis, e esta regra se aplica à mesma, mas em relação aos peixes, o tratamento pode ser diferenciado.
A Ciência Discorda: Os Peixes Não São Animais Capazes de Sentir Dores
Existem registros de estudiosos afirmando que os peixes não possuem essa sensibilidade, assim como também existem cientistas que afirmam o contrário desta afirmativa. Em relação ao primeiro posicionamento, é o caso do estudo dirigido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, publicado posteriormente no jornal científico Fish and Fisheries, que diz e demonstra que os peixes são incapazes de sentir dores, ainda quando são fisgados por anzóis! Por outro lado, Victória Braithwaite, uma renomada bióloga da Universidade Estadual da Pensilvância, afirma que conseguiu obter evidências, vale ressaltar que substanciais, de que os peixes possuem consciência e também sensibilidade, em relação às dores que sentem, sejam elas causadas pelo meio externo ou não.
O Fator Cerebral e Também Parte Do Sistema Nervoso Como Explicação À Falta De Sensibilidade Dos Peixes
Isso ocorre devido a falta de uma estrutura cerebral em seus corpos, e também ausência de terminações nervosas em quantidades adequadas que permitam sentir os desconfortos trazidos pela dor. Nesta linha de raciocínio, os pesquisadores ainda afirmam que nos momentos em que os peixes se debatem após serem pegos, na verdade o ato caracteriza uma reação inconsciente do animal, e não evidencia algum tipo de sofrimento. Ainda assim, é de suma importância entender que existem diversas classes de seres vivos como os vírus e outros micro-organismos, micróbios ou bactérias por exemplo, que podem contar com as mesmas faltas mencionadas em relação aos peixes.
Logo, existe a possibilidade de outros animais ou seres vivos que ainda não foram estudados, não serem sensíveis aos desconfortos físicos por contar com as condições referidas acima. conclui-se portanto que a dor não é uma condição para classificar a vida de um ser humano ou animal, tendo em vista que o organismo para estar sensível aos fatores externos que nos causam dores, é preciso contar com a existência de um sistema nervoso e outros aspectos ligados ao âmbito cerebral para enviar esta mensagem e associar à dor.
O Fator Usado Como Explicação À Existência De Sensibilidade Dos Peixes Às Dores
Os peixes segundo a bióloga Braithwaite, possuem neurônios chamados de nociceptores, responsáveis por detectar tanto os perigos em potencial, assim como também as altas temperaturas, pressão e produtos químicos postos nos mares em proximidade a estes animais. Nesse contexto, também, possuem os chamados opióides que são caracterizados como analgésicos naturais do organismo do peixe, apresentado por outros animais mamíferos em momentos que são submetidos à dor.
A própria natureza dos animais em geral, aquáticos ou não, lhes dão atributos para auxiliar por meio dos seus próprios organismos, alguns impasses postos no mundo externo pela lei da adaptação. Os peixes por sua vez, possuem e se adequam com uma funcionalidade do corpo usual relativa à dor. Trata-se de uma atividade cerebral que também possuem os mamíferos, para afastar as situações que os causam dores. Este é um comportamento natural de algumas espécies e por isso justifica-se para a pesquisadora e bióloga Braithwaite que eles são animais sensíveis a tais desconfortos, pois caso contrário, seu próprio organismo não teria esta proteção à sua disposição nos momentos de necessidade para ser beneficiados com ela.
Trutas Arco-Íris
As trutas foram estudadas para confirmação de que são peixes que sentem dores físicas conscientemente. Isso porque diversas vezes são animais que evitam determinados percursos para não correr riscos. Então alguns cientistas utilizaram legos para traçarem alguns caminhos a serem percorridos pelas trutas, e injetaram nas mesmas ácido acético. Elas obtiveram reações que responderam a dor da injeção, e tiveram bastante dificuldade para ultrapassar as barreiras criadas pelos blocos formados de legos.
Afinal, Os Peixes Sentem, Ou Não Sentem Dores?
Logo, resta evidente que sobre o assunto, a ciência diverge. Contudo, é importante salientar que algumas espécies como foi o caso do primeiro estudo mencionado, realmente apresentam a falta de mecanismos que ocasionam a sensibilidade desses animais. Em outros peixes de diferentes espécies, podem contar com outra formação do organismo, que permitem à sensibilidade. Não é prudente portanto, generalizar ambas as afirmações, pois cada caso concreto deve ser avaliado, e cada espécie estudada, tanto a título de informação, quanto a título de proteção desses bichinhos.
Portanto, nos casos de restaurantes que vendem pratos com diversos frutos do mar, o ideal é que façam o menor sofrimento possível da criatura. Ainda que sejam postos à alimentação de terceiros, o que já é cruel, seria ainda mais permitir que o sofrimento fosse ainda maior. Então que as lagostas sejam postas à morte de maneira rápida, assim como os outros animais aquáticos possuindo ou não a capacidade de sentir dor física.