Acredito que, no meio ambiente, não há nada mais trágico do que a extinção de uma espécie, seja fauna ou flora. Porém, ainda é possível manter as esperanças quando a natureza se encarrega de não deixar isso acontecer e, em vários casos, nos presentear com o retorno do que se pensava perdido…
Vamos conhecer algumas espécies que da mesma forma se perderam no tempo e se pensaram extintos, apenas para retornar de forma chocante décadas, e às vezes séculos, depois.
Eutriorchis Astur
Acreditava-se que esta águia estava extinta depois de ter passado sessenta anos sem ser vista. Em 1993, o cientista Russell Thorstrom mudou isso simplesmente indo dar um passeio pela floresta.
Porphyrio Hochstetteri
Acreditava-se que a bela ave endêmica da Nova Zelândia tinha sido extinta no final do século 19. Em 1948, o Dr. Geoffrey Orbell mudou isso com a descoberta da ave nas Montanhas Murchison de Fiorland.
Turnix Worcesteri
Acreditava-se que esta raríssima codorniz das Filipinas tinha sido extinta quando, de repente, apareceu em um mercado de aves em Luzon, em 2009. Anteriormente, era conhecida apenas por desenhos de espécimes de museu com décadas de existência.
Gallotia Bravoana
Apesar de ter cerca de meio metro de comprimento, desajeitado e lento, este lagarto habilmente evitou a detecção por tempo suficiente para ser considerado extinto por centenas de anos. De fato, todo conhecimento científico do réptil vinha originalmente de registros fósseis. Foi finalmente encontrado em 1999, quando os cientistas encontraram seis nas fendas de falésias na ilha das Canárias.
Potorous Gilbertii
Descoberto pela primeira vez em 1841, este marsupial australiano do tamanho de um coelho apareceu pela última vez em 1879. Acreditava-se que eles estavam extintos em 1909 e uma longa busca na década de 1970 não encontrou sinais de sua existência; até ele resolver reaparecer em 1994.
Solenodon Cubanus
Descoberto pela primeira vez em 1861, apenas 37 vezes essa espécie bizarra de rato com uma mordida venenosa já foi capturada. Em 1970, foi rotulado de extinto como o último avistamento tinha sido em 1890. No entanto, em 1974 e 1975, três foram capturados. Desde então, encontrar essas criaturas noturnas e solitárias tem sido extremamente raro. Quando um foi encontrado em 2003, já se pensava de novo que o animal havia sido extinto.
Parachoerus Wagneri ou Catagonus Wagneri
Originalmente descrito em 1930 baseado em registros fósseis, acreditava-se que este animal semelhante a um porco encontrava-se extinto por 10.000 anos. Nativo da América do Sul, a existência dessas criaturas de dois metros de altura era conhecida pelos nativos, mas a comunidade científica não sabia nada até 1974. Atualmente, existem cerca de 3000 no mundo.
Equus Ferus Caballus
Embora conhecidos no mundo antigo, esses pequenos cavalos foram esquecidos após 700 DC e foram considerados extintos por cientistas modernos. Redescoberto por uma princesa em 1965, hoje o Cavalo cáspio pode ser encontrado em vários lugares do mundo, incluindo os Estados Unidos e a Inglaterra.
Mustela Nigripes
Chamado de mamífero mais raro da América do Norte pela Federação Nacional da Vida Selvagem, este membro da família da doninha, ferido pela perda de habitat e doença, foi declarado extinto em 1979. Mas um cão de fazenda capturou um em 1981 que, embora morto pelo cão, trouxe novas esperanças aos conservacionistas. Atualmente a espécie está recuperada com sucesso, menos aquele que o cãozinho matou, coitado!
Balaenoptera Omurai
O problema dessa baleia não é que ela seja extinta. O problema é que ela é extremamente rara, muito raríssima de ser documentada. Tanto que só foi descoberta pela primeira vez em 2003 e depois só pode ser novamente documentada em 2016. Essa sabe se esconder muito bem… Tomara que seja isso né?! Porque o bicho homem é o tipo de animal que é melhor evitar mesmo!
Moschus Moschiferus
Dizimado pela caça e desmatamento não regulamentados do Afeganistão, o Cervo-almiscarado Kasmir passou despercebido de 1948 a 2009. Depois de examinar as últimas florestas remanescentes do país, uma equipe de pesquisadores conseguiu várias observações do animal esquivo. Deixa o bicho quieto!
Anolis Proboscis
Reconhecido por seu nariz distinto, acreditava-se que essa espécie conhecida como lagarto pinóquio estava extinta há pelo menos 50 anos. Mas foi redescoberto em 2005 nas profundezas das florestas do Equador por um ornitólogo que o viu atravessando uma estrada.
Dasyurus Viverrinus
Acreditava-se que este marsupial indescritível havia sido extinto do continente australiano há mais de 50 anos, mas foi recentemente redescoberto em Nova Gales do Sul. Embora tenham sido difundidos na Tasmânia, foram erradicados da Austrália maior pela introdução de raposas vermelhas, e o último registro confirmada do animal aconteceu em torno de Sydney em 1963.
Bitis Cornuta Albanica
Esta serpente é uma subespécie de víbora extremamente rara que se encontra em províncias do Cabo Oriental na África do Sul. A cobra é marrom-avermelhada a marrom com alguns inchaços sobre os olhos. A espécie havia desaparecido há mais de uma década, e acreditava-se que estaria extinta até que quatro espécies vivas e uma morta foram confirmadas em 2016 e no início de 2017. Ainda assim, os pesquisadores só viram doze espécimes desde a descoberta inicial da cobra em 1937.
Pterodroma Cahow
Quando os exploradores espanhóis chegaram pela primeira vez às Bermudas, o chamado misterioso desses pássaros os assustava. E com a eventual chegada dos espanhóis e novos predadores como cães e gatos, a ave foi extinta em 1600. E essa crença permaneceu por mais 350 anos, até que uma equipe finalmente encontrou algumas em Enseadas de Castle Harbour em 1951. Uma espécie cuja população chegava a milhões, mas na época de sua redescoberta, havia apenas 36. Existem atualmente cerca de 180 vivos hoje.
Uma Esperança não Confirmada
Atualmente há uma grande expectativa dentro da comunidade científica e das organizações conservacionistas quem que uma suspeita se confirme verdadeira. Surgiram boatos de avistamentos de um animal extinto há décadas, e que agora pode ainda estar vivo. Estamos nos referindo ao thylacinus cynocephalus.
O lobo da Tasmânia ou tigre da Tasmânia era nativo da Austrália continental, Tasmânia e Nova Guiné. O último tigre da Tasmânia conhecido morreu em um zoológico na ilha da Tasmânia, no sul da Austrália, no Zoológico de Hobart, em 1936.
Animais vistos no extremo norte da Austrália em 2013, no estado de Queensland, podem ser tigres da Tasmânia, mas sem nenhuma confirmação registrada. Evidências de qualquer maneira levou os cientistas a começar a olhar para esta espécie que já é considerada ausente durante oitenta anos.
Um dos maiores fatores para a extinção do tigre da Tasmânia é o ser humano, pra variar. O animal já era perseguido e caçado pelo homem na Austrália por dois mil anos, tendo sido praticamente isolado em sua existência somente na ilha. E mesmo ali, até recompensas eram oferecidas pra quem conseguisse matar o animal.
O tigre da Tasmãnia foi perseguido por muitos nos tempos modernos com acusações de que eles roubavam galinhas e ovelhas de fazendeiros. Homens chegaram ao ponto de divulgar imagens falsas de tigres da Tasmânia com galináceo na boca só para confundir e alastrar a inimizade contra a espécie, o que de fato acabou acontecendo.