No post de hoje iremos falar um pouco mais sobre as características gerais das aranhas e focaremos especialmente na sua anatomia, estrutura e ficha técnica. Continue lendo para aprender mais, e tudo isso com fotos!
Características Gerais Das Aranhas E Ficha Técnica
As aranhas fazem parte da ordem dos artrópodes e classe Arachnida. Também podem ser chamadas de aracnídeos, palavra que vem do grego. É um animal que está presente em todos os continentes, exceto na Antártida, e pode ser vista em praticamente todos os habitats terrestres. Famosa por deixar as pessoas com medo, inclusive algumas são extremamente perigosas, elas tem uma anatomia bem interessante. Possuem oito pernas e quelíceras, que são projetadas para injetar venenos.
Possui um dos sistemas nervosos mais desenvolvido e centralizado dos artrópodes todos. Sua característica mais reconhecida é em relação as suas teias, que utiliza da seda produzida pela própria aranha, que é uma estrutura de base proteica. Ela é leve, mas ao mesmo tempo extremamente forte e elástica, considerada mais forte que diversos outros materiais sintéticos que utilizamos. É nela que os insetos e alimentos que ela irá consumir ficam presos. O tamanho das aranhas varia de espécie para espécie, podendo ser minúscula ou a maior conhecida que tem 20 centímetros de envergadura. A menor do mundo tem o tamanho da cabeça de um alfinete.
Dentro dessa ordem, existe duas subordens, a Opisthothelae, que é a mais abundante e diversificada e tem também a Mesothelae, que inclui apenas aranhas asiáticas extremamente raras de serem vistas. Há mais ou menos 40.000 espécies de aranhas espalhadas pelo mundo e divididas em 100 famílias. Elas são muito vistas em mitologias e artes como simbolo de paciência e crueldade. Das quarenta mil, apenas mais ou menos 30 espécies de aranhas podem apresentar perigo real para os humanos. Veja a seguir a classificação científica/ficha técnica da aranha:
- Reino: Animalia;
- Filo: Arthropoda;
- Classe: Arachnida;
- Ordem: Araneae;
- Subordens: Mesothelae e Opisthothelae
Anatomia Das Aranhas E Estrutura
Compreender a anatomia da aranha pode parecer uma questão difícil e desinteressante, mas iremos mostrar que é completamente o contrário. Primeiro vamos ao básico, devemos entender que elas são animais que possuem um cefalotórax, ou seja, a cabeça é fundida ao corpo. Esse corpo é revestido por uma carapaça bem dura e resistente, no qual chamamos de exoesqueleto, que é feito de quitina. Esse exoesqueleto vai sendo trocado enquanto o animal cresce, logo, nos primeiros três anos de vida, trocam 4 vezes por ano. Os locais que ficam seus olhos e bocas e outros são diferentes do que estamos acostumados.
Como por exemplo, os olhos, que normalmente são oito no total (algumas podem chegar a ter nenhum olho também), ficam na parte anterior do cefalotórax, juntamente com alguns pares de apêndices que são articulados. O primeiro par é de quelíceras, e utilizado na hora de capturar o alimento e conseguir leva-lo até a boca. As quelíceras são presas venenosas, e logo após paralisar a vítima com sua neurotoxina, a aranha vomita enzimas digestivas que liquefazem os órgãos da presa, depois, suga tudo pela boca. Cada um desse par apresenta um acúleo, que tem o formato de garra e é de lá que abre-se o duto da glândula de veneno. Nós também temos o par de pedipalpos, esses já são utilizados na trituração dos alimentos, e nos machos ainda ganham uma nova função, que é para ajudar na hora da cópula. O restante são patas locomotoras.
Diferentes de alguns de seus parentes, elas não apresentam antenas. A única abertura que pode ser vista é a da boca, enquanto que a genital, respiratória e fiandeira (por onde os fios de seda saem na hora de construir a teia) são abdominais e ventrais. Podemos dividir seus órgãos assim: no cefalotórax encontram-se a boca, estômago e cérebro, já no abdômen fica o coração, pulmões e os órgãos reprodutivos. Há algumas diferenças na anatomia de algumas espécies, mas de forma geral e básica são dessa forma.
Do exoesqueleto elas produzem suas teias, nas aranhas de espécies menores, normalmente produzem a teia de forma suspensa. Já as caranguejeiras, também conhecidas como tarântulas, constroem suas tocas no chão, e atacam quando as presas passam por perto. Algumas aranhas são capazes de predar até mesmo pássaros e roedores. Das 40.000 espécies, cerca de 4.000 aqui no Brasil são perigosas (não necessariamente mortais). As mais comuns de atacarem são três: aranha marrom, armadeira e a viúva negra.
Em seus pelos, há o seu maior poder. É o seu sentido primário, que é mega sensível a qualquer movimento em superfícies e ventos. Dessa forma, ela consegue se orientar melhor, já que sua visão não é muito boa, e raramente enxerga mais que meros vultos. Na extremidade que das suas patas, elas tem um formato côncavo com vários pelinhos, dessa forma o animal consegue ter aderência a todos os tipos de terrenos. Em alguns casos, como as caranguejeiras, elas podem usar os pelos como autodefesa. Nesse caso, chacoalham-se para que pelos farpados saiam.
Seu sistema circulatório é aberto, e em questão disso, temos uma curiosidade bem interessante. Quando as aranhas morrem, elas morrem de pernas fechadas, isso porque para conseguir abri-las, o sistema circulatório precisa exercer pressão. Um sistema aberto quer dizer que não há nem veias, nem artérias, e que a hemolinfa (o equivalente ao sangue), carrega os nutrientes e oxigênios através do coração, que trabalha como um tubo longo com válvulas para bombear líquido.
Esperamos que o post tenha te ajudado a entender e aprender um pouco mais sobre a anatomia, estrutura e ficha técnica das aranhas e em relação a ouras características. Não esqueça de deixar sue comentário nos contando o que achou e também deixar suas dúvidas. Ficaremos felizes em ajuda-los. Você pode ler mais sobre aranhas e outros assuntos de biologia aqui no site!