O que os Sapos Comem?
Em sua alimentação, os sapos costumam comer os mais diversos tipos de insetos, entre os quais, besouros, moscas, pernilongos, aranhas, louva-a-deus, minhocas, lesmas, entre outros, que eles caçam, avidamente, com uma língua extremamente pegajosa e que não oferece a menor chance de defesa à vítima.
A caça geralmente ocorre à noite, ou durante o dia, quando o ambiente está mais úmido e frio. Durante o período reprodutivo eles estão mais agitados – e também famintos -, e por isso é muito comum que sejam atropelados, muitas vezes em levas sucessivas, a ponto de fazer com que muitas Ongs unam-se em prol de criar estruturas subterrâneas por onde eles possam transitar e preservar as suas vidas.
Apesar de terem sido eleitos, injustamente, como símbolos de magia negra, bruxaria, feitiçaria, rituais sombrios e tudo o que há de mais repugnante na natureza, o que se pode dizer dos sapos é que eles são verdadeiros parceiros do homem civilizado.
Eles funcionam como grandes controladores dos mais diversos tipos de pragas com os quais o homem muitas vezes se vê em apuros.
Eles protegem a agricultura do ataque de insetos, evitam a proliferação de determinadas doenças, possuem substâncias em seus organismos bastante utilizadas pela medicina, sem contar que, para algumas culturas, são iguarias apreciadíssimas – na verdade disputadas avidamente em diversas sociedades espalhadas pelo mundo.
O que seria de algumas plantações de alface, tomate, rúcula, agrião, etc., se não fosse o seu apetite insaciável por diversos tipos de lesmas, grilos, gafanhotos, além de outras pragas que são verdadeiros flagelos para as culturas de hortaliças em todo o mundo? E quanto de agrotóxicos não são evitados pela ação providencial dessa espécie na natureza?
Sem dúvida, a alimentação dos sapos (o que eles comem), por mais improvável que essa afirmação possa parecer, tem o poder de reduzir, e muito, os custos do segmento da agricultura. E ainda, por tabela, contribui com a produção de matéria orgânica, sem a qual a maioria das culturas jamais poderia sobreviver.
Mas isso ainda não é tudo! A alimentação dos sapos contribui para que a vida dos humanos não seja um verdadeiro inferno, em um convívio diário, e insuportável, com moscas, pernilongos e demais parasitas que não são apenas um incômodo – na verdade alguns desses insetos são os maiores responsáveis pela transmissão de doenças no mundo.
São doenças como a temida Helicobacter pylori, por exemplo. Uma bactéria que está entre as principais causadoras de gastrites e úlceras em seres humanos, e que agora já se sabe que pode ser encontrada em cerca de 15 moscas diferentes, segundo as mais recentes investigações científicas.
Características da Alimentação dos Sapos
Os sapos têm dois imensos olhos, e isso não é à toa! Eles precisam deles para guiarem-se durante a noite – o período escolhido para a caça – , enquanto o dia eles reservam para um descanso; para simplesmente não fazerem nada; em meio às folhagens e ao ambiente natural onde vivem.
Eles são típicos animais oportunistas, pois o que preferem mesmo é contar com a imprudência das suas presas que, distraídas, acabam condenadas a serem as suas refeições do dia.
Para isso eles utilizam-se da sua principal ferramenta: uma língua pegajosa e extremamente eficiente, que em espécies com 50 ou 60cm de comprimento pode atingir os assustadores 60cm de distância e pesar até 3 vezes o seu próprio peso.
Em um movimento rápido, a língua alcança a vítima, que não consegue esboçar a menor resistência; e antes ainda é pressionada no céu da boca (que possui uma espécie de serrilha) antes de ser engolida praticamente inteira, em um dos fenômenos mais curiosos da natureza.
Mas não são todas as espécies de sapos que utilizam-se desse artifício para a sua alimentação. Existem alguns tipos, bastante comuns na Floresta Amazônica, que comem as suas presas semelhantemente a um peixe comum. Isso sem contar o famigerado “sapo do diabo” que, reza a lenda, era capaz de devorar até mesmo pequenos filhotes de dinossauros – um evento dos mais originais e sui generis da natureza.
Outras Curiosidades Sobre a Alimentação dos Sapos (Sobre o que eles Comem).
Uma outra curiosidade sobre a alimentação dos sapos, é que, em sua fase de girinos, eles são espécies tipicamente vegetarianas. Eles alimentam-se de restos vegetais que flutuam no ambiente aquático onde desenvolvem-se, e só mais tarde, já na fase adulta, descobrem as delícias de um cardápio à base dos mais variados tipos de insetos.
Mas estes “projetos de sapos” também podem comer, em alguns casos, restos de animais, outros girinos mortos, as substâncias nutritivas dos ovos, etc. Mas esses são casos especiais, e que muitas vezes estão relacionados com a escassez de alimentos ou com determinadas mutações genéticas que podem ser observadas em algumas espécies.
Outra curiosidade sobre esse membro mais famoso da classe dos anfíbios, é que, diferentemente do que se imagina, eles não bebem água – pelo menos não como as demais espécies. Para essa importante função, a natureza proveu-lhes com um mecanismo que, apesar de não parecer tão improvável e surpreendente, certamente é um dos mais originais e eficientes da natureza.
No seu caso, a água é absorvida pela pele, seja por meio das gotas da chuva, do contato com poças d’água, folhas encharcadas, da umidade do ar, entre outros mecanismos desenvolvidos por eles para adquirir a hidratação necessária à sua sobrevivência.
Sem dúvida, os sapos são espécies privilegiadíssimas quando o assunto é o seu revestimento externo. A sua pele, além de, como vimos, auxiliá-los durante o processo de hidratação, ainda pode produzir substâncias farmacológicas, toxinas, pigmentos, entre outras substâncias importantíssimas para a medicina.
É uma pele com funções e atributos formidáveis, capaz de absorver grandes quantidades de água; permitir-lhes manter a umidade necessárias para uma rotina no ambiente úmido, escuro e frio de florestas, pântanos, brejos, charcos, entre outras vegetações semelhantes; além de contribuir, de forma inigualável, com o setor farmacêutico.
Apesar de terem ficado (injustamente) famosos como símbolos de repugnância, magia negra, bruxaria, feitiçaria, entre outras práticas duvidosas, os sapos são dignos representantes da harmonia, equilíbrio e sustentabilidade do planeta. Mas deixe a sua opinião sobre isso por meio de um comentário, logo abaixo. E continue acompanhando as nossas publicações.