Quando falamos em toninha estamos nos referindo a uma das espécies de golfinho existentes no mundo. Seu nome científico é Pontoporia blainvillei e ela é um dos menores mamíferos com vida marinha existentes.
A toninha não é tão difícil de ser encontrada quando procurada no lugar certo, isso porque sua distribuição geográfica é bem pequena: ela está presente apenas na América do Sul, mais especificamente nas águas do Atlântico, na parte sudeste do continente.
Apesar de bela, a toninha não é um animal que possui tanta visibilidade e por isso não é tão conhecida; logo, as pessoas muitas vezes não sabem nada sobre ela e muito menos sobre os seus hábitos, já que costumam pensar que todos os golfinhos são iguais.
Por esse motivo, vamos no artigo de hoje falar especificamente sobre os animais que servem de alimento para a toninha, assim, poderemos entender um pouco mais a cadeia alimentar do local em que ela vive e também saberemos de maneira mais profunda como funcionam seus hábitos alimentares.
Do Que a Toninha Se Alimenta?
Por ser um peixe de pequeno porte quando comparado aos seus semelhantes (com no máximo 1,5m de comprimento), a toninha se alimenta de lula e outros peixes menores (com no máximo 10 centímetros de comprimento na maioria das vezes), como por exemplo a manjuba, o amoré e o cangoá.
Além desses, ela pode se alimentar também de polvo e camarão, tudo irá depender da época do ano (que determina qual peixe estará presente em maior quantidade nas águas do oceano) e também de seus hábitos alimentares em determinado momento.
A alimentação dela varia muito ao longo do ano, já que em alguns meses ela pode se alimentar exclusivamente de algum único animal enquanto durante outros meses ela pode se alimentar de diversas espécies ao mesmo tempo, tudo irá depender do tempo de reprodução de cada animal e disponibilidade no mar.
Portanto, podemos concluir que a alimentação da toninha é baseada apenas em peixes e por isso veremos detalhadamente as características de cada um deles para que não restem dúvidas com relação a esse tema.
Lula (Lolliguncula brevis)
A lula é conhecida cientificamente como Lolliguncula brevis e essa variedade de lula tende a ser bem pequena, habitando as águas do Oceano Atlântico assim como a toninha; nas águas ela se encontra principalmente nas partes mais rasas e por isso é fácil de ser visualizada, facilitando a caça da toninha.
Esse animal possui uma característica interessante, isso porque o macho da espécie tende a ser menor que a fêmea; enquanto o macho possui 9 centímetros de comprimento, a fêmea possui cerca de 12 centímetros, o que faz com que a toninha se alimente mais dos machos do que das fêmeas, já que geralmente a medida dos peixes que ela consome não passa de 10 centímetros.
Também é interessante notarmos como a lula se defende de um ataque. Na verdade, existem duas maneiras de ela fazer isso: ou ela lança seu funil para frente e foge para trás, ou ela libera uma nuvem de tinta que ajuda a distrair o predador; em ambos os casos, geralmente a defesa é bem eficaz.
Por fim, podemos dizer que a lula é uma das presas mais complicadas para a toninha capturar, principalmente porque ela tem essa capacidade de soltar uma nuvem de tinta que com certeza atrapalha a caça.
Manjuba (Cetengraulis edentulus)
Conhecida cientificamente como Cetengraulis edentulus, a manjuba não serve de alimento apenas para nós seres humanos, mas também é muito consumida pela toninha na maior parte do ano, já que ela mede no máximo 12 centímetros de comprimento independente do sexo.
Assim como a lula, a manjuba também vive nas águas superficiais e não se aprofunda muito no oceano; isso se dá principalmente porque a sua fecundação é externa e muitas vezes ela também precisa do oxigênio fora da água por conta dos ovos.
Por fim, a manjuba é uma presa fácil principalmente após o início do ano, período de piracema que acaba originando diversos novos exemplares com o passar dos meses, o que facilita muito a caça da toninha.
Amoré (Dormitator maculatus)
Conhecido cientificamente como Dormitator maculatus, o amoré também é um alvo fácil para a toninha. Ele mede no máximo 15 centímetros de comprimento, porém esses são casos raros, já que a média de tamanho para esse animal é de 8 centímetros até mesmo durante a fase adulta.
Ele possui uma ampla distribuição geográfica, estando presente desde a Carolina do Norte nos Estados Unidos até a parte sudeste do Brasil, onde pode ser encontrado facilmente nos oceanos.
Apesar de ser um peixe de porte muito pequeno, o amoré costuma ter um temperamento meio agressivo e por isso pode dar um pouco de trabalho para a toninha na hora da caça, mas como ela é bem maior não há nenhum problema muito aparente.
Cangoá (Stellifer rastrifer)
Por fim, podemos citar esse peixe que é conhecido cientificamente como Stellifer rastrifer, podendo ser encontrado na Colômbia e nas águas do Brasil. Além do seu nome científico, ele também pode receber diversas denominações populares, como por exemplo: cabeça dura prego, canganguá, canguá, xingó, roncador e muitos outros, que variam de região para região em nosso país.
Apesar de ser uma presa da toninha, essa espécie costuma a medir um pouco mais do que as outras que ela está acostumada a caçar, chegando a ter até 25 centímetros de comprimento; por isso, geralmente ele é caçado quando ainda está na fase de filhote, o que facilita muito a caça da toninha.
Você já sabia alguma informação sobre a toninha? Sabia do que ela se alimentava e conhecia as espécies que ela consumia? Com certeza essas são informações muito específicas e nem tão simples de encontrar, então agora que você leu o post seu conhecimento sobre a alimentação das toninhas está muito maior do que antes!
Quer continuar aprendendo e gostaria de saber sobre a alimentação de outras espécies de animais? Não se preocupe, nós sempre temos o texto certo para você! Leia também em nosso site: Alimentacao Da Ariranha: O Que Elas Comem?