Animais exóticos, geralmente, tendem a ter uma alimentação igualmente exótica. As salamandras, por exemplo, são anfíbios tão diferentes, que, provavelmente, a sua dieta também seja. Quer saber o que elas comem? Então, acompanhe a leitura.
Características da Salamandra
Sendo anfíbios de corpo alongado, as salamandras vivem, em sua maioria, em ambientes de terra, mas existem algumas espécies que possuem uma vida inteiramente aquática. No total, inclusive, existem mais de 550 espécies de salamandras, sendo que a grande parte delas é encontrada no Hemisfério Norte. Aqui no Brasil, por sua vez, existem 5 espécies, todas elas localizadas na Amazônia.
Pertencente ao grupo dos urodelos, as salamandras, pelo formato do seu corpo, muitas vezes, podem até ser confundidas com lagartos, mas, de cara, dá pra notar a diferença, visto que elas (ao contrário dos répteis) possuem pele fina e totalmente livre de escamas.
Também são animais que variam muito de tamanho, podendo medir de míseros 3 cm a mais de 1 metro de comprimento (como é o caso de exemplares encontrados na China). De pele úmida (algumas vezes, com respiração cutânea), certas espécies apresentam respiração branquial, enquanto que outras respiram através de pulmões.
Alimentação da Salamandra
Quando são adultos, esses animais se alimentam basicamente de insetos, como, por exemplo, escaravelhos, formigas, moscas e mosquitos em geral, além de alguns invertebrados, como caracóis, lesmas, aranhas, lombrigas e centopeias. Porém, não pense que os filhotes desses animais são menos vorazes, pois isso é um engano.
As larvas de salamandra possuem um apetite muito grande também, e comem, na parte parte dos casos, pequenos crustáceos e insetos aquáticos de diversos tipos. E é interessante notar que elas também se alimentam de outras larvas de anfíbios sem a menor cerimônia. Por sinal, o canibalismo é um fenômeno bastante frequente entre as salamandras mais jovens.
Em suma, podemos dizer que, desde filhotes, esses anfíbios possuem uma dieta inteiramente carnívora, não comendo, portanto, nada de origem vegetal.
E, Quanto aos Inimigos Naturais da Salamandra? Ela tem Algum?
Em geral, as salamandras possuem alguns predadores bem comuns ao seus habitat natural. Podemos citar, como exemplos, cobras-de-água, víboras, lontras, grandes sapos, e até mesmo salamandras maiores. Ou seja, são animais aquáticos ou semiaquáticos que caçam esses anfíbios, especialmente, as suas larvas, visto o grau de vulnerabilidade delas. Até mesmo larvas de libélulas se alimentam de pequenas salamandras.
Além dos inimigos naturais, as salamandras ainda enfrentam outras ameças, como é o caso da poluição que os cursos de água sofrem através de afluentes industriais, domésticos e agrícolas. Também é problemática a a canalização e os desvios de pequenas linhas de água para regas, além da destruição dos habitats ao redor dos locais onde esses animais vivem.
Salientando também que se trata de um animal que possui uma capacidade de dispersão bem limitada, o que dificulta a fuga dele em casos de incêndios e acidentes naturais em geral.
O Que, em Geral, os Anfíbios Comem?
Pertencente ao grupo dos anfíbios, as salamandras possuem suas características próprias, porém, mesmo assim, possui algumas similares com outros animais do tipo, especialmente no que diz respeito à alimentação. Nessa classe, em geral, as larvas (ou girinos) são vegetarianas, comendo pequenos pedaços de vegetal que encontram na água (lembre-se: os anfíbios começam seu ciclo de vida na água).
Só que a partir do momento em que esses animais ficam adultos passam a se alimentar de outros seres, ou seja, ficam carnívoros. A alimentação deles, na maior parte dos casos, baseia-se em insetos e invertebrados em geral. E há alguns casos bem específicos em que algumas espécies comem ovos e girinos de outros anfíbios (caso de algumas salamandras, como vimos anteriormente).
Algo que auxilia bastante os anfíbios em geral na hora da caça é o fato de terem uma língua bem pegajosa e elástica, o que ajuda na captura das presas mais difíceis. E é interessante notar como todo acontece com extrema rapidez, pois pois o anfíbio lança sua língua contra a vítima, que fica grudada, e ele puxa novamente o órgão para a sua boca, deliciando-se com o banquete.
Em termos de sistema digestivo, o estômago dos anfíbios é bastante desenvolvido, e termina em uma cloaca. Também secretam substância que auxiliam na digestão das cascas ,mais duras dos insetos.
Curiosidades a Respeito das Dietas da Salamandra
A questão do canibalismo que falamos anteriormente entre algumas salamandras, na verdade, refere-se especificamente à espécie salamandra-de-fogo, onde esse hábito foi observado em algumas de suas larvas. Já outras espécies, por viverem em cavernas, possuem uma dieta bem limitada, só comendo pequenos animais que vivem naquele mesmo ambiente.
Já com relação aos animais que se alimentam delas (ou seja, seus predadores), interessante notar que muitas espécies de salamandras desenvolveram mecanismos de defesa bem eficazes. Um deles, por exemplo, é o fato de algumas delas serem venenosas. Em geral, as que têm essa característica específicas são as que possuem cores fortes, principalmente, o vermelho, o amarelo e o laranja.
Pra Finalizar: Como Alimentar Salamandras de Estimação?
Pois é, a salamandra, vez ou outra, é criada como animal de estimação, e, nesse caso, a alimentação dela precisa ser a mais adequada possível. Lembrando que ela é um animal semiaquático, ou seja, o ambiente ideal para abrigar uma é num tanque com água, onde tenham pedras e outros objetos acima do nível dessa água.
Já no que diz respeito à alimentação em si, primeiro, é preciso ter em mente de que se tratam de animais noturnos. Em suma: caçam durante o período da noite. O ideal é dar de comer à salamandra de duas a três vezes por semana. E, como se trata de um animal carnívoro, ela gosta de caçar a sua presa. No entanto, dá para alimentá-la de presas mortas também, porém, é melhor que sejam congeladas, ao invés de secas.
,E, por fim, os alimentos mais indicados para esse animal são camarões-de-salmouras e pulgas-de-água. No mais, basta monitorar a quantidade de comida dada à salamandra, pois ela só acaba de comer quando fica saciada. Neste caso, é colocar uma determinada porção e verificar, depois de algumas horas, se ela deixou de comer alguma presa.