A Alimentação da Pantera-Negra
A alimentação de uma Pantera-negra é a típica da espécie Panthera onca, pois, diferentemente do que muitos imaginam, ela não é uma outra espécie, e sim uma onça (a onça-preta) vítima de um tipo de mutação genética (o “melanismo”), responsável por produzir nela um excesso de pigmentação.
A Pantera-negra é um superpredador, que pertence ao seleto grupo dos que ocupam o topo da Cadeia Alimentar – apesar de, como se sabe, ter no homem a principal ameaça à sua sobrevivência.
No bioma onde vivem, as Panteras-negras, como qualquer outra espécie, desempenha um papel importantíssimo. Elas são responsáveis, entre outras coisas, por um importante controle de pequenos mamíferos e roedores – o que representa uma troca de energia e de matéria indispensável para o equilíbrio de um ecossistema.
Apesar de existirem teses que afirmam que a ausência de superpredadores resulta em um aumento avassalador de pequenos mamíferos e roedores, isso não é exatamente um consenso. Na verdade, há muitos estudiosos que garantem que a presença deles (como o homem, por exemplo) é mais danosa do que exatamente benéfica para um determinado meio. Mas isso já é um outro assunto!
Ninguém duvida de que a adequada troca de energia e de matéria entre os seres vivos de um ecossistema depende, essencialmente, do equilíbrio de uma Cadeia Alimentar. E uma característica marcante da Pantera-negra é justamente a abrangência e alcance dos seus hábitos alimentares.
Acredita-se que ela seja capaz de alimentar-se de até 80 espécies diferentes, desde pequenos mamíferos, javalis, porcos-do-mato, roedores, aves, até inúmeras espécies de cervídeos, como alces, veados, caribus e corças, até mesmo répteis e animais semiaquáticos do porte dos jacarés, lontras, ariranhas e alguns tipos de lagartos.
Essa característica da Pantera-negra acaba levantando uma importante questão: Como, afinal de contas, uma espécie assim tão versátil quando o assunto é a sua dieta, pode ser praticamente dizimada do planeta, quando, na verdade, poderia adaptar-se (com ressalvas) a uma convivência relativamente próxima do homem?
A resposta para isso é que a caça predatória tornou-se, também para essa espécie, o principal inimigo – o vilão a ser combatido -, e que também é responsável pela extinção de inúmeras outras espécies das mais variadas famílias e gêneros ao redor do planeta.
Pantera-Negra: a Alimentação de um Superpredador
A Pantera-negra é, sem dúvida, uma digna representante dos superpredadores. Em determinados trechos das imensas savanas, prados, bosques e florestas do leste da África e do Sudeste Asiático, elas reinam absolutas.
Já nas florestas de carvalho norte-americanas elas ajudam a compor um bioma simplesmente magnífico! Enquanto nas florestas tropicais da Argentina e do México, elas têm todas as características do maior felino do continente americano.
Nessas regiões, as suas preferências alimentares também estendem-se para dezenas de espécies. Variedades de primatas, cervídeos, anfíbios e animais semiaquáticos, não conseguem opor a menor resistência à sua fúria, auxiliada por uma estrutura muscular incomparável, composta por presas e garras que são quase como verdadeiras armas de combate.
Na América do Sul, algumas espécies de veados, ariranhas, javalis, capivaras, tamanduás, entre outras espécies desses gêneros, são consideradas presas fáceis ante às necessidades alimentares das Panteras-negras. E durante os períodos de escassez, até mesmo sapos, sucuris, aves e ratos precisam se cuidar em uma região onde elas estejam por perto.
Mas o problema mesmo é quando elas se veem cada vez mais privadas das suas presas favoritas – quando, seja lá por qual motivo, elas enfrentam terríveis períodos de escassez de alimentos.
É quando então a alternativa encontrada por elas é o ataque a sítios, chácaras e fazendas, a fim de apropriarem-se do gado bovino, caprino e suíno da região.
E o resultado disso é fácil de determinar: Logo surge o choque entre o homem e as Pantera-negras. Logo surge um embate de difícil solução. Um terrível choque entre o homem e um animal selvagem, que não raramente resulta na completa extinção da espécie “invasora”.
Essa é uma conclusão da maioria dos especialistas, que concluíram que esses animais são vítimas, em boa medida, da caça predatória, mas também de uma terrível matança levada a cabo por fazendeiros que têm as suas propriedades constantemente invadidas por esse tipo de animal.
Não sabe se com verdade, mas o que se diz é que, no caso das Panteras-negras, até mesmo felinos de pequeno porte podem ser predados por elas em situações de grave escassez de alimentos. Assim como animais que outrora seriam impensáveis como presas, como cachorros-do-mato, sucuris, coiotes, lobos e o gado bovino, que podem ser escolhidos como vítimas das garras do maior felino do continente americano.
O Poderoso Ataque da Pantera-Negra
Uma das razões para que seja assim tão abrangente a alimentação das Panteras-negras, é o fato de que elas possuem uma aparelho digestivo dos mais sofisticados da natureza. Além disso, a sua técnica de saltar sobre as vítimas e cravar-lhes as suas poderosas garras, faz com que dificilmente haja uma espécie na natureza que faça frente às suas habilidades de caçadora.
O mais curioso ainda é que elas também costumam utilizar, de forma bastante habilidosa, a técnica de cravar as suas presas no osso temporal da vítima, o que faz com que o cérebro seja quase que imediatamente afetado, e a morte bem mais rápida e indolor.
Já no caso de répteis e algumas espécies de quelônios, a sua estratégia pode ser a de simplesmente destruir os seus cascos com as patas, até que as vísceras sejam expostas naturalmente, e tornem-se uma alimentação saborosíssima para elas.
A opinião de quem já teve a oportunidade de observar uma Pantera-negra em ação na hora da caça, é a de que trata-se de uma das cenas mais fascinantes da natureza!
Inúmeros estudos sobre o seu comportamento revelam que, como um típico animal oportunistas, elas valem-se da técnica de espreitar insidiosamente as suas vítimas antes do ataque fatal.
Elas armam emboscadas, aguardam, lenta e pacientemente, até que, sem que se saiba como ou por quê, a vítima seja atacada (geralmente por trás) e receba as poderosas garras no seu dorso, enquanto uma mordida vigorosa na cabeça (no osso temporal) é o “fim da linha” para a presa que, indefesa, só tem mesmo é que aceitar que está fadada a ser simplesmente a refeição do dia para esse animal.
Mas apesar de tamanha ferocidade, a vida das Panteras-negras não é assim tão fácil no ambiente selvagem. Calcula-se que elas necessitem entre 25 e 30kg de alimento por dia – o que nem sempre é possível na rotina do seu cotidiano.
Isso faz com que elas sejam conhecidas por resistirem até longos e tenebrosos 3 dias inteiros sem se alimentar corretamente, até que consigam encontrar uma presa adequada ao seu paladar.
Na verdade um infeliz que terá o azar de cruzar o seu caminho após tantos dias de uma longa, angustiante e tenebrosa privação.
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