A ostra é um animal sem cabeça que vive no mar. Sua anatomia é protegida entre duas conchas ásperas que permanecem fechadas até serem consumidas. Por esse motivo, a alimentação da ostra é uma incógnita. Como será que isso acontece?
Esse molusco pertence à família Ostreidae, especificamente ao gênero Ostrea e ao grupo de bivalves. Tem parentesco com mexilhões e vieiras. São conhecidas cerca de oito espécies, mas a mais famosa é a Edulis.
Existem alguns tipos de ostras que produzem uma pérola dentro. Isso ocorre devido à sedimentação de determinadas partículas da areia que – com o passar do tempo – se tornam uma pedra muito impressionante, com um valor comercial muito alto.
Este molusco deve ser consumido fresco, logo após sair da água, e de preferência servido em uma cama de gelo picado, mantendo assim seu sabor delicado. Temperada com algumas gotas de limão, a ostra delícia os paladares mais requintados.
Quer saber mais desse animal e como ocorre sua alimentação? Leia o artigo até o final e descubra!
Características da Ostra
A ostra é um molusco que se desenvolve dentro de duas conchas. Em sua fase jovem, essas “carcaças” são um pouco fracas, mas depois se tornam duras e resistentes. Este animal cresce aproximadamente 10 centímetros, embora o diâmetro possa variar dependendo do tipo.
A concha inferior é convexa e a concha superior é mais plana. Em geral, sua anatomia é arredondada e possui bordas irregulares. Tudo isso é textura rochosa. Por fora, sua cor é entre acinzentada e azulada; há até exemplares marrons, enquanto por dentro é branca perolada.
Para entrarmos no mérito da alimentação da ostra, vamos entender sua fisiologia. Este molusco não tem cabeça e é hermafrodita. Ou seja, quando nasce, é masculino e, à medida que cresce, torna-se feminino. Dependendo da salinidade e temperatura da água, bem como da corrente das marés, ela pode mudar de sexo várias vezes em pouco tempo.
Sua textura é de borracha. É cercada por uma camada externa chamada manto, que é carnuda e garante seu crescimento na casca. A dobradiça é a parte em que as duas conchas se encontram e deve ser cortada para abri-la.
Como os peixes, as ostras respiram através das brânquias e têm um pequeno coração de três câmaras, localizado sob o órgão adutor. Sua função é bombear sangue por todo o corpo.
Cultivo E Reprodução De Ostras
Em muitos países, existem fazendas de ostras, onde são fabricadas em uma espécie de tubo com cimento ou outro material rochoso. Assim é possível aderir conchas submersas no fundo do mar. Após um a três anos, a estação de reprodução começa.
O crescimento dependerá da alimentação da ostra e do habitat onde se desenvolve. É a temperatura da água que ativa seu ciclo de reprodução. No nascimento, é masculino e, a partir do segundo ano, muda para feminino.
A fertilização é externa, ou seja, o macho expulsa o esperma e a fêmea os óvulos, que estão unidos na água. Há uma ostra que libera feromônios como um anúncio desse processo que ocorre no verão, quando a temperatura da água atinge 20° C.
Uma vez que os óvulos e espermatozóides se juntam, são formadas larvas que viajam com a corrente da água. Elas ficam lá por aproximadamente duas semanas, até que começam a procurar por onde crescer.
Ao chegar ao fundo do mar, se apegam a uma superfície dura e se empoleiram. É então que secretam um tipo de cimento da glândula bisal e a ostra começa a crescer.
Uma ostra pode liberar até cinco milhões de óvulos, enquanto o macho libera 2,69 bilhões de espermatozóides. No entanto, apenas um milhão de larvas são salvas. O resto morre porque não suporta condições de água e predadores.
O ciclo de vida das ostras é de 30 anos. No entanto, muitas atingem apenas 15 anos de vida.
Habitat do Animal
Ostras vivem presas a pedras ou estruturas firmes no fundo do mar. São ricas em plâncton e estão a uma profundidade de até 90 metros.
Sabe-se atualmente que a ostra habita amplamente nas costas europeias, ao sul de Marrocos e no mar Mediterrâneo. Ela também é cultivada em vários países da América do Norte, América do Sul, Japão e Austrália.
Alimentação da Ostra
Se você está curioso para saber sobre a alimentação da ostra, chegou a hora. Ela respira através das brânquias, que recebem os nutrientes que alimentam o molusco. É então que a ostra pega a comida dela, a transporta para a boca e depois a expele como fezes.
A alimentação da ostra se dá por meio de algas e outros órgãos que habitam o mar. Todos os dias ela tem a capacidade de filtrar até cinco litros de água por hora, o que também a nutre.
As cinco espécies de ostras
Existem aproximadamente cem variedades desse animal, mas todas elas pertencem a somente cinco espécies. Entre elas é possível encontrar:
- Ostras japonesas (ou do Pacífico);
- Ostras Kumamoto;
- Ostras atlânticas;
- Ostras europeias planas;
- Ostras Olympia.
Além do tipo de água em que crescem, o que os diferencia são suas as conchas. Por exemplo, as conchas europeias planas têm conchas grandes e retas, possuindo sulcos finos. Já as ostras japonesas são menores e têm tripas onduladas.
As Kumamotos também se mostram menores em comparação, sendo que sua concha é um tanto mais pálida e redonda. Elas se assemelham às Olympias, embora tenham conchas mais suaves com uma coloração um pouco iridescente. Em suma, as atlânticas parecem uma gota, uma vírgula ou uma lágrima.
Ostras Limpam a Água
Cada ostra filtra cerca de 30 a 50 litros de água por dia. Isso mesmo: por dia! Pense em quanta água que essa bivalve impressionante está limpando! É tão incrível imaginar o quanto isso a torna uma criatura, não apenas saborosa, mas também boa para o meio ambiente.
Informação Nutricional
Além da alimentação da ostra é interessante saber que ela contém entre 10 e 15% de proteína e apenas 1% de gordura. É muito rica em minerais, por isso é uma excelente fonte de ferro, cobre, iodo e vitaminas A, B, D e muita vitamina C. Que tal experimentar uma ostrinha depois de saber disso?